Ele Não Tem Culpa

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Ouço toda a conversa de Gusttavo e Cecília, se eu não tivesse de coração cortado, com essa merda toda, eu até que ia curtir com a cara do cretino.

Quem diria, Gusttavo Barone implorando para uma mulher.
Eu vive para ver esse dia chegar.

Muito obrigada Ceci, por esse momento.

Mas não é hora, e nem o momento de tripudiar com o cretino, preciso concertar essa merda toda que eu causei.
Bato na porta e não espero por resposta é logo entro.

- Precisamos conversa Ceci.

- Agora Geovanna.

- Ceci por favor, só me ouve.

Ela respira fundo e me olha cansada.

- O Gusttavo não tem culpa de nada, não puni ele por algo que eu criei.
- Eu achei que vocês tinham transado, e por isso a Alma surtou.

- Não tenho nada haver com o surto daquela mulher Geovanna.

- Eu sei.

Não vou dizer a ela que ela tem sim haver com o surto da vadia. Não agora

- Meu primo te ama Cecília, e você o ama também.
- Aquilo que você viu ontem é o que o Gusttavo é , e se você o ama, vai aceita-lo como ele é.
- Seu príncipe é um mafioso sanguinário, ciumento e possessivo.

- Eu estou cansada Geovanna, isso aqui não é para mim.
- Eu quero voltar para Nova York.

- Desculpa Ceci.
- Me desculpa por favor

- Não tem o que se desculpar  Geovanna.
- Está tudo bem.

- Não, não está tudo bem.
- Você quer ir embora, como pode está tudo bem.
- Que porra Ceci, eu errei, surtei do nada, na verdade nem sei por que reagir daquela forma.
- Acho que deve ser por tudo que passei sabe?
- A história do casamento, o Christopher no hospital por minha causa, a história do meu, do Guido, é muita coisa sabe, estou sob pressão.

Falo com lágrimas nós olhos, por lembrar de tudo.
Ela me olha com compaixão.
Sorrio internamente, estou amolecendo a ferinha.

"Não me levem a mal, mas cada um usa as armas que tem. No amor e na guerra vale tudo."

- Já perdir tanto nessa vida, não posso perder você também Ceci.

- Não precisa chorar amiga. - fala sentida

- Me perdoa, por favor?

Pergunto fazendo a cara do gato de botas.
Ela me abraça forte.

- Você pode ir comigo para Nova York.

Reviro os olhos por ela insistir nesse assunto.
Quando vou responder meu telefone toca, no bolso transeiro da minha calça.

La Nostra Vita (Livro 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora