- Louca saudade #

Cap.24

Eu estou com tanta raiva que bato a porta com força quando saio da cabine do banheiro e não percebo que ali encostado a pia está Edu.

- o que faz aqui?- pergunto ríspida.
- você estava com uma cara nada amigável vim ver se aconteceu alguma coisa.
- quem é a mulher que você tava de papo?- falo rápido e ele me encara e sorri de lado.
- é a Camila, trabalha com o João. Simpática- fala como quem estivesse se divertindo, o que ele está sem dúvidas.
- que bom - passo por ele e lavo as mãos.
- você fica linda com ciúmes - ele me abraça por traz, sua boca roçando contra meu pescoço e a mão na minha cintura me apertando contra si.
- quem disse que eu estou com ciumes ? - falo baixo.
- bom - ele espalha beijos molhados no meu pescoço e morde minha orelha de leve quando diz - já que é assim vou lá fazer companhia a Camila.

Eu me viro e o encaro. Ele não se move, sorri torto e me puxa pra um beijo feroz, um beijo repleto de luxúria e desejo.
- vamo embora comigo - ele diz.
- não podemos sair assim - falo rouca.
- pode. Vamos.- passa a língua pelos meus lábios entreabertos - você não quer?
- ahhh - solto um gemido quando ele morde e ao mesmo tempo aperta minha bunda.
- deixa eu te ajudar a tomar uma decisão logo....- me beija de novo, nossas línguas na sincronia perfeita, eu me esfrego contra a ereção que ele não faz questão de esconder, levanta meu vestido e me coloca sentada sobre a pia.
- alguém - digo ofegante - ahh alguém pode chegar - respiro.
- eu tranquei a porta - diz rouco - tô com saudade de você.
- eu também - e minhas mãos descem até o cos da sua calça.

Tudo acontece tão intenso, ele baixa uma alça do meu vestindo e chupa meus seios mordiscando e me causando gemidos abafados e intensos, eu estou encharcada, em expectativa do que está por fim. Minhas mãos o acariciam e ele geme. Puxa uma camisinha da carteira.
- tem que ser rápido amor - ele diz rasgando o pacote   Coloca o dedo na minha fenda e solta um gemido rouco.
- sempre pronta - e num movimento rápido rasga minha calcinha.

Edu enfia em mim tão intenso que gememos um na boca do outro, a intensidade do beijo com as estocadas firmes e precisas me deixam insana de prazer, senti-lo me preencher e tão gostoso e suas mãos continuam a me estimular, logo estou gozando forte enquanto seus braços ficam a minha volta.

Desço na pia e viro de costas empinando a bunda em sua direção , que prontamente me dá um tapa estalado e sorri cravando em mim, ele empurra forte, um macho alfa. A mão desce me estimulando e me levando a loucura.
- goza gostoso comigo - fala rouco entre os gemidos.
- ahhhhhhhh- me desmancho novamente num orgasmo onde ele me segue em seguida.

Estamos os dois ofegantes. Testas coladas. E satisfeitos.
- preciso ir antes que percebam nossa falta - ele diz e me beija uma última vez, me deixando no banheiro.  Ele mal saiu e meu corpo já sente o frio que é estar longe dele.

Me sinto atordoada. Eu transei com Edu no banheiro e meu noivo está lá fora. Eu sou uma piranha. E sem calcinha.
Volto para o restaurante e Miguel está sentado em nossa mesa onde me espera sorrindo.
- tá tudo bem?- pergunta me analisando.
- sim - digo e meus olhos encaram Edu que está sorrindo divertido.
- vem comer linda- ele diz.

O jantar foi ótimo, cantamos parabéns e depois uma banda local fez um pequeno show onde dançamos.
Estava dançando com Miguel, quando vejo do outro lado Edu dançando com Camila. Nossos olhos encarando-se tão intenso que me faz ficar constrangida. Sinto como que o estivesse traindo, com meu noivo. Isso é tão errado.

Miguel me olha e sorri, eu retribuiu porém meus olhos estão atrás do meu noivo. No Eduardo.
Meu noivo me beija, eu fico surpresa e confusa isso é tão errado em vários aspectos que não consigo raciocinar direito. Meus olhos não fecham. Prestam atenção num Eduardo furioso e cheio de ciúmes. Alguém que eu não via ficar assim há 10 anos.

Meus olhos enchem de lágrimas quando Camila segura a nuca do Edu e o beija. Ali eu entendo.
Edu me encara enquanto a boca dela invade a dele que a minutos atrás estava na minha. A minha boca.  Eu fico enlouquecida e me aproximo de Miguel.

- vamos embora?- falo.
- claro - diz sorrindo.

Fizemos o caminho em silêncio, eu estava sufocada de sentimentos não ditos e meu ego ferido. Passamos no hospital que Miguel precisava ver um paciente.

" já chegamos minha ruiva, estamos bebendo um vinho na sala se quiserem se juntar a nós" Brenda me manda uma mensagem.

Assim que entro os vejo, João e Brenda bebendo um vinho, me despeço tão rápido que mal do chance para minha amiga me analisar, mas sei que ela já o fez quando estou indo em direção ao quarto e olho pra trás.

- tô morrendo de saudade de você linda - Miguel diz beijando meu pescoço, - eu tô louco pra me enterrar nesse corpo.
- tô cansada hoje - digo.
- porra qual é Helo? Desde que eu voltei há três dias você não quer transar comigo! Nós somos noivos já estamos a um tempão sem.
- eu sei, mas não tô no clima e você gritando comigo não ajuda.
- o que tá acontecendo?- ele diz frustrado passando a mão nos cabelos.
- nada.
Seus olhos me analisam. Ele me conhece e sabe que tem algo errado. Me sinto culpada por mentir e engana-lo. Mas não arrependida.
- Heloísa aconteceu alguma coisa ?- ele fala sério enquanto me encara.

Eu não consigo olhar em seus olhos e choro.
- desculpa - é a única coisa que sai da minha boca.
- o que aconteceu Helo?- ele fala alterado.
- eu juro que não queria que fosse dessa forma- digo chorando.
- não é o que eu tô pensando né ?- fala cheio de ódio - me fala logo - me puxa pelo braço - tem haver com ele não é ?
Eu assunto e choro mais.
- mas que porra que aconteceu pra você ficar assim?- ele fala frustrado e irritado.
- eu... e ... o Edu.... - não consigo terminar.
- você transou com ele.-diz sem rodeios. Não é uma pergunta. - me fala logo - grita.
- sim..- choro copiosamente.
- quando?- passa a mão no cabelo e os puxa- hoje?
Eu assinto e seus olhos me julgam. Pois hoje passamos o dia juntos.
- onde?
- na festa - falo sem voz.

Um silêncio se instala no quarto.

- você é mais baixa do que eu pensei - ele grita com tanto ódio - você é uma vagabunda igual a todas!
Me puxa pelos braços para encara-lo.
- eu juro que não queria que fosse assim - falo chorando.
- eu vou acabar com esse filho da puta - me solta e vai em direção a porta.

Eu corro atrás dele antes que faça alguma besteira.
- cadê você seu filho da puta?! Aparece! - Miguel grita - mostra a cara seu safado, porque pra comer a mulher dos outros não se esconde!
Miguel grita descontrolado e eu choro.
- para Miguel - grito.
A porta do Edu se abre e ele sai sem camisa de lá. Seus olhos vão direto em mim, que não percebe quando o primeiro soco vem.
- paraaaaaa- grito assim que Miguel acerta o rosto do Eduardo.

Ele levanta e coloca a mão onde foi atingido.
- levanta seu merda! Gostou de comer essa vagabunda?- Miguel diz com nojo. Quando faz menção de ir pra cima do Edu eu o puxo pelo braço. Seus olhos me fulminam e num movimento rápido ele me empurra me fazendo cair e bater a cabeça na parede.

Os olhos do Edu estão assistindo repleto de ódio, e sem aviso, ele desfere socos em Miguel. Os dois estão rolando pelo corredor apertado, entre socos e chutes. Eu choro e grito até que sinto João e Bruno separarem os dois.

As mãos de alguém me levanta.
- vem querida, vamos entrar - e me levam ao meu quarto.

Antes consigo ver os olhos do Edu me acompanharem.
- fica com essa puta barata! - Miguel fala soltando dos braços do Bruno e me olha - vocês dois se merecem! Não valem nada! Fica longe de mim sua vagabunda.

Sai em disparada. A porta do meu quarto e fechada e eu sou levada até a cama pela Brenda e a Beck.

- eu estava transando com o Edu esse tempo todo - falo entre soluços - mas eu não me arrependo.
- xiiiii calma - Beck diz - você não precisa se justificar.
- eu amo o Edu! Como nunca amei ninguém na vida - soluço - como ele está?
- os menos estão com ele - Brenda diz.

Resumidamente conto o que aconteceu entre mim e Edu.
- vocês precisam conversar - Brenda diz.
- vou fazê-lo em breve.- digo soluçando.
- toma uma água - Beck me dá.

A porta do quarto e aberta e vejo ele parado nos olhando.
- vem Beck vamos deixar que eles conversem- Brenda diz.

Ele tranca a porta atrás de si e nós encaramos por longos minutos.

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Será que agora vai?

❤️