Revelações

24 3 2
                                    


Meu primeiro dia na Itália, digamos que foi cheio de emoções, vamos dizer assim.

Descobrir mais uma omissão do Gusttavo, ele não cansa de me surpreender, e de me provar, que eu estava certa com relação ao casamento dele com aquela biscaite.

Não gosto daquela mulher, não sinto verdade nela.

Se está difícil para mim engolir essa história, imagine para Cecília.
Sei que ela está abalada, por tudo que está me acontecendo, e a descoberta dessa criança, só piorou as coisas.

Desde que chegamos, nos tracamos no nosso quarto, e lá já  se foram dois dias.
Graças arecomendações  do médico do Sr. Salvatore ninguém veio me incomodar.

O velhote quando soube o por que da nossa volta resolveu nós ajudar.
Eu amo esse velhinho.

Pedir para que Cecília ficasse no meu quarto, e ninguém se opôs, preciso dela por perto.
Passamos esses dias tentando arrumar uma solução, e a única que encontramos, foi a fulga.

Da última vez que tentei, acabei em um jatinho de volta para a Itália, 2 meses antes do combinado.
Sabia que era impossível fugir, mas mesmo assim aceitei a idéia de minha amiga, e com a ajuda de uns colegas, tentamos embarcar para o Brasil, o avião estava prestes a decolar, quando a cabine recebeu uma alerta da torre de comando para abortar o voo.
Naquele momento eu soube, que tinha sido capturada.

Fomos retiradas do avião por Zollo e mais dois soldados, saímos do avião direto para o jatinho do Sr. Salvatore.

E aqui estamos nós.
Sou desperta dos meus pensamentos, com 3 batidas na porta.

- Deixa que eu abro, deve ser o Sr Salvatore.

Cecília vai até a porta e abre.

- Oi Cecília querida.
- Posso falar com a Geovanna.
- É importante.

- Claro.

Da passagem para ela entrar.

- O que você faz aqui?
- Você deixou ela entra? - pergunto irritada.

- Não brigue com sua amiguinha.
- Tenho um recado!!!

Fala animada, reviro os olhos.

- Fala logo e cai fora.

- Amanhã temos consulta.

Olho sem entender o "temos consulta".

- Seu primo ligou.
- E me pediu para lhe acompanhar até o consultório da Dr. Barbieri.
- Depois a gente pode dá uma volta, almoçar  juntas, ir num SPA.
- O que você acha?!

Fala animada.

- O que eu acho?
- Quer saber mesmo o que eu acho?

Pergunto puta da vida.
O sorrisinho dela mucha.

- Não força a barra, Alminha querida.
- Não vou a lugar algum com você amanhã.
- Agora se era só isso.
- Dá o fora.

Abro a porta, espero ela passar e bato com força.

- Caspitta!!!

- E agora o que vamos fazer?!

- Nós.
- Nada.
- Nem a Dra Barbieri.

Me olha sem entender.

Pego o telefone, e ligo para a médica.
Ela não me atende.
Então deixo uma mensagem de voz, desmarcando a nossa consulta.
Dou a desculpa que estou menstruada.

Bom, acho que tenho mais alguns dias até ser descoberta por todos.

La Nostra Vita (Livro 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora