Mestre: Mundo espiritual - Livro 5

Capítulo 22: Volta Anjinho - Pt1

Umas semanas depois

Rony entrou no quarto do pai, Marco estava sentado na poltrona, segurando um copo de Wiskey, vendo o corpo adormecido de Amy, ela não voltara ainda e ele estava a cuidando, pois estava machucada, dos ferimentos dos espinhos.

- Pai... eu trouxe um chá... a mãe disse que é bom você tomar - Rony se aproximou o dando a xícara e Marco o olhou cansado e triste, mas deixou o copo de bebida e pegou Rony no colo, o que ele não fazia a muito tempo, então o dei carinho nas costas.

- Obrigado Filho - Disse pegando com a outra mão a xícara, o que Rony suspirou olhando a irmã.

- Ela vai voltar né? - Marco o olhou de coração partido, pois não sabia a resposta, muito menos sabia onde ela estava, nesse imenso mundo espiritual, mas sorriu leve.

- Ela vai, pois se não voltar eu vou a buscar - Rony sorriu calmo - Agora vamos, temos que tomar banho e ir ao Colégio.

- Ta - Rony disse se levatando e seguiu o pai até o banheiro, onde Marco tirou a roupa do filho e o deu banho carinhoso, depois o vestiu e levou até a sala, Tina e Salo, ainda não estavam acordados, então suspirou.

- Tome café com Lisa que já venho - Rony assentiu indo para a cozinha e Marco foi ao quarto de Salo, o menino dormia atirado, então o acordou o dando carinho nos cabelos, Salo apenas se virou preguiçoso - Acorda dorminhoco... - Marco disse sério e Salo resmugou, mas sentou na cama e esfregou os olhos, então sorriu leve e esperançoso.

- Amy voltou?!

- Não... eu vou avisar quando ela voltar - Marco disse calmo e dando carinho no rosto dele, então o ajudou a levantar e o deu banho também, para depois o deixar na cozinha, logo depois foi até Tina e a menina estava sentada na cama de cara fechada, Marco suspirou, pois Tina tinha se fechado de novo depois que Amy sumiu. - Vamos tomar um banho...

- Eu já fiz isso - Tina disse suspirando e se levantando, mas Marco pegou a toalha dela a mostrando, ele sabia que ela estava mentindo, pois estava seca, a menina bufou fraco e cruzou os braços.

- Eu me sequei com outra toalha...

- Então eu vou no banheiro e se tiver tudo como esta...

- Ta... eu não tomei que saco, só não to afim de ir ao Colégio...

- Filha... - Marco se aproximou a dando carinho no rosto - Quando Amy voltar eu aviso.

- Eu sei, só quero ficar aqui no quarto...

- Não... - Tina ia retrucar, mas Marco ficou bem sério - Obedeça mocinha - Disse pegando a mão dela e a levando para o banheiro, então tirou as roupas dela e a deu banho, o que Tina ficou quieta bufando, mas deixou, depois Marco a vestiu e deixou ela na cozinha, Lisa estava cuidando de Sam, pois o menino estava para baixo e se recuperando ainda da costela quebrada, então Marco depois do café levou os filhos e Sol, até o colégio, depois voltou para ajudar Lisa e ficar de olho em Amy, aquilo estava sendo difícil para ele, pois já perdeu uma filha, ele não perderia Amy, jamais, nem que ele tenha que revirar o mundo espiritual, mas o Cornifero disse para esperar e ele faria, mas não aguentava a saudades e a dor no olhar de cada filho.

Então entrou no quarto e caminhou lento até a caixa de música, colocando os cds que ela gostava, música podia ajudar, bom Marco tentava de tudo, então se aproximou e sentou na ponta da cama, enquanto a música tocava, ele pegou a mãozinha da filha e beijou a olhando, Amy respirava fundo e leve, mas seus olhos se mantiam fechados.

- Volta Amy... - Disse Marco com a voz embargada lágrimas nós olhos, com saudades do sorriso e jeitinho da menina.

☆

- Isso tudo é uma droga... - Disse Tina esperando o sinal e Rony suspirou olhando o chão, tudo estava normal, as pessoas estavam agindo como se nada tivesse acontecido, ninguém falava daquele dia, ainda mais porque Marco, o mestre era um ser feroz e eles viram, mas ainda o respeitavam e os seres fantásticos estavam por ali, ajudando com o truma das pessoas, Cornifero fez um belo castelo na cidade e muitos iam lá para ver e o conhecer, o que Cornifero tava se achando e feliz que o castelo estava sempre cheio e ele podia ficar perto da família e dos seres e Valen agora morava com ele.

- É... - Disse Salo bufando, então Tina o olhou os irmãos e Sol, sorrindo leve por pensar em algo.

- Aí vamo matar aula... vai ter um show aqui perto...

- Ta doida - Disse Sol com medo, mas Tina parecia estar bem rebelde e Rony muito triste, ele queria se animar e não pensar que Amy, talvez não volte.

- Eu quero ir - Disse Rony sério e Sol o olhou rápido.

- Nem pensar que vocês vão...

- Porque, vai impedir sereinha? - Disse Tina ríspida e sem paciência, pois queria tirar aquele vazio logo do peito, Salo suspirou.

- Olha eu to com a Sol, ninguém vai... - Sol olhou Salo aliviada, talvez alguém ainda tinha juízo.

- Talvez tu não precisa tanto como eu e Rony... - Tina disse irritada e triste e Salo a encarou engolindo em seco, ela estava dizendo que ele amava Amy menos que eles?!n talvez ele não fosse tão próximo, mas ainda sim, sentia seu coração partido.

- Não diz besteira idiota e tu não precisa de uma festa estúpida pra se aliviar...

- Então o que eu preciso?! - Tina disse se aproximando e Salo respirou fundo, o dia estava triste e pesado, Amy não gostaria disso.

- Eu não sei...

- Então não se mete no que eu acho melhor pra me aliviar... - Tina disse passando por ele e pegando o pulso de Rony que estava cabisbaixo. - Vamos curtir.

- Rony - Sol disse preocupada, mas ele a olhou sério.

- Faz algumas anotações das aulas... depois eu vejo - Disse apenas e contínuo seguindo Tina, Salo resmungou balançando a cabeça e Sol suspirou, então o sinal bateu.

- Deixa eles, depois apanham e não sabem porque - Salo disse irritado, mas Sol sabia que ele estava preocupado e sofrendo, mais ninguém estava sofrendo mais do que Sam, pensou Sol indo para a aula.

☆

Sam abriu os olhos devagar e seu corpo doía, mas ele se levantou desaminado e caminhou até a sala, onde estava o piado, pelo corredor ele passou pela porta, onde Amy estava, mas ele não tinha coragem de olhar para ela e saber que ela não estava ali, então sentou calmo e passou as mãos sobre as teclas, então lágrimas começaram a vir, forte o fazendo soluçar e estremecer o corpo, pois ele se lembrou quando Amy, sorridente sentava ali do seu lado, Então Sam tocou bem lento, uma música que vinha de sua alma, fechando os olhos, entre o choro forte que o dificultava cantar e doía a costela quebrada, mas ele cantaria todos os dias para ela acordar.

Marco suspirou ouvindo o canto triste e dolorido de Sam, então limpou os olhos e esfregou devagar as buchechas, rosadas, da filha dorminhoca.

- Eu te amo... Sam a ama... sua família espera por você anjinho... - Mas Amy não se mexia, apenas respirava, Marco então voltou a chorar em silêncio e ouviu Lisa ir consolar Sam.

- Querido... você tem que deitar...

- Eu não quero... eu quero cantar - Sam disse tocando piano, enquanto chorava, Lisa o abraçou o fazendo parar.

- Vamos querido, assim vai se machucar...

- Eu não me importo... mãe... - Sam disse a olhando profundo - Eu já estou machucado... bem aqui - Disse colocando a mão no coração e chorando em profunda saudade e tristeza, Lisa, engoliu o choro e o abraçou de novo e forte, mas o pegou no colo e levou ao banheiro, para o dar um banho relaxantr e reconfortante, Sam parou de chorar, mas não disse uma palavra, porém Lisa deixou ele ficar cantando e tocando o piano, o dia todo e ele o fez com forças e esperança.

(Música que Sam cantou)