Um Sequestro Amigável...

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        Dois dias depois, à tarde, Dipper avisou sua mãe que iria até a Universidade para entregar alguns documentos e conversar com o reitor. Ele avisara ao senhor Smith de sua volta e o mesmo estava ansioso para lhe parabenizar. Ele chamou um Uber e foi até lá. 

         E a conversa com o reitor foi excelente. Dipper recebeu muitos elogios por parte dele e também dos outros professores. E também foi informado que a cerimônia seria dali a um mês.

           Após deixar a Universidade, Dipper resolveu ir falar com Donna também... Ele não falava com ela desde o seu sequestro. E, depois ele partira tão rápido que nem teve tempo de fazer uma visita. Dipper sabia que ela estava informada de tudo. 

          Sua mãe e Donna haviam se aproximado durante sua internação e também durante o sequestro. A simpática dona da cafeteria ficaria feliz em rever Dipper, outro dos seus meninos...

            A conversa foi muito divertida. Assim que lhe trouxeram um cappuccino, Dipper contou o que acontecera durante sua estadia na Europa e Donna lhe contou sobre o julgamento dos culpados pelo sequestro.

            "Os sequestradores pegaram uma pena média, cerca de vinte anos... mas eles terão outras contas a pagar que vai aumentar ainda mais seu tempo na prisão!" – informou Donna. "E a mandante, pegou uns quarenta anos, sem direito à fiança! Ela foi condenada também por extorsão mediante chantagem, fraude, furto qualificado, apropriação indébita e formação de quadrilha. Seu advogado tentou amenizar alegando que ela cometera esses crimes, movida pela paixão e pelo ciúme. Ele queria envolver Bill nessa sujeira, mas não convenceu os jurados que foram unânimes no veredicto!"

         "Deviam estar mesmo desesperados para recorrer a um recurso tão baixo!" – retrucou Dipper. "Felizmente a justiça foi feita! Bill deve ter ficado satisfeito com o resultado. Afinal, ele conseguiu se livrar de uma encrenca das grandes! "

         "Pode ser... mas, faz tempo que ele não vem me visitar." – disse Donna. "Eu soube que ele se afastou da empresa, novamente. Parece que ele está trabalhando remotamente desde que se isolou na sua cabana nas montanhas. E isso faz semanas... desde o Ano-Novo!"

           Dipper não respondeu... Ele sabia bem qual era a essa cabana. Ficava bastante isolada, tão isolada que não havia sinal de telefone ou de internet na área. Talvez Bill tivesse instalado algum equipamento para ter acesso à grande rede, como uma antena repetidora. Preferiu não pensar nos dias felizes que passaram juntos naquele lugar... e nas noites ardentes e cheias de amor que tiveram!

          Dipper se despediu de Donna e de Nick e resolveu voltar para casa. Ao sair, quase esbarrou em Will do lado de fora da cafeteria. Dipper ficou feliz em rever o rapaz loiro. Will parecia mais confiante e também mais seguro de si. Realmente, a maioridade havia feito maravilhas com ele e Mason também tinha sua parcela nesse processo de amadurecimento.

          "Que bom que te encontrei, Dipper" – disse Will sorrindo ao lhe abraçar. "Quando voltou? Como foi em Oxford? Você gostou de conhecer Londres?"

            "Calma, Will..."- Dipper quase riu com a empolgação do rapaz. "Uma pergunta por vez, sim? Eu voltei há uns dois dias... e vim entregar os documentos da Universidade de lá para validar o intercâmbio. E também conversar com o reitor sobre a colação."

          "Por que não conversamos melhor enquanto fazemos um lanche?" – sugeriu Will, inocentemente. "Eu conheço uma lanchonete bem legal... Assim a gente poderá conversar com calma!"

          "Pode ser, não tenho nada de importante para fazer agora!" – concordou Dipper.

          "Então vamos... Mason está nos esperando no carro!" – disse Will praticamente arrastando Dipper até o veículo estacionado.

Coração de PinheiroOnde histórias criam vida. Descubra agora