Não Tem Um Mal

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Ao contrário do que as pessoas dizem, não tem  um mal, que não traga outro mal.

- Sério Ceci, como você aguenta esse cara?

- Da mesmo forma que ela te aguenta baixinha.

- Sério vocês dois ainda vão me deixar louca.
- Tanta implicância assim só pode ser uma coisa...

- TÁ MALUCA?!

Os dois falam junto, só me resta rir da situação, é inegável, minha melhor amiga e meu novo amigo não se suportam.
Outro que parece não gostar muito do Jacķ, é o Gusttavo. Não sei por que dessa implicância toda, pois ele tem sido um amigão, largou sua vida e seu trabalho sem pensar duas vezes para me acompanhar, para a Itália no pior momento da minha vida, tem um mês que estamos aqui, e Sr Salvatore continua na mesma, o médico não nós deu muita esperança, mas seguimos crendo em sua melhora.

Parece que Gusttavo descobriu o responsável pelo atentado, mas ele não fala nada, então parei de perguntar.

Ele passa os dias dividido entre o hospital e a sede da máfia, chegando em casa tarde da noite, as vezes dormimos juntos, segundo ele, essas são as melhores noites de sono dele, fico toda boba quando ele diz que só consegui dormir bem ao meu lado, que eu o tranquilizo e espanto os seus demônios, fico realmente feliz por ser seu porto seguro.

Depois do jantar, meus amigos resolvem assistir um filme, e pela primeira vez ao logo desses meses, não os vejos divergirem por uma bobagem, com a escolha de um filme.

Sexy and City, é a escolha deles, não estou afim de assistir seja o que for, então me despeço dos dois e resolvo deita.

Quando entro no quarto, ouço meu telefone toca na mesinha de cabeceira, resolvo atender pode ser o Gusttavo para avisar que não vem para cada essa noite.

- Alô. 

Falo com um sorriso bobo na cara, que logo morre ao ouvir a outra voz atrás da linha.

- Achou mesmo que poderia fugir de mim, doce Cecília?

Não falo nada, apenas encerro a ligação.
O telefone volta a tocar, e  eu o desligo de vez.


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Acordo e sinto um calor sobre minha pele, um peso sobre meu corpo e sorrio, pois sei muito bem do quê, ou melhor de quem se trata.

Me mexo na tentativa de levantar, mas seu aberto ao redor da minha cintura se intensifica.
Estou sorrindo feito boba, esse é o feito Gusttavo Barone sobre mim.

- Não foge de mim.

Diz com a voz rouca pelo sono, esfrega seu nariz no meu pescoço e pousa um beijo no local.

- Preciso ir ao banheiro.

Falo sorrindo.
Posso sentir sua poderosa ereção em minha bunda. Ele me aperta mais e esfrega seu membro em mim.

Deixo um suspiro de satisfação escapar.
Ele abre seus olhos, que a essa hora da manhã parecem mais verdes que o habitual, e me olha daquela forma intensa, capaz de despir até a minha alma, e me deixando totalmente sem ar.

- Bom dia amor.

Diz e me beija com carinho.
Se eu estou sonhando por favor não me acordem.

- Bom dia, respondo por fim.

- Esta vendo como você me deixa anjo?

Diz e esfrega mais uma vez sua ereção, dessa vez sobre a minha vagina, mordo o lábio inferior.

- Porra anjo, não faz isso.
- Assim você me fode por completo.

Diz e me beija de forma intensa.

Dio mio!

Está cada dia mais difícil resistir às investidas dele.

Um telefone toca, em algum lugar do quarto, mais isso não é o bastante para fazê-lo parar.
O telefone para, mas logo em seguida volta a tocar novamente.

- CASPITTA!!!

Ele pragueja e vai até o aparelho que está na cômoda, aproveito o momento é fujo para o banheiro, trancando a porta.

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Está cada dia mais difícil, resistir a tenção que é o meu anjo, estou sofrendo do primeiro caso da história de bolas roxas, estou cansado de me masturbar no banheiro embaixo do chuveiro, as prostitutas não me aliviam mais, não vou ser hipócrita de dizer, que fiquei só esse tempo todo, sou homem, tenho minhas necessidades, e sexo e uma coisa que nunca me faltou, mas agora é diferente, eu quero ela, e só ela é capaz de saciar a fome que meu amigão aqui está sentindo.

- Alô! - falo irritado

- Pelo visto atrapalhei algo.

Empata foda do caralho.

Penso mais puto ainda, por notar que minha priminha está se divertindo com a minha desgraça.

Peste !!!

- Espero que seja importante.

- Enrico está aqui, quer falar com você.

Meu humor que não era bom, acabou de piorar.

Visto minhas roupas e vou para meu quarto, preciso de um banho antes de matar esse merda.
Já falei que não o quero na minha casa, na casa onde minha mulher está.

La Nostra Vita (Livro 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora