Cap.24: Me provoque até chegar ao limite

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          A música toca alto nos meus ouvidos, atingindo até o fundo da minha alma, provocando ondas no meu corpo enquanto eu corro mais e mais rápido. Essa música sempre me provoca e me leva até meus pensamentos mais íntimos não ditos. A frente só vejo estrada e as belezas da natureza, o amanhecer e belo visto a essa hora, se meus pais me vissem correr nessa estrada deserta a essas horas provavelmente surtariam.

         Sorrio me lembrando que eles surtariam mais ainda se soubessem o que fiz ontem à noite com a garota que me fez ter sonhos eróticos com ela a noite toda, que me fez acordar suada e molhada por contam de um orgasmo que me proporcionou em sonho.

         - Maldita diaba!!! – falo sozinha comigo mesma e aumento a velocidade das minhas pernas. – MALDITA!!! – grito por fim.

         Nanda vai me deixar louca com as provocações delas, droga como vou olhá-la nos olhos depois de ontem. Como vou encarar aqueles lábios sabendo onde eles exploraram meu corpo ontem. Como vou olhar aquelas mãos sem meus pensamentos me lembrarem onde ela os colocou, Inferno do Sub Urbano e Bella Poarch começa a tocar na minha playlist.

         - Porra!!! – acabo soltando.

         É isso que Nanda é, razão do inferno ser tão quente, a e como eu quero queimar nesse inferno. A música continua a tocar, já consigo ver minha casa, vejo a porta da frente se abrir e Thiago sair por ela. Para de correr assim que chego na cerca de madeira, me apoio nela tentando recuperar o fôlego e tiro meus fones.

         - Bom dia!!! – ele me cumprimenta descendo a escada da varanda indo em direção a seu carro. – Pelo visto alguém acordou primeiro que eu!!!

         - Eu mal dormi. – falo abrindo o portãozinho e entrando.

         - Aqui. – diz ele me estendendo uma garrafa de água, assim que chego perto do carro, ele a tirou de uma caixa de isopor com gelo. – Abasteci minha caixa de isopor com o gelo da sua geladeira. – fala.

         - Sem problemas... – faço uma pausa bebendo a água. – Aonde você vai?

         - Não acredito que se esqueceu Valentine!!! – ele exclama me olhando sério. – Onde anda com a cabeça... a claro na Nanda!!!

         - A não!!! – falo me dando conta do que ele estava falando. – Não!!

         - Sim!! – ele faz uma cara cínica pra mim. – E não adianta protestar você tem que ir agora. Você prometeu lembra?

         - Droga tinha esquecido que era amanhã!!! – faço uma careta.

         - Quer uma carona? – diz organizando suas coisas no banco de trás do carro. – Posso te esperar se quiser.

         - Não precisa, pode ir, mas obrigada mesmo assim.

         - Tem certeza? – me olha fechando a porta de trás e abrindo a da motorista.

         - Sim vamos estar na mesma cidade, mas pra coisas diferentes a maior parte do tempo. –  encosto na janela do motorista assim que ele entra e fecha a porta. – E melhor eu ir no meu carro mesmo.

         - Ok, até mais então. – se despede ligando o carro e me afasto.

         - Até mais, boas compras e festival!!! – estendo minha mão me despedindo.

Meu primeiro amor: LibertaçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora