A semana no Rio de Janeiro estava chegando ao fim, nunca tinha me sentido tão feliz e com tanto ciúme como antes, o Bruno causava tantas coisas em mim que eu achava até engraçado a forma que meu corpo reagia a cada sensação que se instalava por ele, outra coisa que fazíamos todos os dias e sempre que dava vontade era sexo, então eu nunca transei tanto em toda minha vida, isso estava virando um circulo vicioso de acordar com ele, sair com ele, transar com ele e dormir com ele.
Conheci muitos e muitos amigos dele por aqui, só que havia chegado a hora de irmos embora, bom, as malas já estavam arrumadas e pelo o que eu saiba quem ia nos levar ao aeroporto era a sua mãe, logo depois de tomarmos um café na casa dela, ela foi bem persistente nesses dois tópicos. Coloco uma calça jogger preta com um tecido bem gostoso e fresco, camiseta e tênis também brancos, e tomo um susto ao ver o Bruno igualzinho a mim, com as mesmas cores e nos mesmos lugares.
— Vão pensar que a gente está fazendo combinadinho de casal.
— Que pensem.
— Está tudo bem?Bruno nunca reage dessa forma comigo, estranho ao ouvir ele tão seco e indiferente e sento-me na cama ao seu lado para tentar entender o que está acontecendo.
— Acho que é a saudade de deixar tudo isso, da minha família, da pressão em voltar ao lugar que eu fui campeão, de pensar também em uma possível participação nas olimpíadas em 2024, que talvez e muito provavelmente seja a minha última....
— Espera, espera ai, eu aceito você sentir o sentimento da saudade pela sua cidade e família, agora, pressão? Olimpíadas? Parar de jogar? De onde está vindo essas coisas, amor? Você sabe que agora não é hora de pensar nisso.....Forço ele a olhar para mim e passo minhas mãos pelo seu rosto até o segurar, sua barba faz cócegas na palma da minha mão e eu amo essa sensação.
— Escuta uma coisa, não se abale por uma coisa que nem chegou a acontecer ainda, não sofra antecipadamente por algo que não seja sólido, não é saudável pro seu coração esse tipo de coisa. Você é vencedor, sempre esteve em alto nível e eu tenho certeza que a torcida italiana esta doida pra te ver em quadra novamente.
Bruno se joga em cima de mim e me beija, me derreto inteira em seus lábios macios enquanto sua boca me devora por completo, viro gelatina com ele por cima de mim me tomando por completo. Não podemos nem pensar em uma rapidinha por agora, estamos quase atrasados e não quero chegar toda bagunçada na mãe dele, então dou um empurrão no Bruno e saio pra ir me arrumar enquanto ele vai até a portaria colocar nossas malas no uber que ia nos levar até a casa da mãe dele vulgo minha sogrinha.
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.Sou recebida com um abraço caloroso da dona Vera, me sinto ainda mais amada por saber que ela me abraçou até antes de abraçar o filho, ela cruza nossos braços e me puxa para conhecer sua casa, uma casa grande, simples porém bonita, típica casa de avó. Me assusto ao ver tanta gente ao redor de uma mesa farta de comidinhas de café, tinha um pouco de tudo e o que me chama atenção é que cada lugar tinha uma xícara de cor e formato diferente, sorrio ao ver a simplicidade estampada em tudo que tem a ver com essa mulher.
Bruno me apresenta a todos e se senta me puxando para sentar ao seu lado, então eu fico no meio dele e da sua mãe, e agora estou com vergonha até de tomar um café mesmo ela me passando todo o conforto do mundo, minha insegurança inflama quando se trata de agradar o Bruno ou a sua família.
Enquanto todos conversam eu tento me servir, só que sempre sou impedida pelas mãos do Bruno ou da dona Vera, que insistem em me servir, eu simplesmente deixo acontecer pois não quero parecer chata ou antipática, como um pãozinho doce com requeijão e bebo uma xícara inteira de café, penso que já comi um monte só que ao ver o pequeno monstrinho do meu lado chego a dar risada, Bruno come de tudo um pouco, não em grande quantidade, mas experimenta tudo que tem em cima da mesa.
— Come mais minha filha. — Dona Vera diz enquanto coloca alguns pães de queijo no meu prato e eu tento para-la dizendo que já está bom.
— Você não comeu nem uma frutinha, não precisa ter vergonha.
— Eu estou bem....
— Ela é tímida. — Bruno diz.
— Claro que não. — Eu digo.
— É que é muita pressão... eu acho... não sei...
— Fica em paz minha filha, me diz uma coisa, você joga em que posição?
— Levantadora.
— Igual o Bruno.
— Hahahah queria!!! Se eu fosse 30% do que ele é, eu já me sentiria infinitamente realizada.Não percebo que eu encho a boca de orgulho ao falar dele, seus olhos brilham me olhando iguais os olhos da sua mãe, acho que dessa vez as coisas estão indo tão bem que eu já ganhei o coração da sogrinha......
O tempo passa que eu mal vejo, levo um susto ao ver que horas eram e sinto uma pontada de tristeza ao saber que já precisávamos ir embora, minha vontade é abandonar tudo e morar pra sempre com a dona Vera, ela esbanja amor e simpatia por onde passa, sua voz exala uma paz tão incrível que eu me sinto hipnotizada por ela.
Nos despedimos de todos e entramos no carro rumo a calmaria que será estar na Itália com ele.
E eu espero que seja calmaria mesmo.
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Capítulo calmo só pra ver a reação da Daiane com a dona Vera.....
TODO MUNDO AQUI DE ACORDO QUE O PAU VAI TORAR NA ITÁLIA?? E COM AQUELA EX LÁ NÃO VAI TER TEMPO DE TER CALMARIA......
beijocassx
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Disputa - Bruno Rezende (CONCLUÍDA)
General FictionEles estavam conectados. Eram diferentes, tinham o mesmo foco mas eram pessoas com personalidades opostas, e isso que causou uma bagunça total e virou uma disputa, tanto dentro quanto fora de quadra. #1BrunoRezende 13/09/21