capitulo 2

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Natália👽

Sempre tentei ser forte, nunca na minha vida, pensei que ia passar oque eu passei, odeio com todas a minhas forças as pessoas que me botaram no mundo, as vezes penso em me vingar de tudo que eles fizeram passar, mas não vale a pena, a vida vai dar oque eles merecem.

Quando eles ameaçaram vender eu e a minha irmã, eu fiquei aterrorizada, gritei, briguei, surtei real, mas já era tarde, meu pai um delegado de respeito, tinha tudo ao seus pés, minha mãe, uma madame da sociedade, quem iria contestar contra?

Eu fiz um acordo, se não levassem a yara, eu ia sozinha e fazia tudo que fosse ordenado a mim, passei por coisas que até hoje tenho nojo de lembrar, as marcas no meu corpo, não me deixam esquecer.

Quando eu consegui fugir, eu achei o caique, não sei se foi o destino mais ele me ajudou, eu só tinha 15 anos, ele com os seu 17, conseguiu me ajudar, mesmo com os pais dele não gostando, ele me ajudou, sou grata por ele ter me ajudado, me acolhido, amo ele, mas ele é um vacilão.

Quando eu consegui me estabelecer em um lugar e conseguir trabalho eu procurei a minha irmã, lutei por ela, meus pais não fizeram muita questão mas eu fiz, eu trouxe ela pra morar comigo, não contei tudo oque aconteceu, na verdade ela acha que eu fugi de casa e logo depois fui morar com caique, inventei uma história mirabolante. 

Mas não foi assim, ela não sabia e eu não iria contar, me tornei uma pessoa fechada, muitas vezes não conversava com ela, e via ela chorando no quarto, o caique que muitas vezes me ajudou, agora não sou tão fechada, to evoluindo.

Com o tempo, eu me reergui e agora eu só queria ser feliz, apagar o meu passado com a borracha mais potente que tivesse, e viver a minha vida.

Eu sabia e sempre soube que o caique me traia, mas eu não falava, eu tinha medo, muitas vezes de ficar sozinha, ele foi o único que me ajudou, e eu não ia largar dele, mas eu percebi que eu basto, comigo eu posso ser quem eu quero, sem humilhação, não aguento mais.

Eu fui terminar tarde da noite, fiz tudo que tinha que fazer e depois desci pra praia, eu morava umas ruas antes dela, então ficava perto de eu ir, perigo tinha , mas eu precisava pensar, não ia conseguir dormir com tudo passando pela minha cabeça, e decidi ir na praia.

Passei pelo quarto da ya, ela tava dormindo, tenho orgulho dela, minha garotinha prodígio, ela sempre foi inteligente, sempre se interessou em estudar e eu me orgulho muito da mulher que ela se tornou.

Chegando na praia não tinha quase ninguém, tava vazia, só tinha alguns casais e pessoas espalhadas, fiquei andando pela calçada e depois fui pra beira do mar, me certifiquei se não tinha ninguém muito perto e comecei a chorar e gritar, gritei pra tirar toda dor que tava em mim, gritei pra tentar pelo menos ter alguma reposta pra oque eu tava sentindo, eu só parei de chorar quando eu vi que já não tinha mais ninguém, só um cara que tava me olhando de longe.

O meu cu já trancou, comecei a chorar de novo, eu vi ele de longe e ele tava me olhando, por favor deus, que não seja um tarado, por favor.

Fui andando e tentei passar o mais longe, mas eu tinha que subir pra calçada e ele tava perto da escada, fui na fé.

xxx: aí parceira, cê é louca- falou com a voz rouca, com o cigarro de maconha na mão.

nat: você tá falando comigo?

xxx: não pô, to falando com a pessoa que tá atrás de você, tá vendo não.

nat: que?- olhei pra trás- mas não tem ninguém.

xxx: você é malucona né tio, caralho.

nat: olha moço não te conheço e meio que tá no meio da madrugada, então eu vou embora- virei pra ir.

xxx: porque cê tava gritando?

nat: motivos pessoais- virei e encarei ele que ofereceu o cigarro, eu aceitei e sentei do lado dele- qual o seu nome?

xxx: mário.

nat: mário?

xxx: aquele que comeu seu cu no armário- ele riu e eu olhei pra ele com cara de tédio- fael garota.

nat: oque você tá fazendo aqui essas horas?

fael: pergunto o mesmo pra você menorzinha.

nat: mas eu perguntei primeiro garoto.

fael: eu venho aqui pra pensar tá ligada, tá acontecendo varios bagulhos na minha vida e aqui é suave. 

nat: entendi, mas aí, eu já vou indo, tenho que acordar cedo- me levantei.

fael: te levo mina.

nat: eu não, vai que você é um maluco, que quer me sequestrar- ele riu.

fael: ata pô, se eu fosse, eu já teria te sequestrado desde que você começou a gritar que nem uma maluca.

nat: você tava ali a muito tempo?

fael: digamos que desde que você chegou, e se afastou e começou com o show, todo mundo ouviu gata- eu ri montei na moto e guiei ele pro meu prédio.

nat: valeu ai, maconheiro.

fael: qual o seu nome?

nat: natália.

fael: aí nanat, gostei de tu menorzinha- me entregou o celular- bota ai pô, depois nos troca uma ideia maneira, sem você começar a gritar.

nat: você não vai parar de me zoar com isso nunca né- entreguei o celular pra ele e ele negou.

Dei tchau e ele me roubou um selinho metendo o pé, gente que cara maluco, medo eu tinha, mas oque era um peido pra quem tava cagado? eu subi, e não é que ele é legalzinho, até parece com o amor da minha vida, brincadeira, mas ele é um gato, entrei no quarto e me joguei na cama, estava morta e tinha que acordar cedo.

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