Um Encontro Às Escuras...

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          Dipper saiu da cozinha após ajudar sua mãe a limpar tudo. Seu pai ainda conversava com Gideon na sala e Mabel havia ido para seu próprio quarto. A garota alegou que precisava de seu sono de beleza só para escapar do trabalho – típico dela! Ele foi até o banheiro escovar seus dentes, antes de vestir seu pijama para dormir.

          Quando voltou para seu quarto, encontrou Gideon sem camisa. Fingiu que não o vira e pegou seu pijama para se trocar no banheiro, mesmo.

           "O que há, Dipper? Não me diga que está com vergonha?" – provocou Gideon, flexionando os músculos dos braços. "Ou está maravilhado ao ver a perfeição em pessoa?" – continuou a fazer poses, como se fosse um deus grego.

             "Prefiro me trocar no banheiro..." – respondeu Dipper, dando-lhe as costas e indo para a porta.

            "Acho que você está mentindo..." – Gideon chegou por trás dele e bloqueou a porta com a mão. "Na verdade, você está encantado em me ver assim... Não negue que me acha atraente!" – ele sussurrou em seu ouvido.

             "Deixe-me ir, Gideon..." – respondeu Dipper se contorcendo ao sentir que o outro passara o braço por sua cintura.

             "Eu sei que você não gosta apenas de garotas, Dipper..." – Gideon passou o outro braço em seu corpo, também. "E Mabel me contou tudo... Sua irmãzinha é muito faladeira! Se deixar, ela fala a noite toda..."

              "Pára com isso!" – Dipper ofegou, continuando a lutar para se soltar. "Eu não sou o que está pensando..."

              Gideon gargalhou e cobriu a boca de Dipper para que não gritasse. Ele o virou e o prensou contra a porta, antes de continuar.

             "Ah, não... eu não acredito nisso!" – Gideon começou a beijar o pescoço de Dipper. "Você é igualzinho a sua irmã! Sempre quis saber se vocês também eram iguais na cama... E agora vou poder tirar essa dúvida!" – Dipper se contorceu assustado com o que ouvira.

            Por mais que lutasse, Dipper não conseguia se soltar, pois Gideon era mais forte. Ele segurou as mãos de Dipper acima da cabeça e tentou beijá-lo à força. Dipper virou o rosto, enojado. Sentiu que Gideon estava forçando o joelho entre suas pernas. Tal movimento fez com que Dipper lutasse mais. E, num descuido do outro, Dipper conseguiu golpear Gideon com o joelho, bem no meio de suas pernas.

             Gideon se curvou atordoado pela dor repentina e Dipper o empurrou, fazendo com que caísse no chão. Aproveitando que estava livre, Dipper agarrou seu celular e as chaves antes de correr para fora do quarto. Ele ouviu Gideon praguejando, mas o ignorou. Acabou por encontrar com seu pai no corredor.

          "Dipper... o que houve?" – indagou o homem, tentando segurar seus braços. "Por que Gideon está praguejando desse jeito? O que foi que você fez?"

           "Devia perguntar o que foi que ele tentou fazer, papai!"- respondeu Dipper soltando-se. "Mas, pela sua cara, não precisa perguntar nada!"

            "Você agrediu o nosso hóspede, Dipper?" – indagou seu pai, irritado. "Como pôde fazer isso? Gideon é uma visita... deve ser tratado com respeito!"

            "Esse tipo de respeito, eu dispenso!" – respondeu Dipper, indo para a porta da frente.

            "Espere... aonde você pensa que vai?" – perguntou seu pai vindo atrás dele.

            "Eu vou embora... vou voltar para a Universidade!" – respondeu Dipper, abrindo a porta. "Felizmente, eu deixei minha mala no carro, por via das dúvidas!"

Coração de PinheiroOnde histórias criam vida. Descubra agora