Adeus, Pinetree... Seja Feliz!

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          Quando Dipper acordou no dia seguinte, ele ainda sentia os braços de Bill em volta de seu corpo. E, quando se mexeu sentiu um beijo carinhoso nos lábios.

        "Bom dia... Pinetree!" – sussurrou Bill carinhoso. "Dormiu bem?"

        "B-Bill? O que... está fazendo aqui? Como..." – balbuciou Dipper ao perceber que estava deitado com a cabeça apoiada no ombro de Bill. E que estava completamente nú! Ele corou envergonhado ao se lembrar do acontecido...

         "Foi uma noite maravilhosa, meu pinheirinho!" – respondeu Bill sorrindo. "E eu adorei cada minuto..." – ele acariciou seu rosto afogueado com suavidade e deu-lhe um beijinho na bochecha.

          "Você... você... me seduziu!" – exclamou Dipper. "Você se aproveitou de mim... da minha fraqueza!"

         "Não, Pinetree... eu não me aproveitei de você!" – defendeu-se Bill. "Nós passamos a noite juntos... e você não fez nada contra a sua vontade! E nós dois queríamos isso!"

          Dipper ficou ainda mais envergonhado ao perceber que Bill estava certo... Ele se entregara de livre e espontânea vontade e Bill não o forçara a nada! Ele queria chorar por sua estupidez!

         "Ei, não se martirize, Pinetree! Foi maravilhoso para nós dois... Obrigado pela noite, eu jamais me esquecerei disso!" – Bill o consolou.

          Dipper se soltou dos braços dele e se virou na cama, dando-lhe as costas. Agarrou o travesseiro para enxugar as lágrimas que corriam abundantes. Bill se inclinou e acariciou seus cabelos bagunçados, antes de sussurrar em seu ouvido:

          "Quer que eu lhe ajude a tomar um banho, Pinetree?"

          "Banho?" – repetiu Dipper sem entender.

          "Sim... nós precisamos tomar um banho antes do desjejum." – respondeu Bill. "Temos muito que fazer hoje... Melhor começar logo, ou não chegaremos a tempo!"

          "Tempo de quê, Bill?" – indagou Dipper confuso. "O que você está planejando agora?"

         "Depois do banho, eu explico..." – respondeu Bill misterioso. "O desjejum deve estar sendo servido logo e seria uma pena não aproveitarmos as panquecas..."

           Dipper assistiu Bill sair da cama, colocar um roupão de seda amarelo e entrar no banheiro... Um roupão quase igual, só da cor azul, estava jogado sobre a poltrona próxima, ao alcance de Dipper. Devagar, ele saiu da cama e vestiu o roupão também! Uma olhada em volta e Dipper não viu nenhuma outra roupa. Bem, melhor tomar seu banho logo...

          Ele ia abrir a porta do banheiro quando a mesma se abriu, antes que o fizesse. Bill saiu do banho usando apenas uma toalha em volta da cintura. Com um sorriso malicioso, ele ainda gracejou:

          "Não demore muito... Ou eu terei que entrar para ver se está tudo bem!" – e deu uma piscadela.

          "Eu não vou demorar..." - respondeu Dipper, recobrando a lucidez. "Só estava procurando as minhas roupas..."

          "Vou deixar as suas roupas em cima da cama... e os sapatos no chão." – avisou Bill indo para o seu closet.

         Dipper não respondeu e foi para o chuveiro para um banho rápido e frio... Percebeu que havia uma toalha azul bem felpuda no cabide. Bem, ele a usaria também... Quando voltou, Bill já havia descido. Uma muda de roupa nova estava sobre a cama. Calça jeans azul marinho, camisa branca e um suéter preto com um emblema de pinheiro, além de um par de meias e uma boxer. Eram roupas novas e Dipper sabia que não eram suas. E os sapatos eram de couro, também de boa qualidade, provavelmente italianos.

Coração de PinheiroOnde histórias criam vida. Descubra agora