Primeiro dia de aula

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P.O.V. Hope.

Minha mãe me ajudou a vestir o uniforme, camisa social, casaco do colégio Saint Joseph, saia de pregas, meias que chegam nos meus joelhos e sapatilhas. Ela prendeu meu cabelo.

-E então querida, está animada?- Perguntou a mamãe.

-E se eles não gostarem de mim?- Perguntei. Eu quero que eles gostem de mim.

-Bobagem, o que tem para não gostar? Além do mais, se eles não gostarem... azar o deles. Prontinho querida está linda. Vamos. Ou chegaremos atrasadas.- Disse minha mãe.

Entramos no carro, a mamãe perguntou se eu tinha colocado o cinto e quando eu respondi que sim, ela ligou o rádio e começou a dirigir. Mas, de repente eu comecei a me sentir esquisita, eu ouvi uns barulhos estranhos. Ouvi o que estava dentro da cabeça da mamãe. Me esforcei para bloquear como ela me ensinou, mas os barulhos ficaram mais altos.

P.O.V. Solara.

Quando o rádio do carro começou a dar defeito eu sabia que tinha alguma coisa errada.

-Qual é o problema querida? Você está bem?- Perguntei preocupada.

Então ela berrou: -Silêncio!

Eu não vi o outro carro vindo e quando tentei desviar eu bati num caminhão.

P.O.V. Hope.

O vidro não me machucou, eu não me machuquei, mas acho que a mamãe se machucou. Então usei a minha telecinése para pegar o telefone dela para pedir socorro para o papai.

P.O.V. Eric.

De repente toca o meu telefone e eu sabia que era a minha mulher. Mas, tive uma surpresa desgraçada quando atendi.

-Fala Solara.- Atendi meio irritado.

-Papai, sou eu. O carro bateu, está de ponta cabeça. Estou presa e acho que a mamãe morreu!- Eu ouvi o choro, o desespero na voz da minha filha.

-Calma querida, calma sabe dizer onde está?- Perguntei.

-No carro!- Ela respondeu nervosa, assustada.

-Eu sei, mas onde está o carro?- Questionei.

-Na estrada.- Falou Hope chorando.

-Tem alguma placa? Algo de diferente?- Indaguei tentando descobrir para onde ir.

-Não. Estávamos indo para a escola, mas os meus poderes saíram de controle. Acho que eu matei a mamãe.- Falou Hope chorando. Posso sentir o medo dela, o desespero dela. É claro ela é meu sangue.

E usei isso para encontrá-la. Elas estavam na rodovia 29, na entrada da cidade, indo para o centro. Encontrei o Ford Mustang 2005 prata amassado, capotado na estrada, tinha vidro para tudo o que era lado. As janelas todas tinham quebrado.

-Papai! Estou presa.- Gritou minha filha chorosa.

-Tudo bem querida. Agora eu preciso que coloque as mãos no teto.- Mandei.

Ela me obedeceu.

-Vou contar até três e tirar o cinto. Um, dois... três.- Contei e soltei o cinto.

Ela rolou exatamente como deveria e eu a tirei pela janela tomando cuidado para que não se cortasse.

-Você está ferida, princesa?- Perguntei.

Hope fez que não.

-E a mamãe? Salva a mamãe pai.- Disse Hope chorando. Ela estava preocupada com a mãe.

Fui checar a minha mulher, o pulso está fraco. Ela está inconsciente, mas está viva. Bateu a cabeça. Por isso precisei chamar a emergência. Vi a minha esposa ser removida de dentro do carro e enfiada dentro de uma ambulância. Peguei minha filha no colo e fui atrás correndo. Cheguei ao hospital antes da ambulância. Eles levaram-na para dentro e eu não sei o que foi que os médicos fizeram que Solara começou a ter convulsões. E logo ela acordou graças á Deus.

-Hope. Onde está a Hope? O que aconteceu com a minha filha?- Perguntou Solara desesperada.

Como a baixinha estava realmente muito preocupada com a mamãe, ela foi pra dentro do quarto que nem um foguete.

-Mamãe! Você está bem?- Perguntou Hope preocupada.

-Mamãe! Você está bem?- Perguntou Hope preocupada

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-Eu estou bem. Eu estou bem. Oh, querida eu fiquei tão preocupada. Como chegou aqui?- Indagou minha esposa.

-Estamos sempre á postos.- Respondi.

-Eric. Você está bem querida? Está machucada?- Solara perguntou á Hope.

-Não. Eu sinto muito, eu não queria que o carro batesse.- Disse Hope chorando.

-Eu sei. Agora precisa ir para a escola. Não pode perder o primeiro dia.- Falou Solara tentando animá-la.

Depois de muita discussão, Solara acabou convencendo Hope a ir para a Escola e eu é que tive que levar. Hope ficou meio insegura por causa do acidente, mas depois que prometi que ficaria com Solara no hospital ela me deu um beijo de tchau e foi com a sua mochilinha para dentro da escola.

P.O.V. Hope.

O primeiro dia não foi tão legal porque eu fiquei preocupada com a mamãe. Mas, foi bom. Eu conheci muita gente nova. A professora fez a gente se sentar em roda e se apresentar.

-E você mocinha, qual é o seu nome?- Perguntou a professora.

-Hope.- Respondi.

-Hope é um lindo nome. Quer nos contar um pouco de você?- Perguntou ela de novo.

-No caminho até aqui, o carro bateu e capotou. A mamãe tá no hospital, mas ela me convenceu a vir e ai o papai me trouxe.- Ai eu contei.

-Eu sinto muito, mas hoje vamos ter um ótimo dia para você poder contar tudo para a sua mãe, certo?- Disse a senhorita Garden me animando.

E foi um bom dia. Fizemos pintura á dedo na aula de artes, aprendemos a somar na aula de matemática e a professora de literatura contou sobre fábulas e lendas. Me lembrei das histórias de dormir que meu pai contava. Na hora do recreio conheci a Chloe. Ela era uma boa amiga. E quando acabou todas as aulas papai e eu voltamos para o hospital e eu contei tudo pra mamãe e dei de presente para ela a pintura que eu fiz na aula de artes.

A Sobrinha da SookieOnde histórias criam vida. Descubra agora