Capítulo 17

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AYLA:

- O que disse? – ele pergunta surpreso me olhando.

Talvez não esperasse que eu disse algo assim depois de faze-lo gozar, mas foi espontâneo, quando senti o cheiro do perfume doce e familiar as palavras simplesmente saíram da minha boca.

- Esqueça, é uma surpresa que ainda tenha vigor após se divertir com uma escrava. – Falo já me liberando de seus braços e voltando a me enxaguar.

- Escrava? Eu não... eu... – vejo ele tentar dizer e sua cabeça girar ao pensar.

- Estamos no emirado árabe, não se preocupe. – Falo, pois sei como é isso para os americanos.

- Escrava? Quer dizer que ela foi forçada... – ele pergunta e isso faz com que eu ria.

- Não David, você não entenderia. – Digo. – A liberdade americana é representada por uma mulher, se a nossa tivesse representação iriamos preferir a imagem de um cachorro, mas ainda é a nossa cultura, na qual fomos criados.

- Eu sei pouco sobre a sua cultura, por mais que eu tenha uma empresa aqui ela é toda americanizada. – Ele diz. – Ayla... já fizeram algo com você? – sua pergunta me faz parar. – Digo, algo que você não queria ou maltrataram você?

Olho para David e tudo que eu posso fazer é sorrir.

- David... – digo me aproximando dele e tocando em sua barriga e o vejo descer os olhos até o local. – Vamos trocar, já ficamos tempo demais aqui no chuveiro.

Saio de perto dele e desligo o chuveiro. Pego uma das toalhas entregando a ele que ainda usa sua cueca enxarcada e pego outra para mim.

Começo a secar meu corpo de costas para ele, mas logo eu sinto seu peito nu molhado se encostar em mim e ele começar a me encoxar.

- Ayla, eu quero você...- ele diz baixinho no meu ouvido e me sinto arrepiar.

- O senhor já se satisfez hoje sr. Dacker. – Digo como quem não quer nada.

- Você também. – Ele diz deixando um beijo em meu ombro e sei que se refere a Pierre.

Ah se ele soubesse que aquele maquiador safado e galinha adoraria estar no meu lugar sentindo a ereção de David naquela bunda gorda dele.

Mas não sou eu que vou dizer isso, uma que eu não lhe devo satisfação e duas, é bom ele achar que caso eu precisar me satisfazer tenho minhas opções.

- Exatamente, já estou satisfeita. – Digo me afastando.

Pego minha calcinha e o baby-doll que trouxe comigo e o visto sabendo que ele me observa.

- Não vai me deixar eu tocar em você? Ao menos retribuir o favor e te fazer gozar? Na minha boca? – ele diz erguendo uma sobrancelha e eu sorrio.

- Tentador. – Falo já saindo do banheiro e ele me segue com a toalha na cintura.

Vou para minha cama e jogo os lençóis de lado me deitando e me cobrindo em seguida.

- Quando sair apague a luz e feche a porta. – Falo para ele com os olhos fechados, mas sei que continua ali.

Ouço seus paços e a porta se fechando suavemente depois dele apagar a luz.

Finalmente eu respiro fundo e começo a relaxar, mas aquele fogo que o maldito colocou em mim ainda está presente. Me remexo na cama e espero o desejo ir embora, mas não acontece.

Quando estou prestes a descer minha mão e a colocar dentro da minha calcinha a porta se abre e mesmo no escuro posso ver que é David que entra no quarto.

Apaixonado por uma interesseiraOnde histórias criam vida. Descubra agora