capitulo 7

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yara🦋

Fazia duas semanas que eu tinha desconfiado da gravidez, no dia que eu fui numa reunião com o augusto, eu vomitei e depois daí, começou a sessão enjoou, eu não podia sentir um perfume forte que eu vomitava, resolvi fazer o teste e descobri hoje que eu tava grávida, de um mês, quase indo pro segundo, faltava só uma semana, me desesperei real, fiquei pensando em como, eu sempre tomo remédio, mas teve um dia que o fernando gozou dentro e eu me esqueci de tomar.

Eu ia falar com ele amanhã, ele tá trabalhando no empresa do pai, já que ele foi demitido por não pegar os casos e por não trabalhar tecnicamente, ele não sai mais de lá, não tem tempo pra nada com esse projeto, eu fico como, de lado né, mas eu entendo é o trabalho dele, ele ama isso, eu não largaria meu trabalho também.

Fui dormir, quando eu acordei já era uma hora da tarde, mandei a vanessa cancelar todos os meus planos pra hoje, e fui me arrumar pra ir no fê, não avisei nada, só fui, chegando lá, a secretaria disse que ele tinha saído pra ver alguma coisa que eu não prestei atenção, e eu fui pra sala dele, esperar lá.

mari: fê, olha aqui os papéis que você me pediu- entrou falando e olhando pros papéis.

yara: oi..hm..ele meio que deu uma saída, quem é você?- ela me olhou confusa.

mari: eu sou a marina, prazer, trabalho com o fê e o sérgio no projeto deles- riu sem graça- e quem é você?

yara: ah..eu sou a namorada do fê- ela me olhou assustada- algum problema?

mari: não nada, só que eu tenho muito trabalho a fazer, eu vou indo, fala pro fernando que esses papéis são pra ele- eu assenti e ela saiu, que menina estranha.

Fiquei esperando ele por um tempinho até ele chegar.

fê: yara...oi, que você tá fazendo aqui?- falou estranhando e eu ri.

yara: eu preciso conversar com você uma coisa séria- falei rindo sem graça e ele mandou eu prosseguir- eu to grávida- falei rápido.

fê: você tá oque?- ele falou espantado.

yara: grávida- ri.

fê: yara, isso é...legal, é muito bom...mas eu preciso falar com você também- eu assenti nervosa- vamo pro restaurante quem tem aqui perto, lá a gente vai tá mais a vontade.

yara: eu conheci sua amiga- falei pegando minha bolsa e saindo com ele e ele me olhou confuso- a marina.

fê: você falou com ela?- concordei- oque vocês falaram?

yara: ela é meio estranha, ela entrou dizendo que tinha uns papéis pra você e quando eu falei que era sua namorada ele ficou assustada, maluca né- eu ri e ele suspirou concordando, chegamos lá no tal restaurante e sentamos- bom, oque você quer falar?

fê: olha yara, eu tava pensando nisso faz um tempo, mas não é por você sabe, é meio por mim, já faz algumas semanas, e foi um dia desse que eu tirei a limpo oque eu tava em dúvida- eu fiz careta e concordei- agora fica muito difícil de te dizer isso, mas eu quero terminar.

yara: oque?- soltei o talher na mesa e fez um barulho que todo mundo olhou.

fê: olha yara, você percebeu que nosso relacionamento não é o mesmo faz um mês, a gente não conversa mais, não tem tempo um pro outro, estamos totalmente em outra vibe.

yara: mas fernando isso tudo se resolve a base de conversa, não é assim, terminando tudo, e agora temos outra coisa dependendo de nós.

fê: não é só por isso, eu conheci outra pessoa, eu...não sei...não sinto mais oque eu sentia por você- uma lágrima caiu- não ya, não chora, para, nós vamos sempre ser ligados, pelo nosso filho, claro que eu vou assumir, sempre quis, mas nós não vamos estar mais junto.

yara: então você tá terminado comigo, porque me traiu- ri sem graça.

fê: a única coisa que eu posso te pedir no momento é perdão, me perdoa, eu te agradeço por me ajudar em tudo, me dar apoio, eu ainda amo você, mas não como namorada, noiva ou parceira, como uma amiga ou irmã, quero você sempre do lado, me arrependo de ter feito isso com você, e ter conhecido e ficado com ela nessas circunstâncias, mas já foi, não tem muito oque fazer, além de te pedir perdão.

yara: eu...eu...quem é ela? como assim fernando, caralho?

fê: marina- me surpreendi, eu até que fui com a cara dela de primeira, respirei fundo.

yara: tá bom fernando, eu não vou te prometer que vou ficar de boa com isso, até porque você sabe que abomino traição, mas eu não sou deus pra te dar perdão, mas é aquele velho ditado né, quem bate esquece quem apanha não, então eu nao vou esquecer, mas pelo nosso filho, eu vou tentar aceitar, mas nada além disso- ele concordou.

fê: eu quero acompanhar tudo dessa criança, yara.

yara: você vai, até porque é seu filho- me levantei- espero que você seja feliz com ela- sorri amargurada e peguei minha bolsa saindo.

Eu tava com ódio, muito ódio, tava me sentindo um lixo, em curto tempo eu fui de bom pra ruim num piscar de olhos, não sinto raiva da marina, mas sinto pena, por ela não saber, porque pela cara dela, ela não sabia até certo momento, mas bola pra frente, vou focar em mim e na minha filha, ou filho, e no meu trabalho, vou deixar ele acompanhar tudo, não vou afastar a criança dele, até porque ele é o pai e tem direito, mas por um bom tempo vou ficar com cara virada, não sou obrigada.

Cheguei em casa e fui tomar banho e fiquei vendo algumas coisas do caso do henrique, preciso de alguma carta na manga, pra qualquer coisa acontecer, e tenho que arrumar urgente, arrumei as imagens das câmeras de segurança já é um passo, as câmeras mostram o homem batendo na mulher e no momento exato que o henrique atira, mas mesmo assim, não vai ajudar me muita coisa, ele tá com porte de arma ilegal, respirei fundo e fiquei pensando oque fazer, até pegar no sono.

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