A conversa

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Já se passaram 3 dias, desde que estivemos com a Dra Barbieri.
Segundo Geovanna, a bomba já era para ter sido estourada, mas até agora nada
Tentei convece-la, a contar ela mesma toda a verdade ao Sr. Barone, mas ela se recusa pedir sua ajuda, diz que seria em vão.

Vocês podem me chamar de maluca, mas sei que se ela contar, se ela se abrir, ele vai ajudar.

Ele tem que ajudar.

Já pensei, em eu mesma contar toda a verdade a ele, mas não posso trair a confiança de Geovanna desse jeito, mas também não posso ficar de braços cruzados, esperando que os problemas se resolvam sozinhos.

- Cecília querida!
- Está tudo bem?

- Ah, oi Sra Barone.
- Estou bem.
- E a Sra.

- Tem certeza que está bem? - pergunta desconfiada.

- Tenho sim.
- Agora,se a Sra me dá  licença.

Sorrio sem graça e passo por ela.

- Espera!!!
- Será que podemos conversar um pouco? - pede sem graças.
- Quer dizer, isso se não for um incômodo para você.

- Claro.
- Incômodo algum.

- Prometo que serei rápida, não quero lhe causar problemas com a Geovanna.

- Não vai.

- Podemos caminhar no jardim?

- Claro.

Vamos a duas em direção ao jardim, em um silêncio constrangedor.
Em um certo ponto, podemos avista o pequeno Enzo correndo com a babá.

- Ele é lindo, meus parabéns.

- Obrigada. - sorrir sem graça.
- Ele se parece com o pai.

Só sorrio, não vou dizer que discordo, quem sou eu para discordar de uma mãe.

- E então?! - pergunto sem graça.

Ela me olha sem entender.
Essa situação é constrangedora, quer dizer não que ela tenha culpa, que ela não tem, mas eu e o marido dela já ficamos, tudo bem que éramos solteiros, e tal, mas...
Porra!!!
Eu sou uma idiota, que me apaixonei pelo cara, e ainda, eu falei ainda não superei.

- Essa situação é um pouco embaraçosa para mim.
- Mas não sou mulher de rodeios, gosto de ir direto ao assunto.
- Eu sei que você e o meu marido...

- Olha Sra Barone, a Sra não precisa se preocupar com isso.
- Eu e o Sr Barone não temos nada.

- É eu sei.
- Não me leve a mal querida, mas sei o que meu marido desperta nas outras mulheres. E sei que você não é imune, ao chame dele...

- Olha Sra Barone,acho melhor paramos por aqui.
- Não tem com o que a Sra se preocupar, não sinto nada por seu marido.

- Será mesmo Cecília querida?!
- Eu vejo como você o olha.
- Juro que entendo você,e não estou chateada.
- Só me preocupo com você.

- A Sra se preocupa comigo?! - pergunto sem entender

- Claro.

- Você é uma menina sensível, meiga.
- E o meu marido.
-Bom Gusttavo está acostumado a ter tudo que quer, e depois que consegui, os deixam de lado.
- Com você não seria diferente.

Estou sem chão, com as coisas que sai da boca dessa mulher.

- Se o Gusttavo perceber seu interesse por ele, bom, talvez ele queira tirar algum tipo de proveito de você.
- Conheço meu marido, sei do que ele é capaz.
- Você merece coisa melhor, merece alguém que te ame de verdade.

Talvez ela tenha razão, no final de conta foi isso que aconteceu. Ou não foi?
Ele brincou comigo, despertou o amor em mim, sem ter a intenção de me amar.

- Você não será a primeira, e nem a última. Gusttavo precisa  dessas aventuras.
- Mas no final, ele volta para casa.
- Volta para nós. - fala olhando para o filho com um sorriso nós lábios.

Para mim já chega!
Não vou deixar essa mulher me humilhar, desse jeito.
Quem ela pensa que eu sou?

- Como já falei, não tem como o que a Sra. se preocupar.
- E se a Sra. não se importar, eu tenho que ir.

Levanto do banco onde estamos sentada, e caminho em direção a casa.

- Cecília, você o ama?

A ouço perguntar, mas a ignoro, e continuo andando.
Essa história já deu para mim.
Estou chateada, me sentindo invadida, humilhada e ridícula, por amar e não conseguir disfarçar meus sentimentos.

La Nostra Vita (Livro 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora