capitulo 10

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hpc👾

Ai pô, no dia que eu cai, eu tava com a mari, eu tava putão, por causa de uns bagulho que aconteceu na boca e ela viu, ai me chamou pra conversar e eu aceitei, ela sempre que via eu estressado ou incomodado com alguma coisa, me chamava pra desabafar, muitas vezes era no alto do morro, mas eu decidi que ia ser na praia e nos foi, tem nenhuma não.

Eu sempre gostei da marina, desde de pequeno eu tenho interesse, e sempre mandei o papo, mas ela é foda demais tá ligado, perdeu os pais cedo, mas ai sempre lutou pelo que quis, ai eu vi uma oportunidade de ajudar, e mandei, quem paga o curso que ela faz sou eu, ela aceitou depois de muito eu insistir, mas ainda sim ela disse que não gosta e não quer eu pegando, porque ela da um jeito, mas não ligo não pô, tenho dinheiro guardado, e não tenho ninguém pra gastar vai com ela mesmo. 

Mas ai ela nunca rendeu papo, quando nos era adolescente, a gente ficou, mas só ficou mesmo, ela não rendeu papo de nada mais, depois daí, peguei no pé mesmo, quando nos tava na praia, horas antes dos bota me pegar, eu tava conversando com ela sobre nós, mas a garota é tão chata que ficava desviando do assunto.

Flashback on⌛️

...
hpc: mas iae pô, da pra você me responder oque eu te perguntei- cruzei os braços.

mari: henrique você sabe muito bem, que eu não vou ter nada com você, eu sempre sonhei alto demais, pra no final acabar como mulher de traficante.

hpc: você não ia acabar com nada marina, você ia tá com suas coisas tudo certinha, a única diferença é que ia tá comigo pô, sem caô.

mari: mas eu sempre deixei claro que eu não me via como uma mulher presa e limitada por causa de uma pessoa, você sabe como é essa vida e eu não quero ela pra mim, henrique.- concordei.

hpc: vamo pelo menos tentar então pô, pra ver no que dá- ela negou e eu beijei ela.

mari: não henrique, você sabe que...- escutamos um grito de uma mulher- oque porra é isso caralho, se levantou e fui em direção a um beco, e eu fui atrás, chegando lá tinha um cara tentando estuprar uma mina, perdi minha cabeça, estorei ele na bala, isso eu não aturo não pô, vi minha mãe ali tá ligado, não me arrependo nadinha do que fiz.

Mas na hora tava passando a ronda da policia que ouviu os tiros e já chegou embaçando o meu bagulho, fui preso com a marina olhando, me fudi gostoso, mas tá mec, logo mais to de volta.
...

Flashback off

Quando eu vi aquela mina, com um cara em cima dela, eu perdi minha cabeça, era minha mãe ali na minha frente, e eu tinha que fazer alguma coisa, atirei naquele cuzão, com todo meu ódio.

Minha mãe era perfeita, ela era a luz da casa tá ligado, ela tinha planos pro morro, ia ter um futuro do caralho, mas ela foi pega pelo inimigo, ela era doce, amorosa, tudo de bom ela era, mas quando ela voltou daquele inferno, ela voltou sem luz e nenhum brilho, sem alegria, sem nada, ela foi estuprada, foi espancada, sugaram tudo que ela tinha de melhor, e depois deixaram ela na entrada do morro desacordada, meu pai pirou, surtou de verdade, ela começou a se fechar, não conseguia sair na rua, não conversava com ninguém, nem com o fael que ela sempre se abriu.

Mas ai do nada, começou uma invasão, nos tava desprevenido, com a segurança baixa, então eles subiram rápido, eles pegaram os meus pais e mataram na minha frente, eu chorei pra caralho, quebrei tudo, meu transtorno atacou, não consegui controlar, a única que me tirou disso foi a marina, e a única coisa que se passava na minha cabeça, era o que minha mãe falou 'seja feliz meu amor, arrume uma pessoa que ame você em tudo, sem meio e sem fim, eu vou tá aqui sempre com você, se cuida amor, amo vocês pra sempre'.

A maluquete que cuidou de mim na cadeia, é mil grau, ela é pika tá ligado, ela me contou varias fitas muito loucas que ela passou, e eu contei algumas pra ela também, mas não aprofundei, não gostava de falar daquilo.

yara: tio henrique oque você tá pensando?- falou com a voz de criança.

hpc: que isso maluca?- fiz careta- to mec, pensando em nada.

yara: é a maria falando com você ué, ela perguntou se você não quer conversar, falar oque tá te incomodando- pegou o outro pode de sorvete.

hpc: ah maria, eu tava pensando no que minha mãe falou tá ligado? lembrei do dia que ela morreu e pá, mas tá mec- ela concordou e olhou sugestivo pra mim- ah pô tá ligado a mina que eu te falei que fecha comigo? é a marina.

yara: tinha que ser ela, puta que pariu- suspirou.

hpc: ala, coê, como cê conhece a mina?- cruzei os braços.

yara: o fernando me traiu com ela- riu sem graça- parece que ela tem uma chama sabe, a marina boazinha que todo mundo gosta, mari pra cá e pra lá e pra todo lado- ela negou.

hpc: relaxa pô, ela é foda, legal pra caralho...

yara: se for pra começar a falar dela é melhor eu meter o pé- falou levantando e eu ri.

hpc: relaxa maluquinha, fica mec ai- puxei ela pra sentar na cadeira do meu lado- mas ai, a marina nunca que ia fazer isso pô, ela não gosta desses bagulho de trair.

yara: pois é, pra tudo tem uma primeira vez, mas o pior é que ela nem sabia, o fê que errou com nos duas, mas mesmo assim sabe, eu não consigo simplesmente esquecer. 

hpc: mas se ela soubesse ela não faria isso, ela seria uma amiga foda pra você- ela negou.

yara: da pra parar de falar dela- me olhou estressada e eu fiz sinal de rendição- vou pra casa.

hpc: ah qual é, vai ficar com raiva de um bagulho nada haver?- abracei ela de lado.

yara: não to com raiva, só to cansada, a maria quer descansar, e ela quer ir pra casa, você me leva?

hpc: tá maluca? acabei de fugir do bagulho, mando alguém te levar- ela concordou- advogada burrinha.

yara: me respeita, seu ridículo- eu ri.

hpc: não é você que me chama assim, cuzona do caralho- ela me deu um tapinha na testa e se levantou, mandei o fael ir levar ela, um de confiança, e ele foi com prazer, to ligado que ele tá de papo com a irmã dela, só maluco mermo né pô.

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