21 – Palavras.
Eric estava num sonho.
Estava frio, e sua respiração esvoaçava no espaço. Ele olhou em volta, e não conseguiu ver nada. Estava tudo muito escuro e vazio.
Sentiu os pés quentes sobre um chão branco, coberto do que devia ser neve – mas não sentiu a pele reclamar da temperatura. Andou para frente sem direção até escutar algo presunçoso em seus ouvidos.
Palavras ecoavam.
E uma voz infinitamente bela.
Seu timbre ressonava compassadamente, guiando-o escuridão adentro.
Eric se viu caminhando cada vez mais depressa rumo a quem falava.
Seus olhos pareciam conseguir ver através da penumbra. Então, a voz o chamou.
-Eric!
A química que transformava sua inspiração em vapor no frio o inebriou por instantes até ele poder ver uma silhueta. Agora o espaço não estava nem escuro nem claro. Mas algo entre isso. E Eric parou por um segundo. Então esperou. Pois a silhueta se dirigia até ele.
Os segundos que corriam rapidamente pareciam intermináveis. E a voz continuava a lhe chamar e sua mente agora estava insondável, presa naquele melodioso timbre.
-Eric!
E seus olhos claros faiscaram dissipando tudo ao redor. Eric o reconheceu de imediato. O rosto formoso, os cabelos levemente cacheados e marrons. O queixo com um furinho.
Leonard.
Eric piscou, e nesse intervalo de tempo, Leonard estava de frente a ele. Centímetros os separavam. Eric estava hipnotizado. Ele encarava os olhos de Leonard, que encarava os seus de volta.
O lábio tremia como se quisesse falar, mas não saia nada. Engoliu em seco e estremeceu com a intensidade da voz de Leonard ali tão perto dele.
-Salve-me!
Eric saltou da cama num repeteco. Como num susto. Abriu os olhos e arfou. Que sonho esquisito, pensou ele.
Olhou para o relógio na cabeceira da cama e pegou o celular ao lado, a tela piscava furtivamente. Duas mensagens de Edward convidando-o para um jogo de beisebol mais tarde.
Mas Eric não iria a esse jogo. Ele iria ver uma pessoa. Alguém que estava o atormentando-o.
Augustine continuou caminhando pelo imenso corredor.
As luzes incandescentes e o fedor asséptico a deixou atordoada. E agora que já caminhara por cinco minutos, questionava se lembrava das informações da enfermeira, sobre o quarto em que Leonard estava.
Ela virou à esquerda. Passou por um corredor pequeno sem portas e virou para a direita. Continuou caminhando, deslizando as pontas dos dedos pelas paredes brancas, virou para direita novamente e viu grandes portas vai-e-vem, ela as empurrou e deu de cara com um imenso corredor.
Augus viu uma grande placa que dizia – Ala 5 – ela agora olhava para as portas, procurando o número 12, quarto de Leonard.
Ela se oferecera para fazer companhia para Leonard pela parte da tarde; Ela se achava até um pouco culpada por arrastar Leonard, Elena e Eric para a empreitada de Úrsula, mas ele fora um herói. Lutou junto com Eric e Úrsula contra o cara que sequestrara Erica.
Augus sabia e admirava a coragem dele, de arriscar a própria vida para salvar a de outra pessoa. E começara a olhar para ele com outros olhos. Ela passara a noite de ontem com Estefan, mas pensava em Leonard quase o tempo todo.
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Pirulito Cor-de-Rosa
Genç KurguPLÁGIO É CRIME! TODAS AS INFORMAÇÕES SÃO FICTÍCIAS! INSPIRADA EM "GOSSIP GIRL" O mundo dos estudantes da escola Westwood High nunca foi o mesmo desde que o "Pirulito Cor-de-Rosa" surgiu. O site de fofocas sobre os alunos populares bomba praticamente...