Apaixonado por uma interesseira

Capítulo 15

DAVID DACKER:

- Sim, não sabia que dançava bale. – Digo ainda fascinado por sua dança e como seu corpo está em evidência naquele body e sua saia curta e transparente.

- Ah, é apenas hobbie. – Ela diz caminhando até mim. – E como foi na empresa? Teve algum problema?

- Não, só meu diretor que é meio abusado. – Digo e ela não parece nem um pouco curiosa.

- Então se sente, eu pedi pizza. Já deve estar chegando. – Ela fala e volta para a sala começando a arrastar os moveis de volta para o lugar.

Ela deve ter os movido para dançar.

- Vou me trocar primeiro. – Digo e subo para o quarto para me trocar.

Coloco uma bermuda pois está calor e uma regata.

Visto um chinelo nos pés e desço para encontrar Ayla, que está na cozinha.

- Estou pegando prato e copos para comermos. – Ela fala quando eu chego na cozinha. – Refrigerante ou cerveja?

- Tanto faz, vou acompanhar você. – Digo e ela apenas concorda pegando uma garrafa de Coca-Cola.

Ouço a campainha tocar e olho para Ayla.

- é o entregador, dei permissão para que ele suba, pegue o dinheiro no aparador perto da porta e dixe o troco para ele. – Ela diz enquanto serve a bebida.

- Eu pago, não se preocupe. – Digo.

- Eu já deixei o dinheiro separado sr. Dacker, deixo você pagar na próxima. – Ela diz divertida e eu não retruco.

Vou até a porta e pego o dinheiro no aparador e a abro.

Me surpreendo ao ver dois homens na porta, um eu reconheço como o entregador por causa da sua grande mochila e a pizza nas mãos. Já o outro homem eu desconheço.

- Quem é você. – O homem me pergunta e eu o olho.

- Eu quem deveria perguntar. – Digo entregando o dinheiro para o entregador e pegando a pizza. – Fique com o troco. – Falo e ele sai.

- Cadê a Ayla? Quem diabos é você?! – o homem pergunta e parece começar a ficar nervoso.

Respiro fundo e olho para dentro.

- Ayla! - grito a chamado, sem tirar meus olhos daquele homem.

- O que foi? Tem algo de errado com a pizza? – ela pergunta aparecendo e então para ao ver o homem. – Querido, fecha a porta.

Vejo Ayla me olhar enquanto diz isso e logo entro em alerta.

- Acho que você não é bem-vindo. – Falo para ele que ainda a olha.

- Ayla, por favor. Vamos conversar. – Ele diz querendo entrar no apartamento mas eu o barro. – Eu ouvi umas coisas sobre você...

- Provavelmente é tudo verdade. – Ela diz apenas dando de ombro. - mas nada vai mudar o fato de quero você longe de mim, agora saia daqui Raj e não volte.

- Está me dizendo que é verdade o que me disseram? – ele pergunta com raiva.

- Sim, com certeza e sem sombra de dúvidas. – Ela diz para ele.

- Isso me faz querer você ainda mais, nem que seja para pagar. – Ele diz para ela e me olha dando um sorriso. – Só mais um idiota.

Dizendo isso ele sai e sem perder tempo fecho a porta atras de si.

Viro e olho para ela que respira fundo e revira os olhos.

- Ex-namorado?

- Quase isso. Vamos comer? – ela pergunta tomando a pizza da minha mão e esquecendo totalmente a visita.

- Claro querida. – Digo fazendo com que ela ria.

- Não vai esquecer isso vai? – ela pergunta.

- com certeza não. - Falo.

Ela apenas balança a cabeça ainda rindo e pega os pratos levando a pizza para a sala e eu vou atras dela levando os copos.

Ayla se senta no chão, colocando as coisas em cima da mesinha de centro e encosta as costas no sofá e eu me sento ao seu lado.

- Quer ver algum filme? – ela pergunta.

- Terror? – pergunto esperançoso, amo filmes de terror.

- Só se vermos uma comedia depois. – Ela diz franzindo a testa e eu sorrio.

- Claro.

Vejo ela navegando pelos filmes da sua tv até que eu faço sinal para ela parar.

- Isso, atividade paranormal. – Digo e ela coloca.

Pegamos a pizza e vamos comendo conforme o filme vai passando, antes de começar de verdade o filme, Ayla apaga as luzes e eu sorrio.

Se ela tem medo de filme de terror, não deveria ter apagado as luzes.

Ayla volta a se sentar do meu lado e eu coloco um dos meus braços no sofá acima da sua cabeça.

O filme vai passando e a vejo dar uns dois pulos em algumas cenas, mas Ayla não diz nada. Conforme vamos assistindo, vejo Ayla se encolher para mais perto de mim e eu sorrio ainda mais.

- Isso não é coisa de deus, não que eu seja religiosa, mas isso chama coisa ruim. – Ayla fala durante o filme.

- Que nada, é só ficção. – Digo querendo rir.

-Baseado em fatos reais, você leu isso quando apareceu né? – ela pergunta horrorizada.

Não a respondo, já que não quero rir dela e aze-la ficar brava comigo.

O filme chega em seus momentos finais tempos depois e eu me espreguiço ao seu lado bocejando e segurando muito para não rir.

- Eu estou cansado Ayla, não vou aguentar ver o filme de comedio com você. – Digo me levantando. – Vou me deitar, aproveite seu filme.

Vejo Ayla arregalar os olhos e vou andando até as escadas. Mas a pouca luz que vinha da tv se apaga por completo e correndo, ela para ao meu lado.

- Eu que não vou ficar sozinha lá embaixo. – Ela diz subindo as escadas comigo e eu sorrio. – Boa noite sr. Dacker. – Ela fala como se estivesse brava, mas posso sentir um pouco de medo em sua voz.

Dou boa noite para ela e entro no quarto.

puxo o edredom para baixo e antes de me deitar tiro minha regata, a colocando em uma cadeira.

Me deito na cama e sorrio. Essa viagem a Dubai poderia ser ainda mais divertida se eu pudesse passar a noite toda me divertindo dentro Ayla.

Respiro fundo, porque sei que se depender dela, isso não irá acontecer.

Fico ali na cama divagando quando finalmente pego no sono, mas não sei por quanto tempo eu dormi, pois sou acordado pelo barulho suave da porta se abrindo e ao abrir meus olhos vejo uma figura desfocada entrar no quarto.

- Ayla? – a chamo para ter certeza de que era ela.

- Isso é culpa sua, aquele filme mexeu com psicológico e agora eu fico ouvindo passos pela casa. – Ela diz e sinto o e edredom se levantar e ela se aninhar dentro dele.

- O que está fazendo?

- Vou dormir aqui, já que a culpa é sua por eu estar com medo. – Ela diz então puxa meu braço e coloca sua cabeça em cima. – Nada de mãos bobas sr. Dacker, já está impossível me controlar sem que você me toque. – Dito isso, ela fecha os olhos e segundos depois percebo que dormiu.

Nem parece que ela dormiu por 8 horas no avião.

Ainda desacreditado e sonolento, me aconchego mais em Ayla e fecho meus olhos caindo em um sono profundo e confortável.