TRUTH.

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— ELA vai ficar bem

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ELA vai ficar bem. — Asseguro a Josh com um falso otimismo.

O garoto não se acalma e olha pela janela do carro esperando a irmã voltar. Eu também não estou tranquila, minha ansiedade toma conta de meus pés e os bato constantemente numa tentativa de relaxar.

— Quer falar sobre o...

— Sim. — O respondo sem ele nem ao menos terminar a fala. — Por que ele mentiu sobre ter ido embora antes do massacre acontecer? Sobre a Ziggy? E não acreditou em nós quando pedimos ajuda com os serial killers?

Josh se vira para mim, acho que não sabe o dizer, mas acaba murmurrando:

— Talvez tenha a ver com a carreira dele, como Ziggy disse. O único traço de personalidade dele é ser delegado, a carreira é a vida dele, não é?

— É...

— Pode ser que ele não tenha feito por mal, não sei... — Ele continua, sei que está supondo isso para que eu não fique tão machucada. — Mas por favor, Jules, não volta a se aproximar dele. Ele já te fez muito mal. — Diz ele com aquele tom terno de irmão mais velho, mesmo que não sejamos irmãos e tenhamos a mesma idade.

— Tem razão. — Digo. — Você é o melhor amigo do mundo, sabia? — Declaro.

— Eu tento. — Ele dá de ombros e sorri.

Voltamos a ficar em silêncio. Nunca me incomodei em ficar dessa forma com Josh, mas dada as circunstâncias e nervosismo, atualmente odeio o silêncio.

— Acha que a Kate e o Simon vão ficar bem? — Pergunto.

— Temos que pensar positivo. — Ele diz. Mas é difícil pensar assim quando você está, literalmente, amaldiçoado.

— Eu nunca vou me perdoar, se eles morrerem. — Admito.

— O que? — Josh quase pula do banco. — Você não teve culpa de nada.

— Tive sim. — Abaixo os olhos enquanto olho para meus punhos cerrados. — Deixei a Kate sozinha e o Máscara de Caveira a atacou. O Simon tentou me ajudar e acabou...  — Não consigo terminar, minha garganta se fecha com a lembrança de Simon ensanguentado, com os olhos cheios de dor. — É culpa minha.

— Nunca. — Meu amigo expressa. — Isso não é culpa de nenhum de nós, tá? É dessa cidade. — Ele segura meu ombro. — Eles estão seguros no hospital, Deena vai colocar a mão da maldita junto com o corpo e isso vai acabar.

Concordo. No fundo, tento saber se ele está tentando me convencer ou convencer a si mesmo. Provavelmente, os dois.

— Depois vai voltar tudo ao normal. — Continua. — E ai, vamos poder sair em um encontro duplo, claro, se a Kate quiser mesmo algo comigo...e talvez, possa ser um encontro triplo se a Deena for com a Sam. — Fala sonhador.

CRAVEN - fear street.Onde histórias criam vida. Descubra agora