A Prova

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Os preparativos para o casamento estavam a mil.
Não se falava outra coisa nas rodinhas de fofoca, as mulheres da máfia teriam assunto para os próximos meses.

Geovanna cavou a própria cova, e seria entregue ao seu pior pesadelo por aquele, que ela sempre admirou e amou acima de quase tudo...

- Nem acredito, que chegou o grande dia. - Alma fala toda animada, entrando no quarto em que Geovanna estava com Cecília.
- Animadas para a prova meninas?!

- Juro, que qualquer dia desses, eu explodo a cabeça dela. - sussura para Cecília que dá um risinho de canto.

- Nada disso.
- Dá última vez que você tentou resolver algo na bala, nos meteu em um problemão.

- Prometo não falha na missão dessa vez.
- Além do mas, ninguém se importa com essa daí.

- O que vocês duas tanto cochicha?
- Anda logo.

- Alma na boa, some da minha frente.
- Finge que eu não existo.

- Geovanna querida, calma só quero ajudar.
- Sei como é difícil planejar um casamento, eu só...

- Você só quer tripudiar, né?
- Ver de perto minha desgraça.
- Você deve está amando, me ver assim né mesmo?
- Mas, põe uma coisa nessa sua cabeçinha oca.
- Eu vou sair dessa, mas cedo ou mais tarde, eu vou sair dessa.

- Eu não entendo esse seu ódio!!!
- Esse rancor todo destinado a mim, eu sempre ti tratei bem, quis ser sua amiga, e você sempre me afastando.
- Sei que está nervosa  com o casamento, mas isso não ti dá o direito de me ofender Geovanna, eu não tenho culpa do seu destino.
- Se tem alguém nesse quarto, que tem culpa por seu infortúnio querida Geovanna, esse alguém não sou eu. - fala isso olhando para Cecília que abaixa a cabeça constrangida.
Alma sorrir vitoriosa, dá as costas para sair.

- Você nunca me enganou sua cobra.

Geovanna agarra ela pelos cabelos, que se assusta com a atitude dela.

- O que você pretende?
- Qual é o seu joguinho?

- Amiga solta ela. - Cecília tenta em vão separar as duas.

- Acho melhor, você ouvir sua amiguinha, garota. - fala com ódio

- Não se mete no meu caminho, se não eu acabo com você, sua vadia dos infernos.

Alma apenas rir.

- Geovanna por favor para. - Cecília implora com os olhos cheio d'água.

- Você é patética Geovanna Fontana.

Nesse momento Geovanna solta Alma, e quando vai partir para cima dela com tudo, Cecília passa na frente.
Alma rir mais ainda.

- Sai daqui Alma por favor.
- Sai!!!

Cecília pede tentando conter a fúria de Geovanna.

- Me solta Ceci, eu vou arrancar os olhos dessa vadia dos infernos, e pisar neles com seus saltos.
- Me solta porra!!!

Alma caminha em direção a porta, quanto está preste a sair, para...

- Ah, Cecília querida, para você eu sou a Sra. Barone, não se esqueça nunca disso.
- Sra Barone.

Diz isso e sai sorrindo.

- EU VOU MATAR ESSA FILHA DA PUTA!!! - grita e arremessa um vaso com flores contra a porta.

- Geovanna!!!
- Se acalma amiga.

- NÃO ME PEDE CALMA!!!

- No fundo ela tem razão, a culpa de tudo isso é minha mesmo.

Fala baixo de costa para amiga, e de frente para o grande janelão, que dá para o Jardim.

- Nunca mais você repita isso!
- Tá me ouvindo.

Fala abraçando a amiga, que continua de costa.

- Você não tem culpa, tá me ouvido?
- Você é a vítima nessa porra toda, se alguém tem culpa de alguma coisa, esse alguém sou eu, que ti trouxe para essa loucura, e ti joguei nós braços daquele louco, para fazer ciúmes ao cretino.

- Acho que nós duas temos culpa.

- O QUÊ?!!!
- Claro que não, você tem que dizer que eu tenho razão, e que a culpa é daquele infeliz que não sabe ouvir um não.

Fala indignada, Cecília começa a rir.

- Você não tem jeito Geovanna Fontana.

- Você não me leva a sério mesmo né?
- Vamos logo provar a porra desse vestido.
- Que eu já adiei isso, até quanto eu pude.




A COBRA MOSTROU OS DENTES

La Nostra Vita (Livro 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora