Essa é uma releitura do meu livro de romance favorito. (OS SEGREDOS DE EMMA CORRIGAN) Irei usar a essência do livro, não mudarei muita coisa, e estarei escrevendo apenas para minha diversão, sem fins lucrativos.
Romance e comédia.
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Gulf:
Estou sentado confortavelmente na poltrona de couro da luxuosa primeira classe. O avião ainda não havia decolado, algumas pessoas ainda estavam se acomodando e eu coloco meus fones de ouvido sem fio, para me proteger de qualquer falatório ao meu redor.
Fecho meus olhos na tentativa de relaxar. A viagem que eu estava prestes a fazer, seria algo que exigiria muito autocontrole da minha parte. Meus advogados estavam trabalhando incansavelmente em cada detalhe importante para não deixar brechas soltas.
Era imprescindível que tudo desse certo. Não posso nem pensar na possibilidade de algo não sair como o planejado.
Meus pensamentos são interrompidos quando sinto a presença de alguém se ajeitando na poltrona ao meu lado.
O homem parecia nervoso e eu percebi isso apenas com alguns segundos olhando pra ele. Ele não olhou pra mim em nenhum momento. Apenas se senta e fica imóvel. De um jeito totalmente desconfortável... Aperto o botão no meu celular para pausar a música em meus ouvidos.
— Você está bem? - pergunto preocupado.
— Estou?
Dou um sorriso, ao receber uma pergunta como resposta.
Ele volta a fechar os olhos quando o avião começa a taxiar se preparando para sair do chão.
Não consigo deixar de olhá-lo. Mesmo sentado, era perceptível que ele tinha um estilo próprio de vestir. Não sei por que faço isso, mas enquanto ele continuava de olhos fechados eu reparei em cada detalhe dele. Talvez o fato de eu ser dono de uma revista de moda, me fizesse prestar mais atenção, quando alguém que realmente entendia de moda estava próximo a mim.
Roupas caras, de marca, combinando de um jeito único cada peça. Era uma visão... Incrível. E o rosto...
Mesmo com aquela expressão aflitiva, o homem ao meu lado era incrivelmente bonito. Cabelos castanhos, lábios finos, bem desenhados... Pele clara, com um leve rosado nas maçãs do rosto.
Me forço a parar de encará-lo. Se ele abrisse os olhos e me pegasse o encarando com certeza iria achar estranho. Por isso, volto minha atenção a uma revista que estava nas costas da poltrona da frente.
Logo o avião estava no ar e recomeço a pensar na estratégia que meus advogados iriam usar para que tudo desse certo.
Uma aeromoça caminha pelo corredor e do nada ela tenta se escorar por que é jogada para a frente pelo sacolejar do avião.
A expressão de pânico do rapaz ao meu lado seria cômica se eu também não me sentisse preocupado com aquele sacolejar.
O vejo pegar o celular, mas uma aeromoça se materializa ao nosso lado.
