Baby Dragon

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P.O.V. Eric.

Saber que a sua... companheira chocou um ovo e teve um bebê que saiu de dentro do ovo já é muita coisa para processar e pior ainda foi quando ela chegou em casa com não um bebê, mas dois.

Gêmeas. Idênticas.

-Você deveria ter um bebê e teve dois.- Comentei apavorado.

-Não, Eric. Eu deveria ter três bebês e tive dois. Um... morreu. -Falou com pesar. 

Então, Solara respirou fundo e se recuperou, falou com um sorriso: -Eric, essas são Lucinda e Hope. Lucinda e Hope... esse é o Eric. Digam oi.

Os bebês de macacões rosa com estampa de ursinhos tinham os olhos castanho escuros e eram rechonchudas e fofinhas. A bebê da direita Hope foi a primeira a olhar para cima, a olhar para mim e ela parecia muito curiosa.

-Olá, mini dragões.- Falei me curvando para olhar para ela.

Ela pegou na minha mão e se jogou para frente inclinando a cabeça sob minha mão. A outra ficou quieta só olhando como se perguntasse quem diabos é esse cara? O que diabos está acontecendo?

-Não gostou de mim, Lucinda?- Perguntei.

-Acho que ela não te entende. Ainda. Quer segurar?- Ofereceu Solara.

-Passo. E quanto a terceira criança. Como era o nome dela?- Indaguei.

-Precisamos de um nome não é? Para colocar no túmulo.- Falou Solara chorando.

P.O.V. Solara.

Acho que até este momento eu não parei para processar o fato de que... perdi uma das minhas crianças. Nem teve a oportunidade de nascer porque aquele idiota! Aquele idiota quebrou o ovo com ela dentro. Nem sei se era uma menina, um menino.

-Eu nem sei se era menino ou menina.- Comuniquei.

-Porque não?- Perguntou Eric.

-Porque nunca nem chegou a nascer. O idiota do montanhista pegou o ovo do ninho e jogou para cima como se fosse uma bola. -Xinguei, esbravejei. Nossa, como dói. Eu nem consigo falar.

-Eu me lembro de ouvir... de ouvir o ovo quebrar, de sentir o cheiro da membrana vitelina espalhada no chão... de sentir a dor do meu bebê antes dele sufocar e morrer. Vou presumir que era outra menina. -Disse chorando de tristeza.

Eu abracei as minhas filhas mais forte, puxando-as para mais perto de mim. E então eu escolhi o nome.

-Amara. O nome dela seria... Amara.- Eu disse.

-Temos uma surpresa pra você.- Comunicou meu pai.

Eles me levaram de volta para a minha casa e no quarto sobressalente haviam montado um berçário tão lindo as paredes do quarto eram bege, a lâmpada era de luz amarela, haviam três bercinhos idênticos de madeira com um sol indiano entalhado e os mobílies eram redondos feitos com cristais e diamantes.

-Fiz os berços e os mobílies, o resto os ursinhos e as coisas compramos em lojas para bebês. -Disse Eric.

Havia um armário embutido branco cheio com sacolas e mais sacolas de fraldas e sob o armário havia um trocador com um colchãozinho amarelo claro encapado com plástico e um travesseirinho branco com fronha de renda branca.

-Own, que lindo.- Elogiei com lágrimas nos olhos.

-Vou me livrar do outro berço.- Disse Eric.

Respirei fundo.

 E falei: -Doe para alguém. Uma criança que precise.

-Vai precisar das outras coisas, de carrinho aqueles cestinhos e todos os outros aparatos.- Respondeu Eric.

A Sobrinha da SookieOnde histórias criam vida. Descubra agora