Um Passo de Cada Vez...

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          Quando se separaram, ambos estavam sem fôlego. Bill estava apoiando as mãos ao lado do corpo de Dipper enquanto este corava violentamente. Dipper fechou os olhos e virou o rosto para que Bill não visse suas lágrimas...

        "O que você fez comigo, Pinetree? Que tipo de feitiço você jogou em mim que não consigo resistir à vontade de querer mais!" – murmurou Bill acariciando o rosto dele com carinho. "Não chore... desculpe-me! Não queria..."

         "Eu estou feliz, Billy..." – Respondeu Dipper sorrindo. "Eu tive tanto medo... medo de você não me entender, não me aceitar!"

         "Não precisa se preocupar, Pinetree..." – Bill o consolou. "Eu jamais lhe rejeitaria... você é muito especial para mim!"

        "Obrigado, Billy..."

         "Não precisa me agradecer... Pinetree!" – Bill lhe beijou na bochecha. "Não sei ainda para onde esse caminho nos levará... mas, quero ir até o fim!"

          "Se você quer, então eu também vou querer..." – respondeu Dipper, colocando a mão no rosto de Bill e o puxando para mais um beijo.

           O toque de celular de Dipper interrompeu-os. Dipper sentou-se na cama e verificou as mensagens. Era Mark lhe procurando e parecia desesperado. Ele guardou o celular e se levantou, antes responder ante a expressão indagadora de Bill.

          "Desculpa, Billy... preciso voltar para o campus!" – disse Dipper. "Parece que estão me procurando por lá! Eu não costumo faltar às aulas e quando isso acontece, meus colegas se preocupam!"

          "Que pena... pensei que quisesse ficar mais tempo aqui comigo!" – murmurou Bill decepcionado.

           "Eu volto mais tarde, tá!?" – Dipper lhe deu um beijinho rápido.

            "Eu vou lhe esperar, Pinetree..." – Bill o abraçou. "Vamos manter isso somente entre nós dois, certo?! O que não é conhecido, não é invejado..."

          "Tá... eu concordo, Billy!" – respondeu Dipper retribuindo o abraço.



          Mal Dipper colocou os pés no campus, Mark veio para cima dele. Seu colega parecia realmente preocupado e começou a fazer perguntas. Parecia quase um interrogatório da Inquisição Espanhola.

           "Calma, Mark..." – Dipper o repreendeu. "Você está agindo como se fosse minha mãe... E nem ela é assim, comigo! Até parece que eu tenho dois anos de idade e é o meu primeiro dia na escolinha!" – Dipper zombou.

            "Eu sou teu amigo, Dipper... e é por isso que me preocupo!" – justificou ele.

             "Eu só fui até a cafeteria para conversar... e tomar um cappuccino!" – Dipper respondeu, sem vontade de se explicar. "Não pensei que isso causasse tanto furor! Até parece que o mundo vai acabar só porque eu resolvi matar algumas aulas... E nessas matérias eu estou muito bem, obrigado! Não fará mal faltar uma vez ou outra!"

             "Não, não vai acabar o mundo, Dipper!" – argumentou Mark zangado. "Mas, pode lhe prejudicar em relação ao intercâmbio! Não é apenas uma questão de boas notas, o fator assiduidade também conta!"

            "Mark... eu sei o que estou fazendo!" – Dipper respondeu. "Estou achando que você esteve apostando em mim! Eu sei muito bem que está correndo apostas nos bastidores a respeito de quem serão os vencedores! E que eu sou um dos mais fortes candidatos! A propósito, o quanto estão pagando em relação a mim: Cinco por um ou três por um?"

Coração de PinheiroOnde histórias criam vida. Descubra agora