À Espera de Notícias...

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       Os dias foram passando e nada de notícias... Mason trabalhara muito, porém não descobrira nada. Ele recorrera aos amigos ocultos que tinham mais recursos para investigar. Claro que tudo teria que ser feito no maior sigilo para não comprometer os agentes envolvidos. 

        E a sala dele virou uma espécie de quartel-general da equipe. Bill manteve-se afastado para não comprometer o trabalho deles. Mas, Mason o informava o que era possível.

        Bill se esforçava para manter a calma, mas a falta de notícias era desesperadora. Ele se revezava em visitar a mãe de Dipper e também ia até a cafeteria para conversar com Donna. As duas mulheres estavam igualmente aflitas com a situação e Bill fazia de tudo para manter a esperança. 

          E quando chegava em casa, Will era seu apoio e seu alento. A situação era parecida com a que enfrentara, anos atrás, quando seu irmão fora raptado! Na ocasião, Bill quase enlouquecera de preocupação...

           Várias pessoas foram investigadas, inclusive o próprio Bill! Mas, nada foi descoberto... E Raul Montijo e também Gideon foram descartados, após algumas averiguações. A falta de suspeitos tornava o trabalho ainda mais difícil. 

        Precisavam esperar um contato com os sequestradores para poderem continuar. Por isso, uma escuta foi instalada no telefone da casa da mãe do Dipper e dois agentes disfarçados vigiavam a mulher discretamente.

           A notícia do sequestro de Dipper não chegou aos ouvidos da imprensa, graças ao Mason. E o próprio delegado encarregado cuidou para que nada vazasse de seu departamento. Como Dipper não era uma pessoa conhecida, a notícia não interessou aos tablóides sensacionalistas.

          Um dia, Bill estava em sua sala, tentando se ocupar com alguns papéis financeiros para não ficar pensando bobagens quando recebeu uma visita inesperada. Há dias que ele mergulhara no trabalho e quase não atendia ao telefone. Qualquer ligação que não fosse de Mason ou da mãe do Dipper, era transferida para Roger que tratava de resolver.

         Ele estava lendo alguns documentos quando a porta se abriu suavemente. Bill pensou que era sua secretária e nem levantou os olhos. Laura Jones estava avisada que não devia falar uma palavra com seu chefe. Qualquer dúvida, devia se reportar ao vice-diretor em primeiro lugar. Mas, quem entrara não era ela... Bill estranhou o silêncio e levantou os olhos. Ele não acreditou no que estava vendo!

           "Você?" – Exclamou Bill espantado ao ver a pessoa na sua frente.

           "Olá, Billy... Finalmente nos reencontramos!" – sorriu Loretta, maliciosa. "Não faz idéia como foi difícil conseguir lhe encontrar... Essa sua secretária é pior que um cão de guarda bem treinado!"

           "Como entrou aqui? Pensei que tinha dado ordens para que não permitissem a sua entrada no escritório! Eu vou despedir esse insubordinado!" – rosnou Bill. "Mas, primeiro vou chamar a segurança para lhe colocar para fora, imediatamente!"

         "Se fizer isso, Billy... Pode dizer adeus ao seu amiguinho!" – retrucou ela, jogando um cordão em cima da mesa.

          Bill pegou o cordão e o examinou, reconhecendo-o na mesma hora. Ele recordou-se quando Dipper comprara esse pingente...


         Eles haviam ido a uma feira em Falls Beach, meses atrás, e se divertiram muito. Em um dos estandes do local, Dipper se encantara com um pingente de pinheiro, em um cordão de couro. Eles negociaram e pechincharam com o vendedor até que conseguiram comprar dois a preço de um. 

Coração de PinheiroOnde histórias criam vida. Descubra agora