Capítulo 13

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AYLA:

Abro meus olhos e encontro David me encarando. Eu sorrio.

Ainda deve estar remoendo sobre o piloto e o que houve na cabine. Mas eu não vou conta que assim que eu pisei dentro do seu jato, trombei com seu piloto gostoso e que fomos nos pegar na cabine.

Mesmo que a gente não saiu dos beijos, pois eu sabia que logo David chegaria. É bom ver ele pensar em tudo que eu possa ter feito lá dentro.

- Oi, quanto tempo eu dormi? – pergunto do jeito mais meigo que eu consigo.

- Falta 4 horas para pousarmos, você dormiu muito e eu tive que ficar aqui sem conversar com ninguém. – Ele diz emburrado e eu ergo uma sobrancelha.

- Bom, temos 4 horas para conversamos. – Digo e ele me olha. – Ou eu posso voltar a dormir, essa poltrona é muito confortável. – Falo já me espreguiçando nela.

- Ainda está com sono? – ele pergunta, não julgando. Mas com um interesse.

- Não, estou brincando. – Falo sorrindo.

Pego minha manta que havia trazido e a dobro colocando na cadeira ao lado.

- O que acha de Ivan Belkov? – David me pergunta enquanto me ajeito.

- Fiz umas pesquisa. Ivan Belkov, casado e com dois filhos homens, o homem é bilionário e meche com o mercado de ações, entre outros negócios. Como hotéis, restaurantes e alguns bancos pequenos em seu nome.

- Ele gosta de parecer moderno, mas é só procurar por suas propriedades e os seus gostos e você vai encontrar coisas do estilo bem clássico, retro até.

- O prédio teria que ser algo que se adeque ao seu gosto, mas que seja charmoso e algo a se admirar. – David vai dizendo.

- Sim. – Concordo. – Mas temos que dar algo que ele não sabia que quer, até mostrarmos.

- Tem razão e sei que não somos os únicos a ter uma reunião com ele. Ivan é bilionário e homens assim são precavidos.

- Temos que dar nosso melhor, ainda mais quando Dubai é um lugar cheio de prédios incríveis.

- Mais um motivo de você vir comigo, você cresceu em Dubai, saberá se vamos impressiona-lo. – ele diz e eu o olho sorrindo.

- Quem foi que disse que eu cresci em Dubai? – pergunto o encarando.

- Seu currículo. – Ele fala e isso faz com que meu sorriso se alargue.

- Lá diz que eu morei em Dubai, não que eu cresci lá. O orfanato onde eu morei até meus 16 anos fica em Umm Al Quwain, bem perto, mas ainda não é Dubai. – Digo e vejo ele me olhar surpreso, talvez por dizer sobre o orfanato.

- Por que foi para Dubai?

Olho para ele para saber se minto sobretudo, ou se conto só meia verdade.

- Aos 16 as meninas são transferidas e deixadas sob o cuidado da diretora Pizoto. – Digo optando pela segunda opção.

- Entendo, lembro me dê você dizer que sua educação foi bem rígida. Foi quando você foi pra Dubai? – ele pergunta com interesse, mas as perguntas estão indo longe demais.

- Não, é um orfanato de alto nível. Fui educada desde o momento em que cheguei. – Falo matando sua curiosidade e logo mudo de assunto. – Já sabe onde vai ficar?

- Sim, tenho uma casa no condomínio badir. Pode ficar lá comigo, assim não precisa procurar por um hotel. – Ele diz e minha vontade de rir é enorme.

David delícia é muito esperto e tenho que juntar uma força de vontade enorme para não pular nesse homem. Estou quase desistindo dessa bobagem de não transar com meu chefe e dar feito louca para ele.

- Não é necessário sr. Dacker, tenho meu apartamento. – Digo e ele apenas concorda com um aceno de cabeça.

Depois disso nossa comida é servida por uma aeromoça sexy e gata demais, nos comemos e passamos as próximos horas distraídos com um filme ou livro.

Assim que o avião pousa, pego minha manta e vou em direção a saída.

Mas antes de chegar à porta, o piloto delícia sai da cabine junto com o seu copiloto que eu ainda não havia conhecido.

Eu definitivamente deveria ter virado aeromoça, cada homem bonito nesse ramo que só por deus.

- Aqui, caso queira se divertir no seu tempo aqui. – O piloto diz me parando e entregando um papel, com que aposto, ser seu número.

- Eu com certeza vou querer. – Digo e pisco para ele antes de descer.

Não vejo se David já desceu, mas vejo um carro parado e caminho até lá e o espero.

Segundos depois ele aparece, digamos meio que bravo.

- Vamos passar primeiro na minha casa e pegar um documento. Depois eu vou te deixar na sua casa já que é no centro e ir para a empresa. Preciso trabalhar um pouco. – Ele diz e eu apenas concordo.

Entramos no carro e David vai dirigindo.

Pegamos uma rota por fora das avenidas principais e damos a volta do centro, até chegar em um condômino de luxo.

David dirige até a portaria e quando o portão está prestes a se abrir um homem se aproxima do carro.

- Com licença senhor, sou o porteiro, tivemos um problema em um dos blocos e queria saber em qual o senhor mora para que eu o possa liberar. – O homem diz.

- Bloco c.

- Sinto muito senhor, o bloco c e d foi isolado por causa de um vazamento de gás, ainda estão tentando encontrar de onde está vindo o vazamento e por ordem não podemos deixar ninguém se aproximar do local.

- O que? – David pergunta parecendo ainda mais bravo do que antes. – Quando acontece coisas assim, tem que ligar para o proprietário e avisar.

- Nos ligamos para todos os moradores senhor. – O senhorzinho diz.

- Menos para mim. – David retruca nervoso.

- David. – Digo tocando em seu ombro. – Pelo que sei, quando não conseguem entrar em contato com você eles ligam para a empresa. Ele não sabem que você veio por que decidiu fazer uma vistoria, lembra?

Vejo ele respirar fundo, mas sei que sabe que tenho razão.

- Você pode ficar no meu apartamento.

Apaixonado por uma interesseiraOnde histórias criam vida. Descubra agora