Meu primeiro amor: Libertação

Cap. 12: Nosso 1º encontro de verdade (1º parte)

          - Então como estou? – pergunto descendo as escadas. – Linda ou maravilhosa?

          - Caramba Val! Já disse que essa roupa está linda, um arraso! – Thalia responde sem olhar antes.

          - Você nem olhou!!! – protesto chegando ao final da escada.

          - E você já trocou de roupa umas dez vezes Val. – reclama. – E acho algumas você até repetiu e fez a mesma pergunta.

          - Exagerada, eu só trouxe cinco mudas de roupas. – digo me olhando no espelho. – Eu só estava combinado elas de vária formas diferentes. Então o que acha que eu faço no cabelo deixo solto ou prendo?

          - Solto. – responde uma voz que não é de Thalia, olho na direção da voz. – Bom agora que se decidiu, posso pagar os livros?

          - Ai meu Deus me desculpa moço. – digo envergonhada e me sentindo culpada. – Não sabia que ainda estava aqui.

          - Até eu tinha esquecido. – revela Thalia me fazendo me sentir ainda mais culpada.

          Acho que ninguém entendeu nada então deixa eu explicar o que aconteceu. Nanda fez como prometido e me chamou de forma super romântica para termos nosso primeiro encontro. Na terça eu e Thalia fomos cedo para a biblioteca, começamos a fazer o balancete das lojas. No final da tarde quando o movimento da biblioteca estava mais fraco usei a sala dos funcionários no andar superior para tomar um banho e me arrumar para o encontro.

          Como não sabia o que vestir trouxe cinco mudas de roupas para Thalia me ajudar decidir. Quando eu fui mostrar a primeira opção um cliente entrou na loja. E pode ser que nós duas tenhamos feito o pobre rapaz sentar e ver todas as opções (Acho que ele nunca mais vai voltar!).

          - Moço mil desculpas por ter feito você esperar todo esse tempo. – me desculpo novamente.

          - Tá tudo bem. – garante.

          - Se eu fosse você ficaria puto por me fazerem esperar uma hora pra ser atendido. – Thalia piora a situação.

          - Thalia! – a repreendo. – Não faça eu me sentir mais culpada ainda. Além do mais você estava aqui esse tempo todo no caixa porque não atendeu ele?

          - Porque 1º precisávamos de uma terceira opinião e 2º já que eu ia ter que ficar uma hora a mais no trabalho te ajudando que eu ficasse olhando esse rostinho e corpinho lindo. – solta deixando o rapaz constrangido.

          - E... obrigado, eu acho. – agradece todo acanhado. – Eu posso pagar os livros agora?

          - Não precisa pagar bobinho. – Thalia continua a flertar com o rapaz. – É por conta da minha amiga que te fez esperar tanto. – pisca pra ele.

          - Não precisa moças, não foi nenhum incomodo. – diz coçando a cabeça e sorrindo. – Foi até divertido ouvir os comentários de vocês duas.

          - Claro que foi e além dos livros de graça vou sair com você em forma de gratidão. – Thalia diz anotando seu número em um papel. – Isso mais que uma obrigação minha.

          - Aham sei, não tem nada a ver com ele ser uma gracinha. – digo e recebo uma cotovelada dela.

          - Aqui gatinho, vou esperar sua ligação. – entrega o papel a ele que está ainda mais acanhado. – E volte sempre vai ser muito bem-vindo.