Capítulo 12 - Esclarecendo

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Genevive Molina

Assim que abro os olhos tenho a certeza de que estou de ressaca. Bom, definitivamente não foi a pior que eu tive até hoje mas, ainda sim horrível. Agradeço mentalmente por hoje ser segunda e eu não precisar ir ao Divine. Suspiro e pego meu celular, vejo que já passa das 8h levanto em um pulo e vou ao quarto da minha mãe.

Assim que abro a porta do quarto encontro o mesmo vazio. Vou em direção a sala e escuto a tv ligada. Encontro minha mãe sentada no sofá rindo de algo da tv.

- Ei... bom dia mãe, Amélia ta aqui ? – pergunto enquanto prendo meus cabelos e sento do seu lado.

- Bom dia querida. Ela só passou aqui mais cedo, disse que você ia ter uma ressaca horrível. – fala implicando e eu reviro os olhos.

- Já tive piores. Nada que um bom banho e cinco litros de água não resolva. – brinco e minha mãe nega com a cabeça rindo.

- Bom então vá de uma vez para você me contar sobre ontem. Todos os detalhes dona mocinha. – reviro os olhos e vou até o banheiro.

Ligo o chuveiro e fecho os olhos aproveitando a água quente caindo sobre mim. Lembro do dia de ontem e dou risada. Nunca imaginei que eu fosse gostar de bebedeiras e passeios na floresta , muito menos caçar pobres coelhinhos da Alice. E no fim eu gostei tanto que estou pensando quando vou ir de novo.
Ou talvez não tenha sido do lugar em sí mas, sim com quem eu estava.

Daryl não tão babaca Dixon.

Confesso que ontem demorei para dormir repassando o quase possível beijo incontáveis vezes na minha cabeça. Pensando em como seria tocar os lábios de Daryl, sentir seus braços fortes ao meu redor. E ao mesmo momento fico dizendo para mim mesma que: eu não quero isso. Não porque Daryl acha que ele é um fudido mas, sim porque eu não acho que mereço alguém como ele. Eu não tenho nada a oferecer. Daryl diz que ele é um fudido mas, acontece que eu também sou.

Mas se eu não queria porque eu não tirava ele e todas as possibilidades da minha ferrada mente ?

Depois que coloquei uma roupa qualquer, fui até a cozinha peguei uma maçã e uma garrafa de água. Nada de tequila hoje. Segui para sala e sentei no sofá sobre os atentos olhos de minha mãe.

- Então você vai falar abertamente ou eu vou ter que perguntar ? – minha mãe pergunta me olhando e eu apenas suspiro e tomo um longo gole de água. – Certo. Vai ser na base do interrogatório. Aonde vocês foram ? – questiona e me olha.

- Fomos para o meio do mato. – digo e seguro uma risada de sua cara confusa e minha mãe revira os olhos.

- Sem gracinhas Genevive. – me olha e eu nego.

- Não mãe. É verdade nós fomos  pra floresta, ele até caçou. Eu comi coelho no meio do mato, assado em uma fogueira. – digo e ela me olha perplexa.

- Nossa! Lugar estranho para o primeiro encontro. – bufo em resposta. – Ah Genevive! Me poupe. Quanto mais cedo você admitir pra mim e pra você melhor. Foi um encontro sim. – ela diz firme e pego a almofada do sofá e enterro meu rosto nela.

- Mãe, não foi um encontro. Nós somos só amigos. Amigos que saíram pra beber e conversar. SÓ ISSO. – dou ênfase na última frase.

- Tudo bem. Você pode começar na amizade, muitos começam assim. Não tem problema mas, quanto mais você demorar pra assumir pior pra você. Isso da abertura pra concorrência. – dou uma gargalhada alta. “abertura pra concorrência” isso é no mínimo antiquado. Ela faz uma cara feia.

- Ah mãe, fala sério! Isso foi estranho. Não que não tenha concorrência, na realidade eu não faço a menor ideia mas, ouvir você falar isso foi bizarro. – digo e minha mãe me encara com as sobrancelhas arqueadas e um sorriso no rosto.

In the name of love - Daryl DixonOnde histórias criam vida. Descubra agora