Começa a Caçada...

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         Mason reuniu todas as informações e começou a trabalhar. À medida que o dia avançava, novos indícios surgiam. Os agentes que seguiram Loretta informaram que a mulher fora a um salão de beleza, antes de voltar para casa. 

          Porém, uma pista interessante surgiu quando os agentes descobriram que ela deixou o carro num estacionamento. Nas rodas havia traços de lama, como se tivesse percorrido uma estrada sem pavimentação. E ao verificar as estradas nessas condições e cruzar com os dados das antenas de telefonia, localizaram uma área específica. 

         Numa estrada pouco usada atualmente que levava a uma obra inacabada e abandonada... Cercada de florestas, seria o local ideal para um cativeiro.

          Alguns agentes foram averiguar o local e descobriram que havia tido alguma movimentação nos arredores recentemente... Assim que confirmaram as suspeitas, Mason procurou o delegado e relatou o que descobrira. O policial experiente não demorou a organizar uma equipe para invadir o local. Teriam que chegar discretamente para que não ocorresse nenhum imprevisto.

           O local foi cercado e invadido sem que os criminosos pudessem reagir. Todos os lugares foram vasculhados à procura de pistas. No começo, os bandidos tentaram enganar os policiais alegando que haviam invadido o local para se esconderem e planejarem assaltos na cidade... Porém, quando se localizou um quarto trancado com cadeado, a conversa mudou de tom.

           Enquanto os policiais arrombavam a porta, um dos criminosos gritou que queria fazer um acordo... Ele queria confessar tudo em troca de clemência! Seu comparsa mandou que se calasse...

           "Delegado... eu conto! Eu conto tudo!" – gritou um deles, talvez o menos experiente ou o mais apavorado. "O rapaz está preso ali mesmo... Eu coloquei narcótico na água para mantê-lo quieto!"

          "Calado, idiota!" – rosnou seu parceiro.

         "Escuta aqui, cara... eu não vou me ferrar nessa!" – respondeu ele. "Eu fui contra a idéia do remédio... e também contra o seu plano de matar o rapaz, assim que pagassem o resgate!"

          "Você enlouqueceu, imbecil... Eu não pretendia fazer isso com o garoto!" – rebateu o chefe .

           "Eu ouvi você planejando tudo com aquela mulher... Você só estava esperando o sinal dela para pedir o resgate e acabar com o refém! E também ouvi quando aquela ruiva satanás sugeriu que você acabasse com a gente para não ter que dividir a grana!"

          "Isso é mentira... não tem ruiva nenhuma!" – negou veementemente o criminoso.

           "E o colar de diamantes que ela lhe deu, também é mentira? E vocês dois se fodendo sobre a mesa como dois animais no cio? Eu teria que ser surdo para não ouvir a vadia gemendo e pedindo mais..." – revelou ele.

         "E onde está esse tal colar?" – perguntou o delegado, entrando no meio da discussão.

         "Ele escondeu dentro de um buraco, atrás do armário do vestiário abandonado. Eu vi quando ele tirou para admirar... era uma jóia bem valiosa! A diaba disse que valia mais de cinquenta mil dólares!"

         Sem perder tempo, foram averiguar a informação e encontraram o tal colar, como o cúmplice falou. A jóia foi confiscada para as devidas verificações. Os criminosos foram encaminhados para a delegacia para serem enquadrados.

         E Dipper foi resgatado e levado para o hospital mais próximo... Mason cuidou para que ele fosse atendido o mais rápido possível. Mason convenceu o delegado que seria mais seguro manter Dipper numa clínica particular até que acordasse e pudesse dar o seu depoimento. 

Coração de PinheiroOnde histórias criam vida. Descubra agora