Capítulo 11

1.3K 152 18
                                    

eu ia postar dois capitulos semanais, mas nao aguentei. Provavelmente esse sera o ultimo da semana.

DAVID DACKER:

Olho para a porta ainda surpreso, mas com um sorriso.

Ela ficou de olho em minha refeições e brava porque mal me alimentei, agora surtou comigo e provavelmente foi buscar comida.

Fico me perguntando que se eu fizer pirraça para comer ela irá mesmo enfiar a comida na minha boca. Ela parecia estar falando sério quanto a isso.

Volto ao trabalho não me concentrando muito já que estou ansioso para a sua volta e nos 15 minutos se arrasta lentamente até que a vejo entrando pela minha porta com sacolas em mãos.

- O que pensa que está fazendo srta. Miller? – pergunto tentando parecer nada contente.

- Achei que fosse mais inteligente. – Ouço ela sussurrar enquanto arruma a mesa e me seguro para não rir.

- O que disse? – pergunto.

- Que comprei coisas deliciosas e saudáveis para o senhor comer. – Ela diz se virando para mim e sorrindo.

- Já disse que não estou com fome Ayla. – Falo a olhando bem em seus olhos e a vejo cerrar levemente.

- Não precisa estar com fome, coma um pouco pela sua saúde, não faz bem pular refeições. – Ela fala e se vira novamente tirando duas garrafinhas de suco natural de uma sacola.

Ela anda até o armário baixo da sala e tira de lá talheres, pratos e copos. Os colocando na mesa.

- Eu estou bem, pode ficar à vontade e comer. – Falo e a finjo ignorar voltando para o computador.

Pelo canto dos meus olhos poso ver ela parada me olhando e a vejo ficar naquela posição por segundos. Até que ela se move vindo em minha direção e para disfarçar coloco toda a minha atenção na tela a minha frente.

Sinto ela dar a volta em minha mesa e sei que está ao meu lado e eu espero, aguardo pelo seu próximo movimento.

- Sr. Dacker? – ela diz ao pé do meu ouvido próxima de mais do que eu achei que estaria, me causando um leve arrepio na coluna e fazendo com que eu me vire imediatamente.

Assim que minha cadeira gira em sua direção, Ayla apoia uma de suas mãos no encosto da minha cadeira se inclinando em minha direção enquanto usa a outra para segurar o braço da cadeira fazendo minha cadeira parar de se mexer.

Sua boca a centímetros da minha, seu perfume invadindo meu espaço pessoal e seus olhos me encarando intensamente. Tudo isso faz com que eu engula a seco.

- Por favor, coma um pouco. – Ela diz bem baixo que com a voz doce, tão perto que seu hálito quente bate em meus lábios como se me beijasse.

Não consigo respondê-la com essa proximidade, na verdade é quase impossível. A única coisa que se passa por minha cabeça é grudar em sua cintura, tomar sua boca para mim e fodê-la em minha mesa como jamais fiz com nenhuma mulher.

- Ayla... – tento dizer algo com aqueles olhos verdes me encarando, mas apenas dizer seu nome precisou de uma força inimaginável.

- Vamos? – ela pergunta baixo, levando sua mão que segurava o braço da cadeira e tocando meus dedos de leve.

Ayla vai abrindo minha mão lentamente e de um modo totalmente sensual e quando o faz, entrelaça seus dedos nos meus.

Posso sentir sua mão macia me puxar quando ela vai se afastando da minha cadeira e tentando me levar consigo.

Eu a sigo, dando a volta em minha mesa e indo até a mesa de vidro no canto do escritório onde ela havia posto a comida que comprou.

- Sente aqui do meu lado. – Ela diz e faço exatamente o que mandou.

Ela sorri para mim e então desfaz o laço entre nossas mãos, pegando dois copos e enchendo com suco. Depois abre outra sacola tirando de lá, duas bandejas com sanduiches naturais em cada uma.

Ela os tira da bandeja os colocando nos pratos, para só então se virar para mim e me olhar.

Nos encaramos por alguns segundos e a vejo cerrar novamente um pouco os olhos antes de pegar um dos sanduiches e trazer em direção a minha boca.

- Morde. – Ela diz docemente e eu ergo uma sobrancelha para ela. – Por favor.

Vejo ela me olhar expectativa e aquilo faz meu peito dar uma cambalhota.

Porra, ela vai dar comida na minha boca?

Abro um pouco a boca vendo-a sorrir e me direcionando o sanduiche para que eu o morda. Faço o que ela quer e quando o gosto chega ao meu paladar eu arregalo meus olhos.

- Puta merda, isso é bom. – Digo involuntariamente pegando o lanche de suas mãos.

- é, não é? – ela fala sorrindo e pega o seu para me acompanhar.

Começo a comer em silencio, na verdade eu estava com muita fome e acontece de esquecer de me alimentar por causa do trabalho.

Me alegra que Ayla repara muito em mim a ponto de ver que pulei refeições. E mesmo não querendo que ela perceba, como aquele sanduiche bem feliz, bebo o suco quando ela aponta e como a maçã que ela tirou da sacola.

- Comprei umas frutas, vou deixar na copa para você comer durante o dia. – Ela diz olhando mais uma vez as sacolas. – é isso, melhor deixar a dispensa da copa cheia. Só tem bolachas, chás e café lá.

Eu a olho sem dizer nada, nem acho que precise já que parece não estar falando e sim consigo mesma.

- Acho que tem uma fruteira na cozinha, comprei bananas e maçã. Talvez umas peras, abacaxi e morangos. Os morangos acho melhor colocar na geladeira quando comprar e os abacaxi também caso eu pique.

- Enquanto tempo será que uma banana estraga? Tenho que ver, se eu comprar muita vai ser um desperdício. -Ayla continua falando de frutas e inevitavelmente abro um sorriso.

Essa maldita.

- Ayla. – Digo a chamando e ela me olha. – Obrigada pela comida.

Pego em sua mão e a aperto de leve demonstrando minha gratidão.

- Agradeça daqui a duas horas quando eu trouxer uma salada de frutas. – Ela diz soltando minha mão e já começando a limpar a mesa.

- Duas horas? Mas acabamos de comer. – Digo.

Ela já está exagerando.

- é só fruta, e é melhor comer de duas horas porque se acontecer de pular uma refeição não terá problema. – Ela fala.

- Exagero. – Digo.

Ayla me olha e se aproxima rapidamente colando seu rosto no meu.

- Vai comer. – Ela diz e deixa um beijo delicado em meu rosto. – Nem que esteja em uma reuniao e eu precise invadir e dar na sua boca. – Dizendo isso, ela apenas sai com os pratos e as sacolas me deixando ali, percebendo exatamente o que ela está fazendo.

Essa desgraçada está me seduzindo para que eu coma.

Apaixonado por uma interesseiraOnde histórias criam vida. Descubra agora