Pensativa demais

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Acordo com a sensação que um caminhão tenha passado por cima de mim, as lembranças da noite passada são como avalanches em minha cabeça, sorrio ao lembrar de cada pedacinho de tudo que a gente viveu ontem, cada orgasmo que eu tive quase me faz sentir um calor desnecessário pela tarde, sim tarde.

O sol que clareava pelas cortinas da janela entregava que já se passará da manhã, passo a mão pelo meu rosto e vou piscando devagar até eu me acostumar com toda claridade ao redor, o quarto branco era aconchegante e extremamente simples, simples e bonito. Olho para os lados e vejo que o Bruno não estava mais ali presente, levanto da cama e vou ao banheiro, vejo uma toalha, escova de dentes e mais uma camiseta ali arrumados no canto e constato que são para mim.

Após minha higiene matinal e meu banho, eu vou procurar meu celular que eu perdi em alguma hora da noite e deve estar em alguma parte dessa casa, levo um susto ao pegar o Bruno em pé e parado feito uma estátua apoiado no balcão da cozinha, seus olhos olham em algum ponto fixo da sala, ele parece estar pensativo e viajando muito longe dali. Ao me ver ali ele abre um sorriso extremamente bonito.

— Boa tarde, dormiu bem?
Sua espontaneidade é até bonita de se ver.
— Dormi muito bem, obrigada.

Não vou deixar ele saber que eu estou quabradinha depois dele ter me pegado de jeito, tenho que ser firme, não posso sair demonstrando as coisas assim. Ainda sinto sono e as coisas ficam estranhas porque não sei o que fazer na presença daquele homem, e o ritual pós sexo não tem um roteiro certo.
Bruno me oferece uma mesa repleta de guloseimas, pães, sucos e eu simplesmente só tomo um café forte e sem açúcar, preciso me manter acordada até chegar em casa e finalmente descansar. Conversamos mais um pouco e o Bruno parecia demonstrar interesse em ouvir as balelas que eu falava, começamos a falar sobre como a Itália era fria, como as coisas mudaram em decorrer do tempo, até eu questionar como foi ganhar uma olimpíada e ele me contar detalhamente todo o seu caminho por lá.

Bruno entende que eu preciso ir embora e entrega minhas roupas em mãos, só agora eu percebo estar só de calcinha e camiseta na frente dele, e o tratando como se fôssemos um casal de marido e mulher que se conhecem a anos. Apresso-me em vestir meu shorts e seguro bem firme as chaves do meu carro em mãos, Bruno abre a porta da casa dele pra mim e só naquele momento eu perceno que a porra de um apartamente não uma casa.

— Eu jurava que era uma casa, como eu não percebi que estávamos no alto?
— Você estava um pouco desatenta ontem.
— Como subimos até aqui?
— No elevador. — Bruno caminha comigo até o elevador e aperta o botão para ele subir.
— E como eu não vi? — Pergunto indignada comigo mesma.
— Você estava ocupada demais me beijando.

Seu sorriso de lado entrega o cafajeste que ele é, adentramos o elevador e tudo parece mais pequeno e com o oxigênio reduzido quando eu estou presa com ele entre 4 paredes, tento ser indiferente com as coisas mas Bruno segura minha mão a partir do momento que as portas se abrem e vai me escoltando até o carro.

— Eu até gostaria de levar você na sua casa, mas seria um trabalhão que nem você ia aceitar.

Realmente, ou ele me levaria com o meu carro depois voltaria de uber isso se não transassemos de novo, ou ele me levaria com o seu carro mais depois íamos ter que dar um jeito de eu pegar o meu carro e isso tudo seria um trabalhão atoa, o da possibilidade de transar eu aceitaria, vale o esforço. 

— Não tem problema algum, não sou uma princesa indefesa.
— Mas continua sendo uma princesa.
Reviro os olhos e dou uma risadinha sarcástica. 
— Tomei a liberdade de pedir seu número pra Mara.
— Você quer acabar com a minha paz, bonitão? Ela vai encher meu sacoo.
— Ela já está enchendo o meu, mas relaxa, qualquer coisa você foge pro meu apartamento.

E falando isso ele me beija, dessa vez não é um beijo feroz ou selvagem, ele parece querer saborear meus lábios e eu aproveito para me desmanchar em seus braços, Bruno me puxa pela cintura e me aperta ainda mais forte, minhas mãos vão de encontro ao seu cabelo e me afundo em suas mechas onduladas, quando a necessidade de ar vem, ele morde meu lábio e puxa até escapar de seus dentes.

— Terei isso em mente. — Bruno sorri com a minha resposta.
— Fica bem, ta? Vou te mandar mensagem.

E com isso eu adentro meu carro e acelero para longe dali, respiro fundo e solto o peso imaginário que estava em meus ombros, vejo meu celular jogado no chão do banco do passageiro, ele está desligado e penso que a bateria com o passar do dia, tenha acabado.

Antes de chegar em casa penso milhares de coisas, não era hora de me apaixonar e nem de pensar nisso, as coisas entre nós foram muito rápidas, mal nos conhecemos e eu já coloquei o pau dele na minha boca, e o pior, gostei muito disso.

O Bruno é um cara inviável pra mim, eu quando queria aliviar a tensão sexual que se impregnava em mim apenas transava com algum cara amigo meu e ia embora, eu literalmente me chutei do apartamento dele porque sei que ele não ousaria em me expulsar e se eu fosse pro lado do coração passaria o resto do dia e da noite lá com ele.

Olho um segundo no retrovisor e consigo ver algumas marcas avermelhadas e arrocheadas em meu pescoço, aquele safado deve ter visto e não me falou nada, se vangloriou, sinto que é apenas uma das partes que ele deixou marcas em mim, meu medo é ter marca no coração também. 

Minha bunda ainda dói dos tapas que eu levei ontem, parece que eu corri a maratona de São Silvestre e estou indo embora agora, quando o que fiz foi sentar naquele homem gostoso, malditas posições, maldito homem que vem me tirando a paz faz tempo.

Ao chegar em casa respido de alívio, bebo um corpo d'água e vou em direção ao meu quarto já tirando meu shorts, sua camiseta ainda tampava a minha pele mas a levanto um pouco na frente do espelho para ver o estrago que esse homem fez.

Minhas pernas, bunda, cintura, costas, pescoço, tudo tinha manchas, marcas de chupadas, apertões e tapas, vou ao banheiro para passar uma água no rosto e tentar esquecer disso, ligo o ar-condicionado bem gelado e deito debaixo do meu edredom grande e fofo.

Lembro que meu celular ainda está jogado lá no carro, mas não tenho mais forças pra levantar, preciso dormir urgentemente e tirar mais um pouco do cansaço do meu corpo.

Ao fechar os olhos só o sorriso cretino e os flashs da noite anterior vem em minha memória, e eu caio em sono profundo pensando nele



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O bruninho é o safado fofo que todo mundo gosta e quer, não é?

O homem que veio no mundo pra tirar a paz da gente hahaha

A Daiane chega a estar bobinha do chá bem dado que tomou, tem tanta coisa pra desenrolar ainda que vocês ficaram abismadas se eu desse spoilers hahahaah

CURTAM, INDIQUEM E COMENTEM MUITOOOOO

Sou muito agradecida e tudo e vi que já batemos mais de 1k de visualizações, agradeço a todas vocês

Super beijo e se cuidem 🥰😘

Disputa - Bruno Rezende (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora