SURVIVOR.

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O que resta é nos escondermos em uma das salas de aula

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O que resta é nos escondermos em uma das salas de aula. Assim que entramos, Simon tranca a porta e Deena pede ajuda para empurrar uma das mesas para bloquear a entrada.

— Anda, eles estão vindo. — A garota grita e eu vou ajuda-lá.

— Eles não vão parar de vir. — Kate nos corta e paro de empurrar.

— Estamos fudidos! — Simon expressa quase berrando.

— Não, nós não estamos fudidos. — Kate discorda. — Ela tá fudida. — Diz olhando para Sam. — É ela que eles querem. A gente põem a Sam no corredor e acaba com isso agora.

— Você é um monstro. — Deena fala com irritação na voz.

— Eu tô sendo sensata. — Kate rebate. — Não dá mais pra correr, não adianta dá tiro. Tudo bem, eles são fortes, mas a gente acabou de usar a droga de uma explosão e também não deu certo. — Ela completamenta com desgosto.

— A Kate tem razão, Deena. — Dou apoio. Infelizmente, ela tem razão.

— Você também, Julia? — A cacheada tem um olhar traido. — A ideia de vocês mata a Sam.

— Não é exatamente que elas tão falando. — Josh entra no meio da discussão.

— Ah, então você tá do lado delas? — A irmã o acusa.

— Você deixaria a gente morrer para proteger ela. — Kate também a acusa e pega uma das mochilas de Josh.  — Tá? Olha isso, tudo isso. — Retira de lá as reportagens do garoto. — Morta. — Coloca uma delas sobre a mesa. — Morto. — Mais uma reportagem. — Morto. — E mais outra. Ela empurra os papéis com o braço e os joga no chão. — Esse é o jeito. É o único jeito. — Termina com amargura.

Josh se ajoelha no chão, analisando as reportagens antigas. Desvio meu olhar de Simon para Sam, ambos calados, sem opinar nada. Sei que Simon está odiando essa situação.

— Só depende da Sam. — Kate conclui.

A atenção desvia toda para loira, que está pensativa. Provavelmente, considerando, ou não, se sacrificar por nós.

— Tão brincando comigo? — Deena pergunta com mágoa.

— É ela ou todos nós, Deena. — Argumento na intenção de amenizar o dano, mas não ameniza o fato de que estou sendo uma vadia egoísta. — Mas é com você, Sam.

— Elas estão certas. — Sam concorda. Os olhos segurando lágrimas. — Eu não quero que morram por mim. Eu vou.

Me arrependo de ter sugerido que Sam poderia se sacrificar por nós. Mas é a única opção, não é? Não temos outra escolha.

Mal percebi que Simon atravessou a sala e já está ao meu lado. Ele aperta meu ombro, como se o gesto fosse me consolar. Busco o olhar de Josh, talvez ele tenha a solução, mas pela sua expressão, não...

CRAVEN - fear street.Onde histórias criam vida. Descubra agora