Cap.28: Uma gigante e sua fada baixinha

8 3 45
                                    

          - Então Jasmine e Thalita com se conheceram? – Nanda é a primeira a quebrar o silêncio.

          - Bom uns seis meses depois de Val, finalmente, mudar pra Cavendish eu convenci ela e Thalia de que estávamos desperdiçando nossas vidas jovens paradas em um só lugar. – Thalita começa e reviro meus olhos colocando macarronada no meu prato. – Não pense que não te vi revirar os Valentine!!

          - Mas você está exagerando agora como exagerou naquela época. – aponto o garfo pra ela. – Eu não estava desperdiçando minha vida, eu havia acabado de me mudar e saído da minha zona de conforto pra...

          - Pra uma outra zona de conforto. – ela me interrompe antes que eu consiga me defender. – Tá não vou ignorar o fato de que você foi bem corajosa de sair de casa e desbravar o mundo e se mudar para um lugar que você amou, mas você basicamente sai de uma zona de conforto e se jogou de cabeça em outra.

          - A... não foi assim não, tá eu... saia. – me justifica e recebo um olhar desacreditado das três na mesa. – Olha ir à biblioteca, passeios turísticos e a floricultura conta com sair.

          - Não, isso é ir basicamente ao trabalho. – Nanda nega.

          - Até você. – nego com a cabeça olhando para ela, a mesma da de ombro enquanto come a macarronada. – Ok, estamos saindo do assunto, podemos voltar?

          - Certo, então reformamos Jasmine e caímos na estrada. – continua ela com olhos brilhantes. – Fomos a praia, visitamos os faróis, paramos em lanchonetes de beira de estrada. Até que Val, nerd como sempre, comprou um itinerário de viagens na lojinha.

          - Eu só não queria sair por aí o tempo todo sem rumo. – me justifico e Nanda ri junto com Jasmine. – Qual a graça?

          - Normalmente quando se cai na estrada essa é a ideia Val!! – Jasmine explica e segura a mão de Thalita. – Mas, pensa bem amor, se Val não tivesse comprado aquele itinerário, nunca teríamos nos conhecidos!!!

          - De nada meninas!! – digo cheia de presunção levantando meu copo com suco com se brindasse, Thalita revira os olhos bufando.

          - Tanto faz. – diz por fim. – Resolvemos visitar essa cidade por conta do festival que estava tendo na época. Nos hospedamos há um quarteirão daqui e o festival ficava na praça do fim da rua. E bem no meio disso tudo estava a casa de Jasmine.

          - Nossa que jogada do universo. – Nanda comenta segurando sua taça de vinho, enquanto eu a seco com meus olhos.

          - Sim! Val querida limpa a baba está escorrendo aqui. – Jasmine chame minha atenção e faço uma careta pra ela.

          - Mesmo passando, basicamente a toda hora, na porta da casa de Jasmine nos dois dias antes de conhecermos ela. Nunca tínhamos a visto, mas a casa sempre chamou nossa atenção, pois parecia que uma fada hippie morava aqui. – continuo a história.

          - Por que fada hippie? – Nanda quis saber.

          - Porque o telhado da casa parece com a cabeça de um cogumelo. – digo como se fosse o obvio. – E hippie pelos filtros dos sonhos, incenso e símbolos de paz e amor.

          - Val só você que minha casa tem formato de cogumelo. – Jasmine me lembra.

          - Mas tem um formato de cogumelo. – insisto.

          - Não tem Val. – Thalita insiste e nós três olhamos para Nanda para saber sua opinião.

          - Aaaa... eu acho que não reparei muito bem no telhado. – fala.

Meu primeiro amor: LibertaçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora