La Nostra Vita (Livro 2)

O Convite

- Tem certeza que você vai a esse encontro linda?

Jack, o novo secretário de Chris me pergunta.

A uns três dias atrás,  recebi um convite da minha madrasta, para almoçar em sua casa, a casa que um dia foi de mamãe, o lugar onde vivi bons momentos.

- Ela insistiu tanto, que não tive como negar.

Falo sorrindo sem graça, na verdade estou nervosa e muito anciosa para esse encontro.

- E além do mais, que mal pode me acontecer.

Ao falar isso um frio percorre por minha espinha.

- Lindinha, você já leu Branca de Neve os Sete Anões?
- Pelo que você me falou dessa sua madrasta, boa coisa ela não é.
- E olha que você me contou a versão compacta, sem detalhes e bastante resumida.

- Ela não pode me fazer mais mal do que já fez.
- Quando me abandonou a minha própria sorte.

- Você quem sabe.
- Se quiser posso ir com você.

- Não será preciso, tenho que encarar meus fantasmas de frente.

Estou parada em frente ao portão da minha casa, a alguns minutos, que mas parecem uma eternidade,assim que pus  meus olhos nesse lugar, as imagens do passado me acertaram em cheio.

- Senhorita Cecília está tudo bem?

Dante me desperta dos meus pensamentos.
Olho para ele e sorrio.

- Estou sim.
- Estava apenas me lembrando como fui feliz nesse lugar.

- A Senhorita vai entrar?

O segurança da propriedade me pergunta. Informo meu nome é logo seu semblante muda.

Caminho em direção a prioridade.

- Ceci! Ceci!
- É você mesma ?

Minha irmã abraça minhas pernas, me abaixo para ficar da sua altura.

- Nossa como você cresceu.

- Já sou uma mocinha Ceci.
- Você sumiu, estava com saudades.

- Eu também sentir sua falta. - falo a abraçando

- Ceci, você é um fantasma?

A olho se entender.

- Mamãe falou que você estava morta, assim como o papai.
- Mas olha só, você está vivinha da Silva

Fala e me belisca.

- Aiiii!!!

- Era só para garantir que você é de verdade mesmo. - fala sorrindo

- Eu não estou morta.

- Onde você andou?

- Na Suíça no colégio lembra?

- Você não está velha demais para ir para o colégio ?

- Depois fui para a faculdade, depois fui para a Itália

- Nossa!!!

- O que você veio fazer aqui?

- Sua mãe me convidou para almoçar.

- Legal.
- Você vai ficar com a gente?

- Não só vim almoçar.

Depois de matar a saudades, e a curiosidade da minha meia irmã.
Entro na casa, e ela está exatamente como me lembro, o mordomo me encaminha até a sala de estar, onde minha madrasta está com um senhor.

- Cecília querida, que bom que você chegou.

Me abraça apertando, e eu não consigo sentir verdade, nem em seu abraço e nem em suas palavras.
Também não gosto nem um pouco da forma que aquele homem me olha, ele tem idade para ser o pai, e me olha com desejo.

- Obrigada pelo convite.

Digo desconfortável com toda essa situação.

- Não tem o que agradecer, essa casa também é sua querida.

Quando eu ia responder, o homem se faz presente, ele tem um sotaque forte só não sei distingui de onde.

- Então essa é a famosa Cecília Middleton.

Fala beijando minha mão, que eu puxo sem pensar duas vezes, seu toque me dá asco.

- Cecília querida, esse é Dominic Petrov.

- Dom essa é nossa amada Ceci.

Dom

Só de ouvir essa palavra, cada célula do meu corpo se arrepia, e é inevitável não  pensar nele.

Gusttavo Barone

O jantar foi no mínimo, digamos que constrangedor, com aquele homem jogando seus galanteios para cima de mim.
Ao fim da refeição, voltamos para a sala de estar, onde foi servido um café.

- Cecília, fiquei sabendo que você tocar piano divinamente, gostaria muito de presenciar você tocando.

- Ah, que idéia ótima.
- Vamos querida toque para nós.

- Acho que vamos ter que deixar para outra ocasião, está tarde e amanhã tenho que está cedo no trabalho.
- Obrigada pelo jantar. - falo com meu melhor sorriso
- Sr. Petrov, foi um prazer conhecê-lo.

Falo e saio em disparada, sem sequer olha para trás.