Não é engraçado...?

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(o último capítulo já está postado também)

Penúltimo Capítulo

Karol

A limusine branca que Margô contratou para nos levar era simplesmente fantástica!

Eu nunca tinha andado numa daquela, nem no dia em que casei com Logan. Então pra mim foi uma experiência sem igual, até para o Henry foi assim também, porque ele não parava de apertar nos botões e dizer que tinha uma 'filha de geladeira' ali dentro também.

Mas não éramos só nós dois que estávamos afoitos por causa daquele luxo, Jeff também estava.

Ele se sentia uma rainha do Pop desfilando por New York!

O maluco até acenava para as pessoas, igual uma princesa.

─ Eu vou mandar o Michael alugar uma limusine pelo menos uma vez por mês! Eu preciso desse luxo, sou a rainha da vida dele. E agora ele tem o dever de me mimar muito!

Margô bebericou sua taça de champanhe, rindo, e me lançou uma piscadela.

─ Se essa moda pegar, o Elliot está bem ferrado, porque eu também vou querer um passeio de limusine todo santo mês!

─ E se fosse por semana?! ─ Jeff guinchou mais entusiasmado ainda, trajando um terno azul muito chamativo. ─ Ah, ótimo, agora vai ter que ser por semana!

─ Se alguém quiser me doar o preço do aluguel da limusine, estou aceitando! ─ Katy comentou, entornando o resto de vinho de sua taça.

Eu tive que rir.

─Quanto consumismo! ─ Alfinetei.

Jeff estreitou os olhos pra mim.

─ Falou a mulher vestida em um traje milionário!

Rolei os olhos.

─ Além do mais, não é consumismo, só estamos aproveitando a fase mais glamorosa da vida que é a juventude! ─ Margô levantou a taça em um brinde simbólico.

─ Ah, mas então você deveria ter aproveitado isso há uns... quarenta anos atrás? ─ Era Katy gracejando e todos nós, exceto Margô, caímos na gargalhada.

Enquanto minha querida ex-patroa rebatia a 'ofensa', me permiti olhar um pouco para o dia ensolarado que se desenhava a nossa volta.
Eu adorava tudo aquilo, e principalmente como o céu parecia querer nos presentear com aquele clima agradável, extremamente propenso para a nossa discreta festa que seria na praia, no nosso restaurante das Constelações.

Não convidamos ninguém além daqueles que convivem conosco, então seria algo muito pequeno e discreto, mas ainda assim, estaríamos em família. E, no fim das contas, era isso o que verdadeiramente importava.

─ Ele realizou todos os meus desejos... ─ Digo subitamente e todos se calam, curiosos. Por isso prossigo: ─ Eu tinha uma lista com coisas muito importantes pra mim e o Ruggero realizou absolutamente tudo. E acho que o amo ainda mais por isso.

Margô se curvou na minha direção e segurou minhas mãos.

─ Seus desejos serão os desejos dele, assim como os dele serão os seus. As almas que estão ligadas são absolutamente desse modo. Elas compartilham até os mesmos sonhos, porque o que faz o outro bem, as faz bem também.

Assinto sorrindo. Era desse jeito que eu me sentia.

─ Gosto de pensar que somos destinados um ao outro.

À Prova de BalasOnde histórias criam vida. Descubra agora