Capítulo 13 - Reações

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Daryl Dixon

Não sei o que passou pela minha cabeça. Talvez burrice, idiotice ou apenas o maldito desejo. Nunca imaginei que beijaria essa garota infernal mas, beijei.
Genevive Molina. Que se via apenas quebrada e sem solução. Uma fodida, assim como eu.
Genevive Molina. A mulher mais linda e atraente que já vi em toda a minha miserável vida.

Quando a vi entrando na oficina achei que era uma miragem. Eu sou um Dixon, uma alucinação seria o de menos. Mas era ela, perfeita como em todas as outras vezes. Seus cabelos soltos, usava um vestido que a deixava com um ar delicado mas, não menos atraente. Pelo contrário. Cacete! Eu estava tão fudido.

E então ela veio. Passos precisos, decidida. Por mais que eu falasse as merdas habituais que estou acostumado a despejar, ela não foi embora. A maldita continuou, se aproximou, como se fossemos íntimos. Inferno, por um momento eu desejei ser. No momento em que pude sentir nossas respirações misturadas, seu cheiro adocicado, eu sabia. Não podia mais resistir. Provavelmente isso não aconteceria de novo. Afinal, quem em sã consciência iria querer ficar com um Dixon? Mas  o que caralhos eu estou pensando? Definitivamente eu não sei.

Seus lábios são macios e suaves. Seu cheiro doce e toque sutil, deixava tudo mais atraente. Mais envolvente. Suas mãos estão em volta do meu pescoço e eu a puxo para mais perto.

Por um momento esqueço tudo a minha volta, esqueço quem sou e todo o passado. Existe apenas Genevive Molina e seu beijo arrebatador. Nunca achei que poderia sentir isso. Muito menos com um simples beijo. Mas ela me faz sentir isso. Eu a quero. Não posso ter e não mereço mas, a quero.

O maldito ar se faz necessário.
Genevive abre os olhos, aqueles olhos que me deixam louco. Nossas respirações estão ofegantes, não falo nada. Até porque eu não faço ideia do que falar para uma garota como ela. Mas tudo isso desaparece quando ela sorri.

O sorriso mais lindo que ela já deu. Eu não tenho reação só a olho e acho que ela entende que não sei o que falar pois logo me puxa para mais um beijo. O desejo nesse beijo fica explícito e então eu entendo.

A garota infernal me quer.

Não sei o que fazer sobre isso e não tenho como pensar muito, quando tudo que sinto é que quero mais. Dou um último beijo em sua boca, deixo um beijo em seu queixo e aproveito que meus dedos estão enlaçados em seus cabelos e puxo levemente. Me dando liberdade ao seu pescoço. E me perco ali por um momento, sua pele macia, tem gosto de morango. Escuto Genevive suspirar. Caralho! Eu poderia fazer isso por um dia inteiro que não me cansaria.

- Daa...ryl! – escuto Genevive me chamar entre suspiros. Dou um último beijo nela e me afasto, olhando em seus olhos. E lá está. Mais um lindo sorriso. – Isso foi...jodidamemte caliente. – e lá está o maldito espanhol que me fez pensar em coisas.
Coisas que eu adoraria fazer com Genevive Molina.

- Não fala assim. – mais mando do que peço e vejo a maldita dar um sorriso malicioso e grudar seu corpo no meu. As mãos continuam a fazer uma espécie de carinho no meu pescoço e tenho as minhas paradas uma em cada lado de sua cintura.

- ¿Por qué no quieres que hable, cuando sabes que te gusta... y deseas? – prendo a respiração. A maldita sabia. Eu não faço a menor ideia do que ela falou mas, sei que ela sabe. Seu tom provocativo, seu sorriso malicioso, entregam isso. Mas dois podem jogar esse jogo.

- Não esqueça Molina que esse jogo, eu jogo ele a muito mais tempo que você. – sussurro perto do seu ouvido e sinto a mesma arrepiar. Deixo um rastro de beijo por todo seu pescoço. Posso escutar ela falar algo como “mierda”, não preciso ser um especialista pra saber o que significa. Dou uma risada baixa na curva do seu pescoço e a puxo para mais perto. Se é que isso fosse possível. E então Genevive solta um gemido baixinho junto com um suspiro. E então eu a beijo.

In the name of love - Daryl DixonOnde histórias criam vida. Descubra agora