Família

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— Shuichi, só não grita mais, pelo amor de Deus ou eu te mato. - Destampei os ouvidos do bebê.

— Desculpe, realmente extrapolei e nem deixei você explicar, só são medos que eu tenho. - Ele se sentou calmamente no sofá e o bebê brincava com as próprias mãozinhas no meu colo. — Pode me explicar, estarei acompanhando o que disser.

Ao menos o clima havia amenizado, sem contar que eu tenho 0% de paciência quando alguém começa a gritar, me dá uma dor de cabeça sem fim tem hora. Ao menos, não se prolongou e comecei a contar desde a saída de casa até o momento que chegamos em casa, realmente foi um processo e tanto para só algumas horas.

— Me desculpe, é porque ele é igualzinho a ti, aí pensei que tinha tido um filho e havia escondido de mim que teria outra família.

— Eu reparei nisso também, Shu. Acho que isso seria algum sinal, por que não ficamos com ele e o criamos?

— Vamos fazer assim, primeiro procurar sobre os pais dele e entrar logo em seguida com os papéis de adoção, pois poderia ficar como ilegal de certa forma.

— Você tem razão, amanhã mesmo vamos começar a procurar e já enviamos logo para o pedido de adoção se possível for.

— Pois, melhor assim.

— Ele é tão risonho e carinhoso~ - Olhava para o pequeno — Pega ele um pouquinho. - O entreguei, mas o bebê ficou sério e encarando por um tempo.

— Amor, acho que ele não gostou muito de mim não.

— Ele deve tá se acostumando, o bichinho tava sozinho por tanto tempo com frio e com fome.

— Deve ser isso, talvez esteja me estranhando.

— Vai brincando aí com ele, enquanto eu preparando o jantar e o leite do meu bebê. - Quando me dou conta só vejo Shuichi o jogando para cima como se fosse uma brincadeira saudável.

— Cuidado com minha criança, seu filho de uma mãe ou você vai aparecer no jornal.

— Mas ele tá gostando! - Ele não parava de rir quando estava nas alturas.

— Não apoia seu pai não, apoia a mim, meu filho. Você pode se machucar nessas coisas que ele inventa.

— Ele tá rindo mais~

Ele fazia de tudo para me provocar, por mais que o neném gostasse, eu ainda achava um tanto perigoso. Ao menos, ele estava se adaptando também a Saihara, por mais que eu tenha que respirar fundo para não o esganar aqui mesmo e ser preso. Prossegui para a cozinha para realizar as nossas refeições.

Por um lado, esperava que o bebê pudesse ficar com a gente, esse aparecimento repentino deve significar algo que eu ainda não sei e acho que nunca vou compreender a real razão disso. Independente, só quero o melhor para ele e que possa crescer feliz e ter a infância que merece da qual eu não tive a mesma oportunidade desde tão cedo. E desejava com todo coração que não passasse pela situação do qual vivenciei.

No dia seguinte:

— Shumai, precisamos procurar sobre os pais dele. - Já tinha me levantado desde cedo pensando sobre isso, também não podíamos demorar tanto tempo sem respostas ou poderia vir recair sobre nós, não quero ter problemas com a justiça.

— Vou pesquisar hoje lá onde trabalho, deve ter os arquivos de pelo menos a média de quanto tempo ele nasceu. Pelo que eu vejo, em cerca de uns 2 a 3 meses, vou ver averiguar e me informando o que for possível.

— Obrigado, mas como eu vou ao trabalho? Não posso deixá-lo aqui sozinho.

— Que tal levar ele pro trabalho? Ele fica bem calmo contigo e também agora como é o chefe fica no seu escritório exclusivo.

Destino? (komahina / saiouma)Onde histórias criam vida. Descubra agora