capitulo 33

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16 de março de 2013

Me lembro de acordar e sentir uma dor enorme entre minhas pernas. Sentir meu corpo estremecer e o medo de ter sido violentada me possuir.

Eu sentia dor e medo, as perguntas rondava em minha cabeça e a maior questão de todas era saber como eu já estava em meu quarto do orfanato, no qual eu dividia com outras garotas.

Eu sabia o que eu tinha que fazer, conversar com a diretora que cuidava de nos era o certo. Ela saberia o que fazer e mesmo com medo e envergonhada, fui até ela.

Contei tudo com lagrimas nos olhos, da dor que estava sentindo e de ao me lembrar de nada. Mas a senhora Pizoto apenas me olhou e sorriu.

- Você passou por uma cirurgia de remoção de útero Ayla, por isso as dores, o efeito do analgésico já deve ter passado. Logo vão levar os remédios para você tomar.

Fiquei confusa, não sabia o que estava acontecendo e usando a questionei ela apenas sorriu novamente. Eu queria saber se estava doente, se tinha algo errado comigo.

Tiraram meu útero e eu nunca poderia ter uma família, mas nem mesmo eu podia saber o porquê.

- Vai descansar Ayla, na cirurgia o seu hímen foi rompido, mas ainda é uma moça, logo Wagner lhe fara uma visita de praxe e explicara como funcionara as coisas daqui para frente. – Ela dizia e estava claro que eu estava sendo dispensada.

Sai daquela sala mais confusa do que de quando entrei.

Me lembro de esperar pela visita de Wagner, queria saber o que estava acontecendo, queria explicações.

Esperei por dias, até quando os remédios para a dor não eram mais necessários e eu já estava bem. Então fui chamada a ala principal da casa, na qual pertencia somente a senhora Pizoto e sua filha.

Sou levada a m dos quartos e entro vendo Wagner de pe.

- Você finamente está melhor. – Ele dizia enquanto me observava atentamente.

- Sim, senhor. – Eu o respondia educadamente e de cabeça baixa.

Queria lhe fazer mil perguntas, mas sra. Pizoto disse que ele iria me explicar.

- Vou começar do começo Ayla. – Ele diz se aproximando de mim e me guiando para sentar na cama. Assim que estou sentada, ele se afasta e se senta em uma poltrona de frente para mim. – Você tem uma dívida gigantesca com esse orfanato.

- Dívida? – pergunto

Seria por causa da cirurgia? Ela foi cara?

- Sim garota, gastamos milhares de dólares com você. Cursos, comidas, medicações e estudos. Você teve uma vida boa e agora chegou a hora de começar a pagar por tudo de bom que você usufruiu a nossas custas.

- Mas eu não sabia que tinha que pagar por tudo depois, eu não tenho dinheiro nenhum senhor Wagner. – Eu dizia com medo e com vontade de chorar

- Sabemos disso, por isso vai fazer o que a gente mandar, ou terá consequências. – Ele diz me olhando friamente.

- Como assim?

- A senhora Pizoto tem uma empresa, vamos te dar um trabalho e você poderá nos pagar aos poucos. Mas você não poderá se mudar daqui até que sua dívida esteja paga.

- Então eu só vou precisar trabalhar para ela e pagar? Eu posso fazer isso. – Falo decida.

- ótimo, então seu primeiro trabalho começa agora. Vai ser só uma amostra do com que terá que lidar. – Ele fala se levantando e tirando o relógio. – A senhora Pizoto mandou eu dar um jeito em você, vamos fazer disso uma pequena aula Ayla.

Sinto meu coração bater forte por causa de suas palavras quando ele começa a desabotoar sua blusa.

- O que está fazendo?

Apaixonado por uma interesseiraOnde histórias criam vida. Descubra agora