OS SEGREDOS DE MEW SUPPASIT

O encontro.

Gulf:

É isso. Eu realmente havia mudado meus planos por ele. Não iria sair do país por causa dele. É sério, eu estava animado demais com a possibilidade de uma chance com Mew Suppasit.

Não sei exatamente que tipo de chance eu estava esperando, mas... Alguma coisa eu estava esperando.

Chego cedo na Panther. Eu estava ansioso e apesar da nossa última conversa no elevador, sinto que o Mew não estava com raiva de mim. Não tenho certeza do por quê. Mas eu sentia... Eu sabia sobre isso.

Como eu havia chegado cedo demais, deixo um recado para o Mew com a Valdinéia. Quero resolver essa questão o quanto antes. Pois só assim conseguirei manter minha cabeça em outras coisas. Seria terrível trabalhar, com a mente voltada apenas para o Mew. Com certeza eu não iria me concentrar em nada.

Sei que o Mew entenderia sobre a "pasta do Leopold", então fico despreocupado que alguém possa desconfiar de algo.

Céus. Eu estava tão nervoso. Eu não era esse tipo de pessoa... Não me lembro quando fiquei assim por outra pessoa. Ansioso, esperançoso...

Uma leve batida em minha porta me desperta desses pensamentos.

- Gulf- Alessandro enfia a cabeça pela porta aberta.- Mew Suppasit está aqui com a pasta do Leopold.

- Pode entrar. - digo firme. Mas por dentro me sinto um adolescente eufórico com a presença de sua primeira paixão. Paixão? É isso que está acontecendo aqui?

Mew entra na sala e olha em volta, aparentemente tão nervoso ou ansioso quanto eu. Quando ele finalmente me olha, lhe dirijo meu olhar mais caloroso e amigável na intenção de fazê-lo relaxar.

- Olá. - digo, com uma voz calma.

- Olá. - Então... Hmm... Aqui está a pasta do Leopold.

- A pasta do Leopold. - não consigo conter o sorriso. - Muito bom. - depois abro e olho surpreso para o pedaço de papel. - O que é isso?

- É... É uma carta do sr. Leopold,da Leopold e Companhia.

- você escreveu uma carta do sem Leopold? - pergunto perplexo, e algo em meu rosto deve parecer engraçado por que o Mew me dá um sorriso de lado.

- Só para o caso de eu deixar a pasta cair e alguém ver. - ele murmura corando. Tão fofo. - Pensei que eu teria de inventar alguma coisa depressa. Não é importante. - ele tenta pegar o papel da minha mão, mas eu o puxo para longe.

- " Do escritório de Ernest. P. Leopold".- começo a ler em voz alta, isso era divertido. - Vejo que ele quer pedir 6.000 exemplares de revistas Panther. Tremendo cliente, esse tal de Leopold.

- É para reciclagem. - ele tenta explicar. Parece sério. - Eles normalmente fazem esculturas com papéis velhos ou jornais antigos, mas recentemente um dos empregados provou que a revista Panther é tão boa para esculturas feitas de reciclagem...

- Que eles preferiam trocar. - termino, por ele. - " Devo acrescentar que estou muito satisfeito com todos os aspectos de sua companhia, e que passeia a usar agasalho de corrida Panther, que é a roupa esportiva mais confortável que já experimentei. " - continuo olhando para a carta e me sinto mais atraído ainda pela mente da pessoa a minha frente. - Posso ficar com ela?

- Claro. - ele responde estranhando meu pedido.

Dobro o papel e enfio no bolso. E então ficamos alguns segundos em silêncio.

- Então. - digo finalmente. Estou nervoso. E isso era novo para mim. - Você rompeu com a Bianca?

Ele me olha em meus olhos fixamente. E responde minha pergunta com uma constatação.