Fim

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Qual era o sentido da palavra felicidade? A alguns anos atrás eu não saberia te dizer, ou diria que era conquistar o que eu tanto almejava, uma vaga na seleção olímpica. Hoje os tempos mudaram e eu agradeço sempre por tudo isso ter acontecido e mudado minha vida por completo. Na minha gestação Bruno se mostrou ser um paizão mesmo antes da nossa bebê nascer, ele me auxiliava em tudo e foi um sacrifício danado para ele relaxar e conseguir a total concentração em seus jogos. A olimpíada foi ótima, Brasil foi o campeão e quem ganhou o presente fui eu, já que estava grávida do amor da minha vida e que finalmente o mundo inteiro sabia disso.

Os 9 meses em que uma gota de amor se crescia dentro de mim até virar uma enorme melancia foram bons, Bruno sempre que podia estava comigo e quando não estava fisicamente sempre, repito, sempre dava um jeito de me ligar ou mandar mensagem. Meus pais me ajudaram muito nesse tempo e os seus pais também, então como minha bebê era a primeira neta da família, eu ficava indo de lá pra cá, dormia um pouco na casa dos meus pais, aí quando vinha para o Rio de Janeiro me dividia entre suas irmãs, mãe e pai.

Como previsto pelo meu próprio corpo e pelas sensações que ele me transmitia o meu bebê era uma menina, linda por sinal, Sofia nasceu no começo de 2025 na Itália, a nossa italianinha brasileirada já que os pais eram assim e ela igual nós, voava de um lado para o outro sem parar.

Com o passar do tempo muita coisa mudou, e pra mim o que foi mais difícil foi escolher os padrinhos de Sofia diante de tantas e tantas opções, só que vendo Lucão e Bianca ali a gente não resistiu, não teria alguém melhor que eles nem em mil anos, e a carinha de felicidade de ambos nos fez ser feliz também. Logo após que eu ganhei Sofia e passado toda a minha quarentena em conjunto com minha readaptação, eu voltei a Itália para o meu time de origem junto com o meu trio favorito, que atualmente me chama de mãezona e eu vi tudo que uma bebê pode fazer em nossa vida.

Com a vida de ambos os pais agitada, Sofia anda de lá pra cá com os avós e a bonequinha até que gosta, Sofia é uma criança toda serelepe igual o pai e não pode ver uma oportunidade aonde tenha bastante gente dando atenção a ela que ela já quer brincar, ou ficar com as pessoas, por isso a facilidade de deixa-la na casa doa avós.

Estamos em 2028, Sofia já tem 3 anos de idade e pra mim parece que o meu bebê nasceu ontem, Bruno já se aposentou faz um tempo e virou o técnico da seleção brasileira, ou seja, o meu técnico já que agora estamos no meio da final olímpica e ele está ditando as regras enquanto eu fito minha filha com todos os avós na arquibancada.

Bruno é a cópia fiel do Bernardinho e isso chega a ser engraçado, tive a oportunidade de ser convocada novamente e mesmo passando mal uma semana antes do jogo consegui estar aqui, a final é contra as americanas e o time inteiro está com sangue nos olhos desde as olimpíadas de 2021. Quanto recomeçamos o jogo e vejo que se não virarmos e fecharmos esse set agora mesmo, estaríamos perdidas e em vice novamente.

Após fazermos 32x30 no quarto set, eu me sento completamente exausta e o Bruno me pergunta se eu realmente irei aguentar o último set, como nosso tratamento muda completamente em campo, eu o olho com a cara fechado e peço para que confie em mim, e é isso que ele faz. O último set foi difícil, complicado e muito cansativo, mas quando Gabi corta e sua bola vai diretamente para a ponta que espirra ela para o lado e chegamos a 16x14, explodimos em alegria, somos campeãs, eu sou campeã, campeã olímpica e só pareço acreditar quando as meninas correm até mim e nos abraçamos.

Bruno corre de um lado para o outro, seria a primeira olimpíada dele como técnico e ele já saiu campeão, a imprensa brasileira com certeza estava eufórica e queria uma entrevista com ele e foi por isso que em poucos segundos uma parede de reportares rodeou ele todo, e como sempre, ele tirou todo foco e atenção dele e passou para nós e com isso eles começaram a se espalhar até que alguns chegaram em mim.

— Daiane, como está se sentindo depois de uma virada dessa que consagrou o time campeão?
— Olha, na verdade, eu nem sei se tem palavras no dicionário brasileiro que consiga expressar tudo que eu estou sentindo, é muita felicidade, alegria, muito treino e esforço compensado e graças a Deus, a toda equipe e comissão técnica, hoje conseguimos sair vencedoras.
— E Daiane, agora é pensar em Sul-Americano e também mundial?
— Bom, eu não sei se participarei de algum deles.... minha agenda vai estar meio apertada por esses 2 anos......

Eles me olham confusos e assustados e eu grito para o Bruno vir até mim.

— Preciso contar uma coisa pra você e pro resto do mundo.... Posso?
— Pode. — Bruno me olha confuso.
— Bom, eu nem se eu podia jogar hoje e se eu contasse antes você não permitiria, foi um risco só que se eu não participasse do jogo eu iria surtar com certeza. Eu descobri faz uns três dias e guardei comigo, e, sem enrolação, Parabéns Bruno, você vai ser papai novamente.

Uma chuva de flashs nos atinge e um grito ensurdecedor do Bruno pega todos de susto, ele me abraça e me roda no ar enquanto a informação se espalha por todos, vou até a Sofia a pegando no colo parar tirar uma fotinha com ela enquanto a mesma repórter se aproxima novamente pois eu a chamo.

— E outra, ele tem que preparar o bolso que dessa vez vai ser de gêmeos.

A equipe da imprensa inteira me parabeniza e Bruno tenta mesclar a sua felicidade entre a minha noticia e a nossa vitória, depois de todo o murmúrio, de recebermos as medalhas e a taça, e tirarmos várias e várias fotos, da nossa família ter nos abraçado e desejado muita e muita felicidade, depois de anos e anos, eu sei o que é a felicidade, eu sei o sentido dessa palavra.

A felicidade? É ele, e o sentido é ter uma família com o mesmo.

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ESTOU EMOCIONADISSIMA COM ESSE FINAL E MUITO FELIZ PELA REPERCUSSÃO DE TUDO.

Primeiramente gostaria de agradecer a vocês por todo o apoio desde o começo, com toda a certeza tudo deu certo pelo impulso que vocês me deram. Em segundo, já estou escrevendo a próxima fanfic então já vão lá dar uma olhadinha na sinopse pois está disponível, deem aquele like maroto e comentem aqui ou lá se eu devo ou não postar o primeiro capitulo, e em terceiro, foi muito gostoso escrever essa fanfic e acho que estou chorando por ter que termina-la.

Beijocas e nos vemos na próxima.

Disputa - Bruno Rezende (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora