- Chegamos - A morena anunciou parando o carro perto do parapeito da calçada.Examinei a fachado do prédio elegante de dois andares pela janela. Uma construção moderna repleta de janelas altas tão elegante quanto caras, um painel de madeira no meio, com um conjunto de letras escrito Clinica Jones.
Ela desligou o carro e saltou para fora sem dizer ao menos uma palavra, fiz o mesmo que ela, mas quando coloquei meu pé esquerdo no chão reprimi um gemido de dor. O meu tornozelo ta me matando parece que quer sair da perna. A moça elegante deve ter percebido, porque colocou sua mão em meu ombro.
– Você consegue andar? - ela perguntou um pouco preocupada, forcei um sorriso, que deve ter ficado péssimo.
- Sim, - não - por isso acho desnecessário gastar dinheiro com médico - Deveria informar a vocês que fomos o caminho inteiro discutindo sobre esse assunto, e a cada um argumento que eu dava, ela me esmurrava com 10. Ela revirou os olhos com minha fala.
- Não se preocupa o Jones é um velho amigo meu não vai te extorquir - Ela disse com os braços cruzados.
Bom... eu preferia ter ido embora - para não gastar dinheiro - mas o meu pé não estava realmente legal. Experimentei movimenta-lo, no entanto, não consegui dar nem um passo se quer. A moça que se manteve ao meu lado o tempo todo pegou meu braço esquerdo e colocou diante seus ombros com certo sacrifício.
- vai demorar um seculo para nos chegarmos, até lá - disse quando ela e eu começamos a dar passos com certo sacrifício - E mais fácil você me levar para casa. Eu só preciso descansar um pouco - Disse e ela olhou para mim com um olhar mortal.
- Pode descansar quando for examinado. - ela disse determinada.
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Devo polpar vocês do nosso sacrífico só de chegar na recepção.
O lado de dentro daquela clínica, era chique, sutil é... branca! Fala serio qual o problema de gente rica? Eles não gostavam de cores? Após me colocar em um sofá, vejo minha acompanhante falar algumas palavras com o recepcionista, o mesmo sai de la e depois volta com uma cadeira de rodas, bato a mão na testa, indignado com tamanha tolice.
Vejo a mesma vir, ate mim.
- Serio? Uma cadeira de rodas? ‐ Falo olhando para ela com os braços cruzados. A mesma bufa com a minha reclamação.
- Você prefere ir com esse tornozelo que ta aparentemente quebrado ao segundo andar? ‐ Ela diz e engulo a seco, se chegar ate o hall já foi um sacrifício quem dera ir ate o elevador que é do outro lado dessa recepção- Okay, enta va... - Ela disse e faço ela parar de falar puxando a cadeira de rodas para perto de mim.
- Ok, eu prefiro a cadeira de rodas - Falo me sentando nela com um pouco de dificuldade, vejo a mesma dar um sorriso convencido para mim.
Ela empurra a cadeira de rodas até o elevador, ela empurra a cadeira ate o grande quadrado de metal. A mesma entra e aperta no botão que estava o numero dois.
Chegamos no andar, e vamos ate uma porta totalmente branca, só agora que eu reparei que ela não pediu meus documentos, estranho né?!
Entramos na sala - que estava vazia - e ela me ajuda a me sentar na maca, não demorou nem um segundo para que um senhor de um metro e meio - que julgo que tenha uns 65 anos -. Ele se apresentou como Dr. Bartolomeu Jones, a mulher que não é a Juliett trocou um comprimento com o médico e começou a falar o ocorrido um tanto, ansiosa.
Não consegui ouvir o que diziam, pois, mesmo falando inglês com o médico - um inglês tão bom que você só perceberia por mínimos erros que ela e uma estrangeira -, durante o tempo todo seu olhar se manteve em mim, me olhando como se fosse um quebra-cabeça muito difícil de se solucionar.
- Doí? - ouço uma voz ao meu lado, nem percebera que o doutor estava ao meu lado. Ele estava apertando meu pulso?
- Não - digo ainda um pouco desnorteado com os meus pensamentos, educadamente o doutor fala para Juli... para moça se retirar da sala. Eu ainda estava em choque, então tudo passou como um vulto diante meus olhos: ele me examinou, eu fiz alguns exames, e do nada, BOW, eu estava com uma bota rígida preta, nada atraente em meu pé, ahh é, eu ganhei um par de muletas cromadas.
O médico garantiu que não havia nada de errado com minha cabeça e me deu uma receita de anti-flamatório, caso eu sentisse muito incomodo, deu me sapato totalmente molhado - mais cheirosinho - para a moça a quem me atropelou, e me liberou.
- Onde eu tenho que te levar agora? ‐ A moça falou um pouco inquieta quando já estávamos do lado de fora da clínica. Ela gentilmente abriu a porta de seu carro para mim.
Eu refleti em negar a carona, mais pegar dois ônibus e andar 8 quarteirões ate em casa não ia ser fácil com essas muletas, então eu dei o endereço para ela. Não que eu quisesse ficar mais um pouco perto dela, e querer saber o porquê de invadir todas as noites os meus sonhos.
A quem eu quero enganar?! E obvio que eu quero obter respostas. Se eu negasse nunca maus iriamos nos ver e os nossos caminhos seguiriam rumos diferente e eu nunca mais a veria! Quero dizer fora dos sonhos. Essa era minha única oportunidade de enfim, tentar entender algo.
Após girar a chave na ignição ela manobrou para fora da vaga, ela entrou em uma avenida totalmente engarrafada, bufou quando viu o tanto de carros. Apos algumas quadras tudo parou e o carro já não andava mais.
A mulher que não era Juliett deu um soco no volante e apoiou a cabeça em suas mãos, ela rosnou algo em outro idioma, provavelmente alemão? No entanto, e se for irlandês? Se ate a cara e igual por que não a nacionalidade também?
‐ O que você disse? - murmurei sem perceber, ela virou um pouco o rosto para me encarar, e se não tivesse com a sanidade mental nos eixos, eu teria começado a babar na minha blusa inteira.
- Disse que os trânsitos dessa cidade são um inferno - Ela disse dando um meio sorriso, e deus, que sorriso!
Era melhor me concentrar e manter meu olho bem longe daquele sorriso encantador, se queria saber de algo sobre ela.
Acredito que seria bom saber seu nome né?! Já que eu passei a tarde inteira com uma mulher que eu não faço a mínima ideia do nome, ou eu poderia engatar em "você não é daqui, é?", mas ela abriu a boca primeiro.
- O que acha de comermos algo até esse trânsito se dissipar? - Ela disse em um tom um pouco animado.
Primeiro: Por deus eu to quase morrendo de tanta felicidade!
Segundo: quem fala dissipar? Eu posso ser gado mais eu reparo as coisas.
Olho para ela e dou um dou sorriso, para parecer um pouco desinteressado mais não demais.
- Acho uma ótima ideia
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I will always find you - Au juke
RomanceLuke Patterson, um garoto que mora nos subúrbios de LA. Já passou por mais empregos que qualquer um. E ele precisa de um já que a pensão de sua família está indo a falência. No entanto essa não é a única coisa que tira seu sono, sempre que a noite...