Cheerleader - Sterella

32 - The End

3 anos depois...

Stéfani POV

Como já era de se esperar, muita coisa mudou durante esses três anos. Jake e Vic se casaram e adotaram Tyler, um menininho lindo de 4 anos, o qual eu tenho muito orgulho de ser madrinha. Raissa e Lucas não ficaram muito atrás, eles também se casaram, e agora Raissa está grávida de um menino, cujo nome será Dylan. Marcia se separou do meu pai quatro meses depois do que aconteceu no casamento da Mirella, tudo que ela disse antes de sair de casa foi "Não gosta da minha filha? Então não precisa gostar de mim". Sem saber para onde ir, Marcia e Carla vieram até San Diego, lugar onde Mirella e eu escolhemos para recomeçar. Não demorou muito para que o meu pai viesse atrás de Marcia e Carla, mas digamos que não tenha acabado muito bem para ele...

"Ouvi a campainha tocar e me levantei do enorme sofá onde Mirella, Marcia, Carla e eu estávamos sentadas.

- Eu atendo. - fui até a porta e abri, sentindo um arrepio na nuca quando vi quem era. - O que você está fazendo aqui? - cruzei os braços enquanto observava o homem parado na minha frente. Suas olheiras eram profundas e ele fedia a álcool. Tal pai, tal filha.

- Será que eu posso falar com a minha mulher? Eu sei que ela está aqui. - sua voz apenas confirmava o que o seu cheiro já dizia.

- De fato ela está aqui, mas ela não é mais a sua mulher, papai. - sorri com a língua entre os dentes. - E mesmo se fosse, será que ela quer falar com você? - arqueei a sobrancelha.

- Me deixa entrar. - falou sério.

- Você não é bem-vindo aqui.

- Não me importo com isso. - me empurrou e entrou, indo direto ao encontro das meninas.

Deixei a porta aberta mesmo e fui atrás dele. Marcia, que até então alisava a barriga de Mirella, parou quando viu Eric ali.

- O que você quer, Eric? - se levantou.

- Eu vim levar você e a Carla para casa.

- Mas eu quero ficar aqui com a Mimi e com a Teté. - Carla parou de mexer em seu celular rosa para encarar Eric.

- Nem você, nem sua mãe tem que querer, vocês têm que abaixar a cabeça e me obedecer. - segurou no braço de Marcia. - Vamos.

- Nós não vamos a lugar algum. - tentou se soltar, mas ele começou a apertar seu pulso. - Eric, me solta. Você está me machucando. - coloquei minha mão sobre seu ombro.

- Larga ela. - ele deu um breve sorriso e a soltou.

- Você acha que tem algum controle sobre mim, Stéfani? - se virou pra mim e começou a de aproximar aos poucos.

- Bom, você largou ela quando eu mandei, né... - sorri e ele fechou a cara. Ele estava tão perto de mim que se ele não fosse meu pai e a pessoa mais homofóbica do mundo, eu diria que ele poderia me beijar a qualquer momento.

- As vezes eu fico me perguntando aonde foi que eu errei. Você tinha tudo para ser a filha perfeita, mas a única coisa que você se tornou foi uma aberração insolente. Eu tenho nojo de você.

- Olha, pra início de conversa, se você sente tanto nojo assim, pra que ficar tão próximo de mim? Na boa, se afasta porque está foda esse seu bafo de cachaça. E só pra constar, a única aberração aqui é você. - e num piscar de olhos, ele me empurrou na parede com tudo, me fazendo gemer de dor. - Vai me espancar, é? - gargalhou.

- Não, querida. - se aproximou mais uma vez. - Eu vou te matar. - levou uma de suas mãos até o meu pescoço e começou a apertar. Mirella e Marcia vieram correndo até nós, na tentativa de fazer com que o meu pai me soltasse, mas ele estava concentrando tanta força no meu pescoço que eu duvido muito que elas consigam. Minha visão estava começando a escurecer quando eu ouvi barulho de sirenes, mas antes que a polícia pudesse chegar, eu simplesmente apaguei.