Capítulo 6

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DAVID DACKER:

- Sr. Dacker? – ouço a voz de Priscila e minha cabeça começa a latejar antes mesmo que ela comece com as suas idiotices.

- Sim, Priscila? – pergunto apertando o botão do interfone na minha sala.

- Já posso encerrar meu horário? – ela pergunta e eu imediatamente olho para o relógio.

O dia passou tão rápido desde que encontrei aquela mulher no shopping, que mal vi as horas passarem enquanto eu trabalhava.

- Sim, já pode ir. – Digo e vou ao banheiro lavar um pouco meu rosto.

Ayla.

Nenhuma mulher teve a audácia de me esquecer depois do sexo, ou fingir que esqueceu. Ainda tenho minhas dúvidas.

Mas ela parecia não se lembrar, mas se ela realmente não se lembrasse deixaria um estranho fodê-la daquele jeito no provador?

Mas uma coisa é certa, eu deveria ter pegado seu número. E eu iria se não fosse por aquela ligação que a deixou brava e a mim curioso.

Parecia um ex-namorado, mas o que quer que fosse a deixou furiosa.

Término de lavar o meu rosto e saio da sala me surpreendendo momentaneamente.

Vejo Priscila seminua e sentada na minha mesa.

- O que pensa que está fazendo Priscila? – pergunto vendo que minha raiva começa a crescer.

Ultimamente ela vem sendo muito atirada e em momento nenhum dei a entender que eu queria algo a mais a não ser o relacionamento profissional.

- Meu horário de trabalho já acabou, só queria relaxar. -Ela diz. – Você sabe... nos dois.

Olho para os lados e vejo seu vestido vulgar na qual ela veio trabalhar hoje em cima do sofá e me aproximo o pegando.

- Se vista agora Priscila. – Digo jogando seu vestido nela.

- O que foi? Você não me quer? – ela pergunta se levantando e vindo na minha direção.

- Pelo amor de deus mulher, para de ser louca eu te contratei para trabalhar e não para foder. – Falo já perdendo a cabeça.

- Posso te satisfazer como quiser e ainda trabalhar, é claro que um aumento seria bom. – Ela fala e passa a mão pelo meu terno.

Meu deus, ela está se ouvindo?

- Priscila, eu nunca paguei para transar e não vou começar agora ainda mais com a minha secretaria. – Falo e sei que ela percebe que estou com raiva.

- Para tudo tem a primeira vez, mas eu não me importo de você me pegar de jeito aqui agora de graça. – Ela diz e por mais que eu esteja com raiva tenho vontade de rir.

- Chega, saia da minha sala Priscila e não se preocupe em voltar amanhã. – Digo indo me sentar em minha mesa.

- Está me demitindo? – ela pergunta horrorizada.

- Sim. – Digo dando atenção para o meu computador.

Ouço ela reclamar e resmungar, mas não a olho.

- Vai se arrepender disso. – Ela diz e sai.

Mulher maluca.

Balanço a cabeça em negação e ligo para a Nicole.

- Sim? – ela pergunta assim que atende.

- Nicole, eu demiti Priscila e preciso que encontre outra secretaria para mim. – Digo.

- Claro, alguma preferência que deseja incluir ao escolher as candidatas? – ela pergunta.

- Recomendação. – Falo, pois é a melhor maneira de evitar que isso aconteça.

Pessoas que tem recomendações é porque fez um bom trabalho no seu último emprego e é disso que eu preciso, profissionalismo.

- Falando em recomendações senhor, no começo da semana recebemos um currículo impressionante. Uma mulher que tem uma carta de recomendação feita a próprio punho pelo sr. Vincent Morgan.

Vincent Morgan? Simplesmente uns dos caras mais ricos do planeta? O magnata do petróleo e investidor em quase tudo que existe?

Impressionante.

- Seria ótimo contratá-la, ligue para ela, tenho certeza de que se recebemos o seu currículo outras empresas também. – Falo, pessoas assim não podemos deixar escapar.

- Sim senhor, mas devo avisar que há um porém. – Ela diz e fico curioso. – Além de falar mais de cinco línguas, tirando sua materna. Ela tem muitas outras aptidões, mas não cursou faculdade alguma.

Sem faculdade, mas recomendada pelo Vincent Morgan. Estou ficando curioso quanto a ela.

- Parece que o próprio sr. Morgan ensinou tudo o que ele sabe a ela. – Nicole diz e isso já é o suficiente para contratá-la.

- Contrate ela Nicole, antes que outros o façam. – Falo. – Tenho uma viagem a fazer e só volto em dois dias, ela pode começar me buscando no aeroporto.

- Sim senhor. – Ela fala e encerramos a ligação.

Pronto, agora tenho duas curiosidade.

Ayla e a aprendiz de Vincent Morgan.

Duas mulheres que eu acredito serem totalmente diferentes.

Apaixonado por uma interesseiraOnde histórias criam vida. Descubra agora