Disputa - Bruno Rezende (CONCLUÍDA)

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BRUNO POV

Consigo escutar as batidas do seu coração enquanto estou deitado em seu peito, rápido, muito rápido, parece querer me dizer muitas coisas. Sua respiração não está acelerada, parece música para os meus ouvidos a cada inspirar e expirar que ela faz. Não consigo mais negar o óbvio, estou apaixonado por essa mulher.

Quando a encontrei perdida pelo meu prédio até levei um susto, mas depois que invadi a sua privacidade percebi que ela morava aqui, no mesmo local que eu, praticamente no mesmo teto e eu queria saber como ainda não tinha notado isso. Eu a segui aquele dia que a vi no elevador, só queria saber se tinha algum homem na parada, eu tenho certeza que estava sendo escroto, porém enlouqueceria ao saber que tem outro homem com as mãos na minha mulher.

Quando sinto ela se mexer na cama na tentativa de se arrumar, na hora, eu a aconchego em meus braços. Abro os meus olhos e me sinto culpado de ter a machucado tanto, seu corpo estava com marcas vermelhas por ele todo, pelo menos o território estava marcado, ela era minha igual eu era dela.

Tenho uma noite de sono com muita leveza, dormir ao lado dela me dava uma sensação de paz inigualável, gosto de me enfiar entre seus cabelos e me deixar levar pelo cheiro que ele exala, é gratificante, ficaria por horas e horas apenas assim, grudado a ela.

Bem de manhãzinha eu me retiro sem dizer uma palavra se quer, nós já não fomos capazes de dirigir se quer meia palavra para cada um na noite anterior, não seria eu que iria acorda-la de nosso conto de fadas para discutir o que nem eu sabia o que era. Antes de ir eu a fito dormindo e imagino quão bom seria tê-la todos os dias em minha cama, dormindo e acordando ao meu lado, será que ela aceitaria um contrato vitalício para ser a mulher da minha vida?

Preciso sair rápido dali, não é porque não significou nada pra mim, é por medo de encarar um pouco da realidade, me tornei um fujão bunda mole. Meu empresário me liga me alertando sobre o horário de assinar meu novo contrato, Modena é novamente o meu lugar, irei retornar para a Itália semana que vem para finalizar algumas coisas de moradia e umas burocracias, e voltarei ao Brasil novamente para o sul-americano.
Vou para o meu apartamento que é no último andar, tomo um banho rápido e as lembranças da noite passado rodeiam a minha cabeça, sorrio ao lembrar dela tão entregue e aberta a mim, estava obcecado por essa mulher.

O dia está bonito, estou com um sol muito bonito a iluminar a minha vista, e de repente a noite cai e eu vejo que gastei tempo demais na rua, como irei chegar no apartamento da Daiane nesse horário? Sem mais nem menos? Como iria explicar uma situação idiota a qual eu fiz, a deixar sozinha como se fosse qualquer uma.

Quando o dia anterior bate a minha porta eu percebo que é hora ir vê-la, enfrentar o que eu ando evitando, e torcer para não acabar em sexo novamente. Quando o elevador se abre e eu me assusto ao vê-la com uma mala em mãos, não sei muito o que dizer porque o clima é estranho, tento expressar que eu sinto muito, mas como ela é dura e forte como uma pedra, apenas me mata com um tiro a queima roupa dizendo que as expectativas e a culpa eram todas dela. Eu realmente deixei parecer que ela é qualquer uma?

Preciso saber para aonde ela está indo, essa mulher não pode me deixar, não novamente. Quando sai de sua boca que ela irá morar na Itália, um sorriso brota em meus lábios e eu tento disfarçar, agradeço mentalmente ao uso de máscaras. Não resisto ao dizer que sentirei saudades, e minto, eu morrerei de saudade, ela afirma que também irá e sinto pelo seu olhar que ela esperava mais alguma coisa, e eu também espero mais alguma coisa dela, mas parecemos dois idiotas esperando o passo inicial de um de nós e enquanto isso não conseguimos nada.

A puxo para um abraço. Preciso dizer a ela que á desejo toda a sorte do mundo e que pode contar comigo quando quiser, preciso que ela saiba que eu não me importo de pegar um avião e ir até ela se ela me pedir socorro. Preciso dizer para que ela não se esqueça de mim, e tenho medo de ter saído em tom apelativo e implorativo, mas me alivia ao saber que nem se quisesse ela conseguiria se esquecer, foi isso que eu ouvi de seus lábios.

Ao segurar sua mão penso e abaixar nossas máscaras e a beijar ali mesmo, dizer pra ela que eu sou o homem da vida dela, e que ela é a razão de eu estar em colapso com meus sentimentos. Vejo ela partir, e a dor não é maior que a vontade de ir junto, a observo até sair de minha vista, como o cuidadoso que eu sou, ou posso falar ciumento.

A noite, logo após meu treino e toda rotina maluca que eu sigo, tiro um tempo para mandar uma mensagem a ela, aliás, avisa-la, que iremos nos encontrar na Itália. Não tive a capacidade de segurar essa informação comigo por muito tempo, ela tem que saber que eu estou voltando pra ela, pra vida dela.

E dessa vez, eu pretendo ficar.

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*AVISO IMPORTANTE* CRIEI UM GRUPO DE WHATSAPP, QUEM QUISER ENTRAR MANDA MENSAGEM. O grupo será mais para além de fofocar, deixar recadinhos sobre a fanfic, espero não flopar.

Não tivemos muitos comentários no último capítulo e isso me deixou um pouquinho triste, mas tudo bem, essas coisas acontecem e eu espero do fundo do meu coração que vocês comentem bastante no de hoje.

Ps: O Bruno é um fofoooooo!!!!

Beijos meninas 💕😘❤