Cheerleader - Sterella

9 - Teté And Mi

Mirella PVO

Hoje eu simplesmente acordei e fui direto para a escola sem ao menos cumprimentar minha mãe. Eu sabia que se eu desse um "bom dia" para ela, ela me encheria de perguntas sobre tudo que aconteceu ontem, e responder perguntas nesse momento, é algo que não estou afim de fazer.

Eu acabei chegando na escola cedo demais, não havia nenhum assunto por perto, então decidi sentar no chão e ler um livro.

Algumas páginas depois, pude notar que alguém estava vindo em minha direção, mas o livro estava tão interessante que nem me dei ao trabalho de levantar meus olhos para ver quem estava tapando o sol.

- Mirella. - continuei encarando o livro - MIRELLA! - gritou e eu a encarei séria.

- Não sou surda.

- Não é oque parece.

- Fala logo oque você quer e me deixa em paz.

- Sua mãe esqueceu o celular lá em casa. - estendeu o mesmo e eu o peguei.

- Ela dormiu lá? - franzi o cenho e ela assentiu - Então é por isso que a casa estava tão silenciosa. - guardei o celular na mochila - Obrigada. - ela sorriu. - Onde estão suas guarda costas?

- Elas não vão vir hoje. - fez um biquinho extremamente fofo - Posso me sentar ai? - perguntou apontando para o chão.

- Acho melhor não.

- Mas vou me sentar assim mesmo. - falou já se sentando - O que está lendo?

- Stéfani, oque está fazendo?

- Perguntando oque você está lendo, ué. - revirei os olhos - Estou tentando ser legal.

- Não seja, eu não quero ser sua amiguinha.

- Não estou te pedindo para ser minha amiga, eu só acho que agora vamos passar muito tempo juntas. - suspirou - É melhor a gente ser igual uma com a outra.

- Minha mãe vai passar muito tempo com seu pai, não eu com você.

- Acha mesmo que eles não vão querer nos arrastar para "atividade em família"? - fez aspas com o dedo.

- Diferente de você, eu conto tudo para minha mãe... - me interrompeu.

- Tudo? - perguntou com os olhos arregalados.

- Bom, aquilo foi uma exceção. - respirou aliviada - Como eu ia dizendo, ela sabe que você é o Lúcifer em pessoa, ela não vai querer me arrastar para um lugar com uma pessoa que já tentou me matar.

- Acredite, ela vai querer nos aproximar. - pegou o celular e começou a mexer.

Assim que Raissa chegou, veio em minha direção.

- Mirella, está tudo bem? - perguntou revezando seus olhos entre Stéfani e eu.

- Sim.

- Relaxa, Raissa, sua namoradinha está sã e salva, não arranquei nenhum pedaço. - Raissa corou.

- Ela não é minha namorada. - disse encarando o chão. Ela deveria parar de temer a Stéfani.

- Não sou lésbica. - falei e Stéfani começou a rir desesperadamente.

- N-Não... é... Oque? - perguntou com dificuldade entre risadas e eu revirei os olhos.

- Você ouviu. - Raissa observava tudo em silencio enquanto Stéfani chorava de tanto rir.

- Fernandez, você é hilária. - falou secando as lágrimas.

- E você é oque? - me encarou séria.