O restaurante

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A ideia de ir ao restaurante foi total das meninas do time, eu estava lá porque era uma delas e iam me encher o saco se eu não fosse. O restaurante era popular, na verdade era um lugar bacana, agradável e com um preço legal, o garçom juntou algumas mesas para caber todo o elenco, ao meu lado estava Carol, Pri Garoit, Thaísa e Macris.

Não presto muita atenção no que elas dizem, elas juraram que não estávamos ali para comemorar que avançamos da semifinal, claro que era muito importante, mas comemoração só vale quando a taça está em mãos. O restaurante é movimentado, vejo gente entrar e sair toda hora, mas eu paraliso quando vejo o Bruno e a Alessia atravessarem o local junto com o meu campo de visão, tento me esconder e me encolho na cadeira, Thaísa parece enxergar atrás de mim e não perde tempo para falar dele, que vira o assunto da mesa.

— Olha quem está por aqui. — Thaísa tenta dar um leve aceno de cabeça para as meninas, Pri Garoit que também não sabe disfarçar o mínimo olha e sorri.
— O homem já está atacando outra? Hahahah — Pri fala. Como assim, outra?
— Para, vocês sabem que ele não é assim — Macris o protege olhando inteiramente para mim que arqueio a sobrancelha, Carol apenas observa a cena e ri.
— Ele tem que aproveitar mesmo, é solteiro, bonito, atleta olímpico, eu no lugar dele passaria o rodo nas meninas. — Thaísa parece conhece-lo bem.
— Eu faço isso e recomendo — Pri Garoit diz e eu não me aguento de tanto rir.
— E você, Dai, conhece o Bruno? — Carol que até agora tinha todos os pontos comigo acaba de perder metade depois de me meter nessa enrascada.
— Todo mundo o conhece — Macris ainda tenta aliviar para mim.
— Você entendeu a pergunta. — Carol persiste e parece que todas param para olhar a mim.
— O conheço de vista só.

Fecho minha cara para dizer que não estou aberta a perguntas que envolvam esse menino, para meu total azar a sua mesa fica a 2 ou 3 atrás da minha, tenho a porra da visão privilegiada dele com aquela ali, me sinto totalmente fodida de ter que assistir a distribuição de sorrisos dele pra ela a noite toda, merda de vida.

As meninas continuam falando dele com a Alessia, os papos por aqui chegaram até a situações extremas, como, diziam que pela cara dele ele beijava bem, quase falei que ele beijava, chupava, e transava bem, mal elas sabiam de tudo o que aquele homem era capaz de fazer com uma mulher na cama, no chuveiro....

Com a força do universo sobre mim, Bruno desvia o olhar da moça para olhar os meus olhos que sem querer o encaravam, ele tinha um magnetismo que me fazia querer ficar o olhando por horas, só que diferente de mim, em fração de segundos, não devem ter sido mais que 2, ele desvia o olhar e continua o assunto que deve estar muito bom com a moça.

Talvez eu esteja quase me mordendo de ciúmes por ela ter algo que eu queria ter agora, ou que eu já tive e acabei perdendo pela tola que sou, a vejo levantar para ir ao banheiro e ela está extremamente bonita, isso me questiona se eu estava bonita ou apenas arrumadinha. Eu estava básica, já ela, ostentava um belo macacão listrado com saltos pretos com dourado nos pés e a bolsa imitava as cores.

Me permito revirar os olhos e sinto minha pele queimando igual toda vez que ele me olha, só que não irei ousar pensar em olha-lo de volta, sei que ele irá tirar os olhos de mim, e agora tudo o que eu quero e desejo são seus olhos presos a minha face, gostaria de levantar e dar uma voltinha para ele ver que a Alessia está elegante, só que eu estou desejável.

As horas se passam muito rápido, as meninas já estão mais pra lá do que pra cá, perdi as contas de quanta cerveja essas doidas beberam e eu apenas observava o show delas. O restaurante não é mais restaurante a essa hora da madrugada, temos um pagode tocando ao fundo e o pessoal realmente parecem se divertir bastante, o local ainda tem pouca gente, Bruno continua ali com a moça e eu me pergunto o porque ele ainda não foi embora? Ela é tão interessante ao ponto de ele passar horas com ela ali.

Peço licença na mesa e vou em direção ao banheiro, preciso respirar um pouco e ver o meu estado, na verdade é uma desculpa para eu me afastar da multidão, queria muito ir embora, meus ombros estavam pesados e eu estava cansada, avisto o banheiro feminino bem ao lado do masculino e penso em quantas vezes ocorre das pessoas se confundirem e entrarem em qualquer um, com o nível de álcool no sangue, eles não devem nem saber identificar qual é qual.

Já estendendo minha mão para alcançar a maçaneta da porta só percebo minha T-shirt inteiramente molhada depois que um bêbado esbarra propositalmente em mim, sim, foi de propósito, como ele faria aquilo sem ser? Eu já estava na porta, ele me viu indo entrar e deu paços pra trás antes de jogar todo aquele liquido em mim.

— Foi mal gatinha, quer ir se limpar no banco de trás do meu carro?

Sua cara me deu nojo, me embrulhou o estômago na hora, seu olhar malicioso e seu sorriso sacana me deram arrepios, olhei no fundo dos seus olhos e consegui enxergar que tudo o que ele queria era apenas tirar uma casquinha de mim, queria chegar em mim de alguma forma e fez aquilo.

— Prefiro atropelar você com ele, PALHAÇO.

Me mantenho firme, estávamos em um espaço mais afastado e com um som maior, mas eu sou ligeira, qualquer movimento em brusco dele eu sairia correndo e gritaria. Viro as costas para entrar no banheiro e vejo que eu o deixei irritado, ele segura em meu braço e me puxa com força para encara-lo, meu corpo da um pulo e eu quase caio com o susto.

— Repete vagabunda.
— P-A-L-H-A-Ç-O

Seu sorriso é perverso, com toda certeza eu o atingi da pior forma possível pra esse tipo de cara, um fora fere o orgulho hétero dele, mas eu não me importava, não tinha medo, mas comecei a ter quando ele com sua mão livre apertou o meu maxilar e me fez chegar ainda mais próxima e ele.

— É por bem ou é por mal? Você escolhe.
— Digo o mesmo pra você, solta ela por bem ou quer que eu quebre sua cara por aqui mesmo?

Respiro aliviada, Bruno estava ali.

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*Antes de tudo quero esclarecer que as fotos do capítulo sempre tem algo ou alguma ligação com o mesmo, então sempre prestem atenção nessa parte*

Ooi mocinhas, tudo bem???
Quero mais uma vez agradecer as palavras de carinho e aos comentários ok???

Esses dois ainda vão dar muito o que falar, a Daiane agora que percebeu que realmente gosta do Bruno, só que as coisas estão complicadas pra esses dois.

Fico feliz em saber que agrada a vocês o jeito que minha personagem é, tentei fugir um pouco da perfeição e do clichê, estou tentando hahahaha

Comentem bastante mesmo e me deem o feedback, eu preciso desses comentários, vivo por eles.

Ja aviso que se quiserem podem mandar em mensagem que eu vejo também, não tem problema.

Beijoooos meninas ❤😘

Disputa - Bruno Rezende (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora