Capítulo 1

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Luna's pov

Acordei assustada.

Mais uma vez sonhei com aquele macho dos olhos de ouro, ou, como é conhecido por mim e por outros milhares de leitores, Azriel, para os mais íntimos, Az.

Sempre acho muito estranho esses sonhos, e eu sei que é meio que "normal" os leitores sonharem com seus personagens fictícios favoritos, porque já foi confirmado pela ciência, que o cérebro humano não sabe distinguir o que eu real e o que é fictício, mas, mesmo assim, eu acho que os meus sonhos não são somente isso, eles parecem algo a mais.

Você deve estar me achando uma louca falando isso, não é?!

Tudo bem, eu também acho isso às vezes.

Olhei para a janela e percebi que ainda estava escuro lá fora. Por quanto tempo será que eu dormi, ou melhor, não dormi?

Virei o meu rosto levemente até encontrar o meu despertador. Eram duas da manhã.

Senti a raiva crescendo dentro de mim, essa merda sempre acontecia quando eu sonhava com o Az. Era sempre a mesma coisa, eu sonhava com ele e, quando o sonho ficava bom, eu acordava no meio da madrugada.

Peguei o meu computador, que estava no meu criado mudo e o coloquei ao meu lado na cama e, enquanto eu fazia isso, eu reuni uma coragem imensa, para sair da mesma e enfrentar o vento gelado que era comum em momentos como esse.

Calcei o meu chinelo e andei em direção a minha parte favorita do meu quarto, a minha estante de livros.Sei que ela é bem pequena comparada às dos outros leitores, porém ela é o meu maior orgulho. Uma realização de um sonho.

Passei os meus dedos gelados pela lombar de um dos meus livros. Como era boa essa sensação. Logo encontrei o que eu queria, Corte de Névoa e Fúria, ou como é conhecido pelos bookstans, ACOMAF.

Esse livro era o meu refúgio em noites como essa. Ele me acalmava e me fazia voltar a dormir, ou apenas me ajudava a relaxar. Fazia eu me sentir menos sozinha.

Peguei aquele livro de capa avermelhada e enfim voltei para a minha cama. Me sentei encostando as minhas costas na cabeceira, em uma posição onde eu poderia facilmente apoiar o meu livro e o meu computador em minhas pernas.

Peguei meu computador, que estava de lado até este momento e o abri para entrar no meu site favorito, o wattpad, o rei das fanfics.

Minha conta já estava logada, como eu sempre deixo, já que só eu mexo nesse computador "velho", como a minha mãe diz.

Fui ver os comentários da minha fanfic de Acotar. Sim, por incrível que pareça, eu sou, além de uma leitora louca que acha que os sonhos dela com personagens fictícios é real, uma pessoa aspirante a escritora.

Li e reli vários comentários, eu amava fazer isso e em madrugadas assim, era o meu passatempo predileto, fora a leitura, é claro.

Pelo jeito as pessoas estavam gostando do que eu escrevia. Respondi alguns, não todos porque eram muitos, e abri o meu segundo site favorito, o Twitter ou o tt.

Postei que não estava conseguindo dormir de novo e, como sempre, vários mutuals meus também estavam acordados a essa hora, claro que por motivos muito diferentes dos meus.

Rolei e rolei a minha time line, mas acabei ficando entediada. Abri o meu livro, esperando me deliciar naquelas páginas já um pouco amareladas pelo tempo que eu comprei, ou até mesmo alguma inspiração para o próximo capítulo da minha fanfic.

Começou a chover e pelo barulho, percebi que estava muito forte. Olhei para a minha janela a tempo de ver um raio no céu que agora já não era mais estrelado.

Eu amava chuva, mas ela às vezes me irritava, pois já não era muito comum eu conseguir ver estrelas da minha janela por conta da poluição, e ela só piorava com suas nuvens pesadas e enormes.

Suspirei profundamente e olhei novamente para o meu relógio. Agora já eram três da manhã. O horário das bruxas ou o horário do medo. Posso parecer louca, mas eu já vi cada coisa estranha nessa vida, que se alguma coisa acontecesse comigo nesse horário, eu nem iria me surpreender.

— Olá, Luna! — disse uma voz que saiu da frente da minha cama.

Pulei de susto. Retiro o que eu disse. Eu ficaria surpresa sim. Será que a mãe tá me repreendendo por eu ter falado aquilo? Não é possível que eu morra por algo assim.

Engoli em seco e comecei a me virar devagar em direção aquela voz. Fechei os meus olhos quando me virei por inteira, esperando ver a morte de braços a bertos para mim.

Não foi o que aconteceu. Passou-se alguns segundos, que, para mim, pareceram anos, e eu não senti nada.

Estranho. Abri os meus olhos então, a procura de quem estava em minha frente. Paralisei quando o vi. Era ele. Rhysand da Silva, o Grão-Senhor da Corte Noturna e um dos machos mais poderosos de todos os livros que já existiram.

Mas aquilo eram só livros, certo? Então como ele pode estar na minha frente?

Perguntas e mais perguntas rolavam soltas em minha mente e eu eu tinha resposta para nenhuma delas.

Encarei os olhos violetas do macho em minha frente e com algum esforço, consegui reunir as palavras para dizer um pouco baixo, a seguinte frase:

—Olá, Rhysand!

Vi em seus olhos um brilho de surpresa. Acho que ele não sabia que eu sabia quem ele era. Mas o brilho foi embora tão rápido quanto surgiu, deixando apenas naqueles olhos um reflexo de uma noite estrelada com uma escuridão sem fim.

Seus lábios se levantaram, em um pequeno sorriso de lado, um pouco malicioso, de fato.

Mas não foi o seu sorriso que me deixou sem chão naquele momento. Na verdade, foram suas palavras após isso.

—Olá, minha filha!

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Olá, leitores!
Aqui chegamos ao final do primeiro capítulo.
Desculpem qualquer erro na história, pois eu ainda não a revisei.
Espero que o capítulo tenha agrado vocês e se vocês gostaram dele, não se esqueçam de votar e adicionar em suas bibliotecas particulares ou em suas listas de leituras para não perderem nenhum capítulo da história da Luna, a Herdeira da Corte Noturna.
Tchau e até o próximo capítulo!

A Corte do Sol e da LuaOnde histórias criam vida. Descubra agora