Cap.25: Pegando a estrada

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          - Eai gatinha você vem sempre aqui? – pergunto apoiando minha cabeça em meu punho fechado, tentando fazer uma pose sexy depois da humilhação que foram os últimos segundos.

          - Não... – ela também se apoia no punho. – Só quando estou dando uns amassos em uma ruiva gostosa e tropeço em... – ela para de falar procurando no que tropeçamos. - Malas?

          - Então a ruiva gostosa pede desculpa... eu que deixei essas malas aí. – desculpo me levantando o suficiente para ficar sentada e solto um gemido de dor. – Aii... tinha que cair em cima de mim?!

          - Vai viajar? – pergunta também se sentando apoiando os braços nos joelhos dobrados.

          - Vou em um festival em outra cidade. – respondo. – Ficarei lá até domingo...

          - Ah... muito tempo. – fala parecendo triste e se levanta estendendo a mão para mim, sorrio com sua carinha triste, aceitando sua ajuda para levantar.

          - Bobinha!!! – digo dando um selinho rápido nela. – Não precisa fazer essa carinha triste. – falo passando meus braços em volta do seu pescoço em um abraço. – Quer ir comigo ao festival?

          - Não sei... – ela começa fazendo charme, mas sei que ela já aceitou. – Por que eu iria com você?

          - Bom imagina comigo... – começo pegando uma mecha do seu cabelo e brincando. – Vamos passar três dias inteiros, dia e noite, juntas.

          - Uhmm!! Me parece muito bom... o que mais?

          - Ninguém para atrapalhar quando estivermos dando uns amassos!!!

          - Isso está melhorando!!!

          - Um festival de coisas antigas, arte, livros, teatro ao ar livre, comidas maravilhosas... e muito mais que você imaginar.

          - Você já tinha me ganhado na parte em que falou que ia viajar.... – fala e caio na risada. – Mesmo que não me convidasse eu ia dar um jeito de te seguir até lá.

          - Eu não ia reclamar disso!! – respondo por fim. – Vou me trocar e te levo até o hotel para pegar suas coisas. Ok?

          - Ok!!

                              * * *

          - Val? – Nanda pergunta me olhando por cima dos óculos de sol escuro que ela abaixou até o nariz. – Ruiva é você mesmo aí dentro?

          - Sim morena... entra aí. – digo a chamando para dentro do veículo. – Entra logo na Jasmine.

          - Jasmine? – pergunta quando abre a porta de trás da Kombi para colocar sua mala, Nanda fecha a porta de trás e abre a do passageiro. – Onde arrumou essa Kombi ruiva?

          - Essa foi o primeiro veículo que comprei pra fazer entregas de flores pela cidade. – digo dando partida. – Gostou dela?

          - Adorei, ela é totalmente hippie, mas como vocês colocavam as flores aqui dentro se lá trás parece uma casa em miniatura?

          - Quando a compramos ela não era assim... era uma Kombi normal, aí os negócios aumentaram e compramos uma van mais espaçosa... Jasmine ficou praticamente fora dos negócios. – digo quando já saímos de Cavendish para a estrada. – Eu a usava de vez em quando para coisas do dia a dia na fazenda..., mas aí Thalita, a irmã de Thalia, nós convenceu de reformarmos e personalizamos ela para viajarmos juntas. Daí ela a batizou de Jasmine. – sorrio me lembrando daquela época. – Três loucas pelo mundo... soltas... sem nenhuma amarra.

Meu primeiro amor: LibertaçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora