Capítulo 49

887 115 4
                                    

DAVID DACKER:

- Tem certeza eu ela está nesse lugar? – pergunto quando passamos com o carro em um buraco de lama, nessa estrada apertada, lamacenta e longa.

- Esse é o local que o homem falou. – Sr. Torres diz e logo podemos avistar uma casa ao longe.

Meu coração se acelera, consigo ver vários homens andando de um lado para o outro na propriedade. Mas assim que eles veem os carros da polícia chegando, parecem se exaltar e começam a se movimentar rapidamente. Andando de um lado para o outros, os homens parecem nervosos.

- Vamos logo, já dá para ver que tem algo errado. Quero todos esses homens presos, quero policiais entrando pela frente e pelos fundos, quero todo mundo cercado, capitão, faça alguns homens guardarem o perímetro e outros procurarem por alguns que tenham fugido. – Sr. Torre diz já descendo do carro e dando sua ordem.

Mas mal conseguimos avançar um passo quando ouvimos um disparo dentro da casa.

Todos se apressam e não demora muito para que os homens que estavam do lado de fora estejam algemados. Mas minhas pernas apenas se movimenta em direção a casa, seguindo os policiais e o sr. Torres. Faço tudo no automático, não consigo pensar e nem raciocinar. Espero que ela não esteja machucada.

Subo as escadas e vejo o sr. Torres em alvoroço, mas ao entrar no quarto, vejo um homem caído no chão e embaixo dele está Ayla, e uma enorme poça de sangue no chão ao redor deles.

Nenhum deles se mexem, tento me aproximar, para ver se Ayla está viva, mas sou segurado por dois policiais.

- Eu preciso... – tento dizer, me aproximar.

- O senhor precisa sair. – Um deles diz me arrastando para fora.

Não demora muito para que uma ambulância chegue, os socorristas sobem as escadas.

Eu quero ver como ela está, mas os policiais me impedem até mesmo de andar.

Algum tempo depois eles a descem em uma maca, e sem me segurar mais, eu vou em direção a ambulância.

- Ela está viva, mas cheia de sangue e apagada. Não sabemos se esta ferida, vamos leva-la ao hospital e examina-la. – O socorrista me diz assim que me aproximo. – Um homem lá em cima me disse que você é marido dela e que é para ir com a gente. Suba na ambulância.

Faço o que ele manda, e me sento ao lado de Ayla e seguro sua mão. Ela usa um vestido branco, mas ele está todo tingido de vermelho, seguro em suas mãos e rezo para que ela esteja bem.

O caminho todo ela não se mexe e nem da sinal de que está bem, apenas posso ter certeza de que esta viva por causa de sua respiração.

Leva longos minutos até entrarmos na cidade, depois atravessamos as avenidas a toda velocidade para hospital mais próximos e finalmente chegamos.

Os socorristas tiram Ayla da ambulância, já tinha médicos esperando do lado de fora.

Ayla está desacordada, os médicos a leva para examina-la e eu sou deixado em um corredor para esperar pelas respostas.

Ando de um lado para outro, sei que passam algumas horas, não olho para o relógio e minha preocupação me faz perder um pouco a noção do tempo.

Apenas sei que faz tempo que a levaram, quando o sr. Torres surge ao meu lado.

- como ela está? – ele pergunta e eu apenas balanço a cabeça.

- ainda não vieram falar comigo.

- Não deve ser nada sério, faltava só uma bala no pente, e foi a que acertou o sequestrador e o matou. Acreditamos que como a sra. Decker estava armada, ele tenha ido para cima dela ou tentado desarma-la. Pelo jeito que os encontramos, eles brigaram pela arma que acabou disparando, acertando o homem e ele caiu em cima dela. Um dos socorristas disse antes de leva-la que ela poderia ter batido a cabeça, por isso ela estava desacordada.

Apaixonado por uma interesseiraOnde histórias criam vida. Descubra agora