I Trust You (l.s.)

2.5

Cheguei de novo, tudo bem galera??

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BOA LEITURA!!!<3
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Pov. Harry

⏰|06:00 PM.|⏰

Estou sentado aqui na mesa da cozinha do departamento, o bom que estou sozinho, então consigo pensar na vida com clareza. Cada dia que passa eu me perco um pouco mais, não posso, não quero e nem devo perder minhas esperanças. Duas coisas podem acontecer nesse momento.

1. Eu posso ir preso por conta da maioria das provas que apontam para mim, como se alguém tivesse planejado meticulosamente até os pequenos detalhes do crime.

ou

2. Eu posso não ir preso por conta de que as provas tem uma explicação "plausível" que apontam que o assassino não foi eu —o que não foi—, porém ninguém irá preso se isso ocorrer, porque por enquanto não sei o motivo, só tem a mim como suspeito. Então nesse caso, o crime irá para os casos não solucionados, o que certamente não pegará bem no histórico do Agente Tomlinson.

A verdade, é que estou perdido, mas sei que não estou sozinho. Não contei para meus pais e nem para minha irmã, não quero preocupar eles lá em Holmes Chapel, não por enquanto.

Agora vocês devem estar se perguntando como eu virei vizinho do Louis, sendo que Doncaster é a 2h e 2min de Holmes, a questão foi que eu morei em Holmes até meus 6 anos, meu pai recebeu uma oferta de emprego muito boa em Donny e nos mudamos, naquela época eu não entendia muito bem o porque, mas fiquei triste, pois deixei vários amiguinhos meus que brincavam comigo na rua de casa e, na escola para trás.

Quando completei 19 anos entrei na faculdade em Los Angeles, e me mudei. Com muito custo, Louis conseguiu uma bolsa de 100% e entrou junto comigo, fomos morar juntos na universidade, nós até dividiamos o quarto.

Louis estava brigado com os pais porque tinha se assumido gay no 2° colegial com 17 anos, e para todos na escola, o que virou uma verdadeira bagunça, que fez o diretor chamar os pais dele. A partir daí, Louis não teve sossego, e ele vivia mais em casa do que na casa dele, para não ter contato com os pais, e com 19 anos, nós dois mudamos de cidade.

Nesse tempo meus pais e minha irmã voltaram para Holmes, lembro que quando morávamos lá, todos os feriados e finais de semana nós almoçávamos ou jantavamos com a família de Louis.

Me lembro muito bem do dia em que conheci meu pequeno.

Flashback 19 anos atrás on...

Os primeiros dias na casa nova sempre são os mais difíceis, e agora, estou eu aqui brincando no quintal com uma bola azul que meu pai comprou para mim, e em uma tentativa bem, mas bem falha de tentar imitar um saque de vôlei que assisti na TV, joguei a bola no vizinho.

Primeiro, entrei em um leve desespero, as vezes o vizinho é uma velha rancorosa que não gostava de crianças e muito menos de perturbações e furasse minha bola. Ou até mesmo não tinha vizinho nenhum ali, e nunca mais iria conseguir pegar a bola.

Segundo, acalmei meu coraçãozinho que mal sabia o que realmente é passar por um real desespero, mas para uma criança aquele era o fim do mundo. Criei coragem e fui em direção a saída da minha casa e para a entrada da casa vizinha, ao lado da minha.

Bati 3 vezes na porta, nada. Resolvi bater mais 3 vezes, nada. Quando me viro para voltar a minha casa, cabisbaixo por perder minha bola, ouço uma voz fina e abafada atrás da porta.