Ele Te Ama

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Entro em meu quarto, e vejo a imagem de minha amiga, parada de frente para uma das janelas.

- Ei!!!

Chamo a sua atenção.
Ela olha para mim.

- Precisamos conversar.

- Achou uma solução, para se livrar do casamento.

Pergunta caminhando em minha direção, com um sorriso, que não chega aos olhos.

- Não.
- Senta aí.

Aponto para o sofá de dois lugares, que tem no cômodo.
Ela senta e logo me questiona.

- Então, sobre o que quer conversar?

- Sobre você.

Ela me olha sem entender.

- Sobre mim? - pergunta confusa.

- É sobre você.
- Qual o problema?

- Problema algum.

Fala desentendida.

- Tá legal. - falo sorrindo e levantando da minha poltrona.

- Por que você chorou?
- E não diga que não chorou.
- Porque sua cara não nega, e segundo você é uma péssima mentirosa.

- É. Eu chorei.

- E  por que?

- Essa hist...

- Nem pensa em mentir.
- Tá legal?!

- Eu nem comecei a falar, e você já me acusa de está mentindo. - fala irritada.

- Não estou te acusando.
- Só te lembrando que você é uma péssima mentirosa.
- Deixa eu te ajudar, a começar sua história.
- Vamos aos pontos?!
- Primeiro você está com cara de choro.
- Segundo você foi flagrada, por um garotinho agarrada ao seu pai, e saiu correndo como uma criminosa.

Ao ouvir isso ela arregala os olhos surpresa.

- Eu posso explicar.
- Não é nada disso que você está pensando.

- Mentirosa!!!
- Calada que eu não terminei.

Acuso com bom humor.

- Terceiro.
- Meu priminho estava colocando a mulherzinha dele no lugar dela.

E mas uma vez ela me olha surpresa, mas não me interrompe.

- Agora que eu coloquei os pontos. Você pode falar.
- Me conta o que aconteceu Ceci?
- O que a  cretina da Alma ti fez?

Ela suspira, parece pensar por um momento.

- Eu tenho todo o tempo do mundo. - falo sorrindo amigavelmente mas sem deixar o deboche de lado.

- A Sra. Barone...

- Alma.
- Aquela lá não é  a Sra. Barone. E nunca vai ser.
- continue.

- A encontrei na sala. E ela dissi que queria conversar comigo.

- Sobre o meu primo, eu presumo?

Ela apenas confirma com a cabeça.
Respira fundo, e volta a contar tudo o que aconteceu.

Ouço tudo atenta, e pensando no que eu vou fazer.
Isso não vai sair barato, para aquela mexicana maledetta.

- Foi isso que aconteceu. - fala sem graça.

- Você ia pedir para aquele cretino te beijar?!

Falo sorrindo.
E ela me olha com vergonha.

- Eu.. eu... não sei o que deu em mim.
- Eu... e... eu queria... fugir...

- Mas não conseguia.
- Relaxa.
- Você o ama.

- Mas é errado.
- Ele é casado, e...

- Eu sei.
- A culpa não é sua.
- Não fica assim, vem cá.

Fala me abraçando.

- Ceci?!

- Oi.

- Ele também te ama.

Ela se afasta de mim e me olha surpresa.

- Eu ouvir ele brigando com aquela mulher.
- Ele sabe que você estava chorando por causa dela.
- Ele a ameaçou.

Ela fica horrorizada com minhas palavras.

- Isso é errado.
- Eles são casados, ele vai mata - lá?!
- Meu Deus!!!

- Ei calma!
- Ele não falou isso.

- Mas você falou... falou que

- Eu sei o que falei.
- Só esquece isso. Foi só para manter ela longe de você.

- Que vergonha.
- Ele sabe que...

- Que você o ama?!
- Sim.
- Ele sabe.
- Todo mundo sabe.

Falo sorrindo.

- Não estava me referindo a isso.

Fala sem graça.

- Da conversa de vocês duas?

- Sim.

- Ele sabe.
- Mas não sabe sobre o que vocês falaram.
- Já que nem você, e nem ela falou para ele.

Respira aliviada.

- Mas não adiantou muita coisa.
- Pois ele ficou puto, do mesmo jeito. - fala sorrindo.

- E você rir disso?

- Ué, é engraçado ver o cretino, fodidamente apaixonado.

- E se o Enzo contar para ela?

- Ele não vai.

- Como pode ter certeza?

- Eu tenho.

Falo sorrindo e me lembrando, da conversa que tive com o babbino.

La Nostra Vita (Livro 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora